Meu curso de literatura portuguesa acabou.
Além de ser um curso muito pequeno e de eu ter entrado muito pequeno, quero dizer, muito pouco, nas leituras, concluí que curto muito esse clima de escola que chegou a se estabelecer entre nós, os alunos, e a professora.
Não vou esquecer o momento em que ela, imbuída do personagem d’O Delfim( o engenheiro), veio atravessando o largo milenar, frente ao paredão romano e ao sol de Portugal, frenteada por dois cães de raça, garrida e soberba, mas no porão de nossa sala de aula, com o frio ruído do ar condicionado e a minha cara de quem teve de se levantar mais cedo.
Depois, eu curti que ela falasse a partir dos livros, coisas de Portugal que eu não sei, que eu continuo sem saber, mas que me deu vontade de conhecer Portugal e ficar ouvindo aquele português cheio de sotaque, que não se entende muito bem, por ser tão mais rápido que o nosso português cheio de preguiça daqui, que é um português menos friorento, menos espremido, menos ríspido, mais esculachado, assim, um português que se rachou, aberto e exposto como pipoca de domingo... quem sabe um dia não surge a oportunidade de eu pegar um avião, fazer a viagem corajosa e chegar lá, no meio do povo que nos foi a origem e ficar lá catando milho feito um Galo de Barcelos...he He He!
sexta-feira, outubro 16, 2009
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