sábado, outubro 04, 2008

Na varanda em que esperamos pela médica, ontem, na Fiocruz, havia um grupo de jovens travestis, também esperando por atendimento. Veio a enfermeira e chamou:
- Vaneeessa! – e entrou uma mocinha que era sexo puro, muito bem montada, bonita, feminina à beça, mas no rosto, encoberta por uma máscara de maquiagem, a pele mais escura, onde os pêlos da barba foram raspados. Eu fiquei intrigado, olhei para todos os jovens travestis e todos tinham uma crosta de barba raspada na pele do rosto, embaixo da pintura. Num deles, no mais branquinho, o tom mais escuro de onde despontavam os pêlos, formava um bigode e um cavanhaque.
Fiquei intrigado, bom leit@r, porque os travestis que vejo, quando trabalham no sexo das ruas ou nas vezes em que os via no cinema, não deixavam aparecer esses sinais de homem.
Talvez, ali, porque estivessem na luz do dia, ou num ambiente hospitalar, tivessem deixado de lado esse cuidado e estavam quase como num carnaval, assim, meio caricatos.
No banco ao lado do que estávamos, estavam sentados duas bichinhas pequeninas, bom leit@r. E estavam muito mais pequeninas ainda, porque usavam aqueles colores de bolas enormes, tipo, os Flinstones, que os adolescentes de hoje usam e porque o grupo de travestis avançava seus vapores pelo ambiente da varanda.
Eu e Pedro ficamos ali sentados lendo e sentindo o clima e fomos chamados pra consulta muito rápido. Não sei se rápido, porque eu gostasse de observar mais ou se rápido mesmo.
No consultório, Dra Juçara recebeu-nos com festa. Nosso cd4 subiu.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

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