domingo, maio 19, 2019


Eu tava conversando com um amigo sobre essas desaposentadorias dos HIVs.
Primeiro, como uma coisa assim tão grave tenha partido das pessoas que fazem política. E, depois, a gente começou a falar de, talvez, porque a AIDS tem sido noticiada como uma doença crônica, como tem sido difícil pras pessoas entenderem as comorbidades todas que o vírus e os antirretrovirais trazem pras pessoas que estão sendo desaposentadas. E, aí, essa parte de pessoas mais burra desse entendimento, não se manifesta, deixa rolar, não ajuda na tentativa de reverter a situação gravíssima.
Pra vocês terem idéia, há pessoas que tiveram cegueira como sequela, por serem portadoras do vírus HIV e que foram desaposentadas. Nessas desaposentadorias, pode-se enumerar um monte de maluquice desse tipo, uma coisa mesmo de matar. A gente escreveu pra Ouvidoria da Fiocruz pedindo que se posicionassem a nosso favor, que usassem a autoridade da instituição em nossa defesa. Uma pessoa do INI – uma sessão da Fiocruz – teve a pachorra de devolver em resposta assim: que não sabia o que queríamos dizer com o pedido de estarem a nosso lado!
Mas voltando à conversa com meu amigo, ele me disse:
“Sempre foi assim. Fica cada um na sua propria bolha e so se manifestarão quando eles forem afetados diretamente. Foi asssim na Alemanah e é assim com o exterminio dos negros nas favelas diariamente. O que nos fazemos com isso? Absolutamente nada pois nao moramos em favelas e somos brancos ou quase brancos.”

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