A gente fica
meio perdido quando voltamos de um outro país. Estou pensando que é uma sensação
bem próxima de quando deixei de ir ao Curso de Teatro Épico, oferecido pela
prefeitura de Niterói, e que frequentei por um semestre inteiro. É que nos dois
casos a sensação é a de ter voltado para a minha língua, para o meu umbigo, onde
fluo com soberania e fluidez, com mucho gusto, com minha cozinha, com minha
sala.
Não que eu
tenha me deixado de lado nesses outros países, não que eu não tivesse sido,
absolutamente, eu, em outro país. E, talvez, por isso mesmo, por não ter saído
de mim em outros países, é que estou, fico meio perdido, agora.
Meu cinema
Orly e algumas de minhas músicas serão vertidas para outra língua, o espanhol,
cantada por outros artistas incríveis. É um projeto cheio de muita gente, como
tinha sido o projeto de fazer o disco Crocodilo, em que vários outros artistas
cantaram e produziram cada faixa do álbum e em que saí muito de mim, ao mesmo
tempo, sem ter saído.
Ontem, ouvi
de novo a Quando é noite, produzida pelo Vovô Bebê. Fiquei lambendo a cria, sou
um pai de coração. Vejam que coisa linda:
https://www.youtube.com/watch?v=f7LX5iLIcT8
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