terça-feira, novembro 04, 2014



O boníssimo leit@r sabe: depois de ter encontrado os olhos de minh’As Vizinhas de Trás, onde, dentro deles,  há  muito a ser desenvolvido, comecei a abrir outra frente de exploração que são as cabeças das bichanas. Então, a Marília, quando viu minhas primeiras tentativas, muito eloqüente, se lembrou do pintor italiano Giuseppe Arcimboldo, porque comecei a plantar nas cabeças delas, indiscriminadamente.

Por ora, vou parar, quer dizer, não farei como ele, vou me conter às flores. Depois, não.

Então, chamei o professor pra dizer o que achava das duas Vizinhas que tinha conseguido fazer. Ele viu e disse um chocho “ta bom”. Era chocho, mas imagino que  já tenha entendido o estilo do professor e aquele “ta bom” chocho, me soou excelente!

E, antes que seus olhos saíssem da tela, ele disse:

- Acho que você deveria mudar a cor dessa flor aqui, porque ela está se batendo com a flor ao lado – era o final da aula e fiquei olhando as flores se batendo. Sentei e fiquei olhando. Elas se batiam. Achei que era bonito o movimento delas se batendo e continuei olhando. Foi quando elas pararam de se bater e começaram um diálogo de entendimento, harmonioso.

O professor tava do outro lado.

Gritei:

- Professor! Por favor, veja de novo as flores! Não posso pensar que elas estejam conversando, ao invés de se batendo?

Ele veio vindo e olhou.

Aí, disse:

- É. Pode! Mas você tem de resolver isso com o fundo, então.

Fui!

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