Ouvi o Diêgo dizer que a peça Cabeça de Porco é sobre desencontros,
sobre frustrações, sobre desejos que não se atende, ele disse que a peça é uma
camada de várias e várias e várias portas fechadas.
E eu fiquei parado nisso.
O Pedro, depois que o Fabrício me
fez umas perguntas na Biblioteca do Sesc Gloria, me chamou a atenção para o
fato de que todas as perguntas que o Fabrício me fez, eu respondi, sim, a todas.
Mas nada do que eu disse foi
resposta para as perguntas que me foram feitas por ele.
Acho que tem a ver com as camadas
de portas fechadas.
E, aí, daquela vez, não quis
ficar parado.
Fiquei dando voltas e voltas e
voltas, mas sem fugir à porta, sem fugir às perguntas.
Eu quero ter acesso à porta, mas
se não ta aberta, não vou ficar parado ali, esperando a morte. Tem de abrir
outros espaços, tem lugar pra todo mundo. O mundo é grande. Porque, tanto eu
quanto Fabrício, falamos um com o outro e a porta não estava fechada por nós.
Ta tudo muito vago esse papo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário