Eu fico pensando no meu corpo, de como foi que mamãe me
enxergava, desde bebê até quando comecei a pensar por mim e começou a se
alargar o mundo, com o corpo dele de quarto de vidro, o corpo do mundo de
aquário, habitado somente dos peixes grandes que eu via, que eu só via os
peixes grandes no largo do mundo. Depois, tanta coisa foi acontecendo e tanta
coisa ainda por acontecer na manhã fria de hoje, aqui, a vespa oleira entrando
e saindo pelo basculante acima da janela do quarto onde fica o computador
trazendo os torrõezinhos úmidos de fazer seu ninho no centro do apezinho, onde
escolheu.
Ei-la!
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