Hoje, após
ter feito meu café, quando saía da cozinha para a sala, dei de cara com a
vespa-oleira, no corredor ao centro do apartamento, às voltas ainda com o
reboco do casulo onde colocou seus ovos. Ela já está em seu segundo casulo,
dois favos de barro, que ainda estão frescos e onde ela dá os retoques finais.
Talvez, tenha lido que ela, perfeita, vive apenas duas semanas. Quando nos demos de frente, achei que ela fosse me picar, mas entreguei pra Deus e avancei meu
caminho e, aí, ela deu uma volta levitando no ar da casa e seguiu o caminho
dela também, foi para si. Eu continuo a ir para mim, tentando encontrar o meu
lugar de atração, porque como disse há dois ou três dias atrás, algo me puxa para
um outro centro, que não é o meu. Talvez, como me disse uma vez uma advinha, eu
vá viver até aos 79, então, se a vespa tem ainda um ou dois dias, tenho 19 anos, imperfeitos.
Pedro filmou
na semana passada um momento dela, em seu centro, no centro de minha casa.
Veja:
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