quarta-feira, dezembro 31, 2014



Então, amanhã, é 2015.
Comecei as anotar as datas nos cadernos da escola, em 1969, leit@r boníssimo, quando me alfabetizei no Grupo Escolar Professor Lellis, em Alegre, ES. Eu não notava a ilusão de tudo, leit@r, que o tempo das datas que eu anotava, é esse troço perdido no nada, assim, essas placas finíssimas de indizíveis, sobrepostas umas às outras, essa maluquice. Para mim, era tudo real, leit@r. Eu estava mergulhado demais e era tudo real, tudo dizível.
Só comecei a desconfiar da realidade das datas do tempo, muitos anos depois, nos anos 80. Mesmo assim, continuava a anotá-las nos meus cadernos e dizê-las.
É real, né?
Feliz 2015, boníssimo e silencioso, leit@r!!!!
Yahhhhhhhhhhhhhhhhh!

terça-feira, dezembro 30, 2014



A primeira leva de discos que mandei pro pessoal do crownd do Poema Maldito, começou a chegar pra quem ta no Rio ou em Sampa. É uma alegria fechar a estória toda, com sucesso. Ontem mandei mais uma leva e, agora, só tenho aqui comigo, e devo mandar nessa semana, as telas de As Vizinhas de Trás – Poema Maldito, porque só entreguei a dela/e até agora: As Vizinhas de Trás – Poema Maldito – Luna.
Ela/e mandou pra mim:
eu achei um arraso - ou você me deu a melhor de todas ou "só" a que tinha mais a ver comigo.” – então, leit@r, acho que vou acertar assim em todos! Porque, ontem, estive olhando para elas na sala e reafirmei tudo.
Sobre o disco acabo de ver o que Frederico postou:
“Como bem disse o João Santos no encarte do cd, Luís Capucho se revela um 'artista sofisticado que se aprimora e, na brutalidade de sua interpretação, se refina'. Hoje meu 'Poema Maldito' chegou pelos correios: atingiu a meta de colaboração na página da Variável 5. Estranho seria se não atingisse. Luís Capucho não ter par, é foda.”
Yahhhhhhhhhhhhhhhh!

domingo, dezembro 28, 2014



Ontem, passou a tarde comigo o/a Eduard@ Lun@. Ele/ela se perdeu no fim do vale que é a minha rua e quando desci para o portão para ajudar, quando ele/ela me avistou, correu pra mim como um/a menin@. E, quando subimos pro meu apezinho ele pode ver As Vizinhas de Trás – Poema Maldito todas juntas, numa das paredes da sala. Tinha uma mínima tensão de minha parte, porque quando ele/a soube que seria o/a único/a a vê-las juntas, antes que eu entregasse aos cotistas do crownd, perguntou:

- Então, vou poder escolher entre elas, a que mais tiver a ver comigo?

- Mas, mais ou menos, já escolhi, Eduard@!  – eu disse.

Então, bom leit@r, tinha a dúvida de que ele/a fosse curtir a que fiz pra lhe dar. E mostrei. Disse qual dentre as Vizinhas de sua tela, me fez escolher aquela pra ele/a. Ele/a adorou, sinceramente.

Dei-lhe o nome de As Vizinhas de Trás – Poema Maldito – Luna.

Veja:

sexta-feira, dezembro 26, 2014



Preciso de expediente para terminar de mandar as cotas do crownd que ainda faltam ser mandadas. Estou fazendo isso lento, me desculpem boníssimos leit@res. É que além de eu achar ser devagar, quase parando, ainda esse buraco de abismo que é, entre as festas de Natal e Ano Novo, deixa tudo ainda mais no ar, mais em suspensão, mais flutuando. Hoje vou entregar algumas cotas pessoalmente, aqui mesmo em Niterói. Mas uma coisa é certa: As Vizinhas de Trás – Poema Maldito só irão pelo correio em 2015, por conta da enrolação toda do buraco de abismo das festas, que faz tudo ficar infinito.

Fui.

quinta-feira, dezembro 25, 2014



Tive um natal muito lindo, no apezinho, passeando pela internet, ouvindo música baixinho aqui dentro, bebericando, refletindo as coisas na cabeça, os ecos de festas de Natal das famílias do vale da Martins Torres.

Num momento coloquei o disco novíssimo do Marcos Sacramento pra ouvir, o Autorretrato, presente de final de ano. É uma coisa incrível, um mistério da altura em que estamos, depois de ter passado tanto tempo, que eu colocasse o disco dele dentro do computador pra ouvir. Comecei a fazer música com ele. Ele ia na cabeça de porco pra gente fazer. Tínhamos tentado, por idéia dele, que os encontros de fazer música, fossem em sua casa, dele, mas não deu certo. Aí, ele ia pra Cabeça e minha mãezinha cuidava da gente, enquanto cuidava de tudo.

Foi se criando um método de fazer as músicas: na maioria dos casos as letras eram dele. Em menor quantidade, fazíamos letra juntos ou melodia juntos. E no Poema Maldito, coloquei uma das músicas dessa fase: “O Camponês”. Ele deixou a letra lá em casa, no sumidouro dos anos 80, e, no outro dia, quando voltou, mostrei a melodia pronta. Nessa música, para o “Poema...”, Felipe Escovedo colocou um baixo lindo, junto ao meu violão. Custei a entender o sentido de seu baixo, impliquei com ele. Aí, o Felipe Castro me deu um toque, foi mexendo nas alturas, é um baixo todo estudado, todo cuidadoso, cheio de pensamento, boníssimo leit@r. Daí, eu custei a entender, eu sei que sou lento...

Voltando ao Autorretrato, o Sacramento tinha entrado numa de fazer música interpretando os caras da tradição da música carioca, e lançou um monte de discos assim. Mas, aí, tudo foi chegando nessa altura em que estamos e ele, que tinha aprendido a tocar violão e que tinha começado a fazer música e letra, tudo, sem que tivesse tempo de chegar nas parcerias comigo, decidiu lançar o Autorretrato em que assume essa sua produção “euísta”.

E, aí, eu coloquei pra ouvir.

Pra mim, do meu ponto de vista, além de cantor, o Sacramento é dos grandes compositores da tradição da MPB, então, é um orgulho pra mim que a gente tenha essa história que vai saindo das alturas e que vai dando sentidos muito mais próximos da gente, que vão se esparramando pelo chão, que vão subindo pelas paredes do apezinho, enquanto eu estou na noite de Natal de 2014, ouvindo o Autorretrato, que depois de ter se esparramado pelo chão e subido as paredes vai florescendo na minha cabeça, aqui, sozinho no AP, dentro do vale, e tal.
Disco de gente grande!


Além disso, já consegui sobrescritar boa parte dos envelopes de Poemas Malditos para que eu enviasse pros colaboradores do crowndfunding. É que o aplicativo que baixamos da internet para a impressão das etiquetas não funcionou, aí, tem de ser tudo na mão, o que é demorado. Assim que eu mandar o seu, te aviso por e-mail ou in Box, no facebook.

Como curto nomear, em agradecimento, Felipe fotografou o encarte do “Poema...”.

Vejam:


E mais fora disso, a alegria de ver o Theo com o Cinema Orly, no colo: