Eu tava conversando com um amigo sobre essas
desaposentadorias dos HIVs.
Primeiro, como uma coisa assim tão grave tenha partido das
pessoas que fazem política. E, depois, a gente começou a falar de, talvez,
porque a AIDS tem sido noticiada como uma doença crônica, como tem sido difícil
pras pessoas entenderem as comorbidades todas que o vírus e os antirretrovirais
trazem pras pessoas que estão sendo desaposentadas. E, aí, essa parte de
pessoas mais burra desse entendimento, não se manifesta, deixa rolar, não ajuda
na tentativa de reverter a situação gravíssima.
Pra vocês terem idéia, há pessoas que tiveram cegueira como
sequela, por serem portadoras do vírus HIV e que foram desaposentadas. Nessas
desaposentadorias, pode-se enumerar um monte de maluquice desse tipo, uma coisa
mesmo de matar. A gente escreveu pra Ouvidoria da Fiocruz pedindo que se
posicionassem a nosso favor, que usassem a autoridade da instituição em nossa
defesa. Uma pessoa do INI – uma sessão da Fiocruz – teve a pachorra de devolver
em resposta assim: que não sabia o que queríamos dizer com o pedido de estarem
a nosso lado!
Mas voltando à conversa com meu amigo, ele me disse:
“Sempre foi assim.
Fica cada um na sua propria bolha e so se manifestarão quando eles forem
afetados diretamente. Foi asssim na Alemanah e é assim com o exterminio dos
negros nas favelas diariamente. O que nos fazemos com isso? Absolutamente nada
pois nao moramos em favelas e somos brancos ou quase brancos.”
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