terça-feira, janeiro 22, 2019


Na espera do médico tinha uma senhora com uma árvore dentro da bolsa. Eu não converso em bancos de espera, sou burro, não sei fazer isso, ficar ali conversando com uma pessoa que nunca vi antes. Eu sei que a gente pode ser natural e conversar de brincadeirinha, fingindo conhecer, só pra o tempo da espera voar. E, aí, saber sobre a árvore dentro da bolsa. Depois, numa conversa dela com uma outra paciente esperando, soube que era uma oiti, dentro da bolsa. E que ela iria levar pra plantar em seu quintal, em Campo Grande. Também soube de outra coisa: que ela dorava demais feijão preto. Sou um bom ouvinte.

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