Às voltas
com “As Vizinhas de Trás – Poema Maldito”.
Disse ao bom
leit@r que ando fazendo elas em casa e nas aulas. As que faço em casa uso tinta
a óleo e as em sala de aula, tinta acrílica, o que dá pra elas estilos
diferentes. As que faço com tinta acrílica ficam mais espontâneas, o que
aparece nelas é a primeira luz, que fica tremendo na superfície delas. As que
faço em casa, à óleo, aparecem mais definidas, mais profundas, com sombras que
alongam a luz e as bichanas ficam mais graves.
Não tenho
problema com repetição, com ritmo. Consigo abstrair, se for o caso, até consigo
dormir, ouvindo o tic-tac de um relógio. O que me atordoa e desarvora é
inconstância, é coisa randômica. Quando a Nina, a dog da Vizinha do Térreo,
começa a brincar com o balde, ou quando os meninos vêm chutar bola no corredor,
o barulho aleatório e constante que chega aqui pra mim, me enlouquece no
terceiro andar. Eu não sei o porquê. Acho que se a Nina brincasse com o balde num
ritmo e os meninos jogassem bola num ritmo, eu não ficava louco. Mas como os
meninos vão chutar a bola de forma tic-tac? E a Nina, coitada, como ela vai dar
ritmo ás suas brincadeiras com o balde?
Eu
ficaria fazendo as mesm’As Vizinhas de Trás – Poema Maldito” para sempre.
Fui.
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