segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Fui no níver da Claudia, no sábado, num barzinho muito simpático do Cosme Velho. Estava tocando uma banda cover chamada Hi 5. Tocava apenas músicas internacionais, com letras em inglês.
Por causa do nome, pode-se pensar que fossem músicas do nosso hi-fi dos anos 70, mas, não, eram músicas mais modernas.
Além dos convidados de Claudia, havia, num reservado do bar, outros convidados de um outro aniversário, e, ainda, o séquito de meninas que acompanhava a banda e que ficou dançando em frente ao cantor.
Fiquei num canto, quieto, assistindo. Havia uma lourona, forte, de peitos pontudos na blusa brilhante, que altiva, mas simpática no sorriso, dançava entre as outras meninas, como quem estivesse a se entregar para deus, se ligou, bom leit@r? Era um êxtase, uma felicidade mística, assim, uma fissura erótica o que ela sentia e expressava no jeito de dançar que eu esqueci as outras meninas do séqüito e fiquei observando a lourona. Eu sentia prazer em olhar pra ela e era muito confortável pra mim, porque, quieto, longe, num canto, poderia olhar sem ser visto como quem assistisse à tevê, se ligou, bom leit@r?
Então, no final, ela já estava dançando não mais pra deus, mas dirigia sua fúria simpática, ao menos no sorriso, para um dos rapazes que, de pé, em torno ao séqüito, fazia cerco às presas explêndidas.
O rapaz, um lourão, que como diria Pedro, era um glutão, estava com uma garrafa de cerveja e correspondia aos olhares da moça dançando apenas com a cabeça, ta ligado?
O meu bom leit@r, talvez, esperasse, agora, a narrativa de um acontecimento surpreendente, ou mesmo que rolasse um lance dramático, de grande interesse, algo assim, e que tornasse mais digna minha historiazinha.
Mas digno foi apenas o níver da Claudia, porque quando acabou o som, a Lourona veio, deu um selinho no lourão, ficaram conversando um tempinho, ele pagou a conta e foram embora na madrugada...rs.
Eh, falta do que fazer!

Um comentário:

Fábio Shiraga disse...

Eu também gosto de observar as pessoas. Várias vezes me pego sozinho em algum evento e fico ali com uma cerveja na mão olhando para a fauna que se movimenta próximo à minha pessoa. :o)