quarta-feira, novembro 08, 2017

Ouvi o Diêgo dizer que a peça Cabeça de Porco é sobre desencontros, sobre frustrações, sobre desejos que não se atende, ele disse que a peça é uma camada de várias e várias e várias portas fechadas.
E eu fiquei parado nisso.
O Pedro, depois que o Fabrício me fez umas perguntas na Biblioteca do Sesc Gloria, me chamou a atenção para o fato de que todas as perguntas que o Fabrício me fez, eu respondi, sim, a todas.
Mas nada do que eu disse foi resposta para as perguntas que me foram feitas por ele.
Acho que tem a ver com as camadas de portas fechadas.
E, aí, daquela vez, não quis ficar parado.
Fiquei dando voltas e voltas e voltas, mas sem fugir à porta, sem fugir às perguntas.
Eu quero ter acesso à porta, mas se não ta aberta, não vou ficar parado ali, esperando a morte. Tem de abrir outros espaços, tem lugar pra todo mundo. O mundo é grande. Porque, tanto eu quanto Fabrício, falamos um com o outro e a porta não estava fechada por nós.
Ta tudo muito vago esse papo.


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