O boníssimo leit@r sabe: depois de ter encontrado os olhos
de minh’As Vizinhas de Trás, onde, dentro deles, há muito a ser desenvolvido, comecei a abrir
outra frente de exploração que são as cabeças das bichanas. Então, a Marília,
quando viu minhas primeiras tentativas, muito eloqüente, se lembrou do pintor
italiano Giuseppe Arcimboldo, porque comecei a plantar nas cabeças delas,
indiscriminadamente.
Por ora, vou parar, quer dizer, não farei como ele, vou me
conter às flores. Depois, não.
Então, chamei o professor pra dizer o que achava das duas
Vizinhas que tinha conseguido fazer. Ele viu e disse um chocho “ta bom”. Era
chocho, mas imagino que já tenha entendido
o estilo do professor e aquele “ta bom” chocho, me soou excelente!
E, antes que seus olhos saíssem da tela, ele disse:
- Acho que você deveria mudar a cor dessa flor aqui, porque
ela está se batendo com a flor ao lado – era o final da aula e fiquei olhando
as flores se batendo. Sentei e fiquei olhando. Elas se batiam. Achei que era
bonito o movimento delas se batendo e continuei olhando. Foi quando elas
pararam de se bater e começaram um diálogo de entendimento, harmonioso.
O professor tava do outro lado.
Gritei:
- Professor! Por favor, veja de novo as flores! Não posso
pensar que elas estejam conversando, ao invés de se batendo?
Ele veio vindo e olhou.
Aí, disse:
- É. Pode! Mas você tem de resolver isso com o fundo, então.
Fui!
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