sexta-feira, junho 28, 2013



Ontem fui assistir, na Casa de Leitura de Laranjeiras, a uma peça em que foram encenados trechos escritos de Clarice Lispector.
Gostei intensamente dos textos que eram encenados em lugares diferentes.
Foi daquelas peças em que os expectadores, pelo casarão que é a Casa de Leitura, vão trocando de cenário juntos aos atores.
Em uma das salas em que entramos, uma atriz sentada no alto de uma escada, datilografava, enquanto recitava o texto.
Falou do seu destino de escrever.
Enquanto isso, me lembrava do dia em que ao cantar “Máquina de Escrever”, minha música com letra de Mathilda Kóvak, uma moça me explicou que  “meu coração é uma máquina de escrever” é de Clarice Lispector.
Fiquei esperando que isso fosse recitado, mas não rolou.
Também pensei no mundo dos mortos, porque os textos me faziam pensar nisso. Não sei, não era apenas porque era Clarice Lispector, além dela, de maneira geral, os objetos artísticos me levam a pensar nos mortos.
Quer dizer, bom leit@r, o cenário da peça e também a encenação dos atores me lembravam esse mundo hipotético e maravilhoso da morte.
Eu estava com Ruth.
E como dois quatis encoleirados, seguíamos os atores pela guia.
Em passeio.
Fui.

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