Fizemos um almoço de Dia das Mães, ontem.
Eu e Pedro colocamos a comida sobre a mesa de centro da sala, sentamos em almofadas no chão e começamos.
- Vai ser meio japonês – eu disse, e coloquei uma espada de São Jorge, que era de mamãe, num canto no chão e ela alcançou mais de duas alturas da mesinha. A casa toda fechada, porque chovia muito, bom leit@r.
Comprei taças, especialmente para esse dia, porque gosto de acompanhar a comida com vinho. Aprendi isso com Márcia Denser, na FLIP 2005.
Pedro disse que a taça que escolhi pra mim era para tomar champanha, mas aí, tudo bem. E contei sobre o lugar onde comprei, na Presidente Backer, um lugar parecendo um brechó de coisas novas e muitas mulheres, muitas senhoras fazendo compra pras suas casas.
Uma delas recostada no balcão, enquanto eu esperava a moça embrulhar minhas taças para presente, conversava comigo como se me conhecesse, mas, ao contrário, quando eu a encarava, os olhos dela diziam, desconfiados:
- Quem é você, cara estranho? – mas, aí, quando ela falava, era como se me conhecesse. Eu fiquei quieto, na minha.
E ela olhava para qualquer produto nas estantes, dizendo:
- Nossa, que linda essa peça, mas não tem nada a ver comigo! – e corria na direção do troço e voltava pra o meu lado. Quando ela fez isso pela terceira vez, eu, que estava me sentindo estranho em ficar calado diante daquele seu olhar inquiridor, disse:
- Como você acha lindo, se não tem nada a ver contigo?
- Você disse isso pra ela, Luís? – Pedro, que me ouvia contar, disse.
- Eu falei, ué. Ela agia como se me conhecesse... - aí, a mulher disse:
- É que não tem nada a ver com a minha casa - e eu vim embora.
segunda-feira, maio 10, 2010
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