domingo, janeiro 31, 2016

Quando estivemos em São Paulo, na Casa do Mancha, para num show com o compositor e cantor Gustavo Galo, apresentarmos, ao vivo, o CD Poema Maldito, eu soube que a Julia tava publicando uns livros da família e dos amigos. Aí, numa conversa, fiquei de lhe mandar o meu Diário da Piscina para que ela visse qual era a do livro e, assim, ver se a gente poderia pensar numa publicação por sua editora, a É selo-editora.
Essa semana, eles estiveram aqui no Rio, e vieram aqui no apezinho.
Gustavo Galo veio pra que a gente conversasse sobre a produção de uma de minhas músicas, a “Antigamente”, para um disco pensado pelo Felipe Castro e com o dedo do Bruno Cosentino, o Crocodilo – depois eu vou dizer apenas desse disco, porque, agora, é o Diário da Piscina.
E Julia, para a minha alegria, veio dizer que topava publicar comigo o “Diário...”, por sua É selo-editora. Então, começou a contagem regressiva. Eu mandei o livro para BH, porque faz muito tempo, pedi a ajuda do João Santos e ele topou ler o livro para esse fim. O João é um dos meninos mais inteligentes que eu conheço. O silencioso leit@r sabe que as pessoas mais inteligentes são, assim, um pouco mais metidas, mais frias, mais autoritárias, fortes, enojadas e tudo. Outro dia conheci uma jovem trans assim, era insuportável, leit@r.
Mas o João, não. Ele é amável, doce.
Yahahhhahahhahhahah! J

luís capucho, a Camisa-tótem e o Tótem Poema Maldito de Alan Lanzé.

sábado, janeiro 30, 2016

Os gatinhos de Pedro - luís capucho

Quando eu era adolescente, vinham umas pessoas me dizer
“porque eu ficava ouvindo as músicas americanas da Rádio Mundial, se eu não
tava entendendo nada”, aí eu dizia que tava ouvindo porque não entendia o que
falavam e aí podia ficar livre pra o que eu sentia, e livre pra deixar o
pensamento ali, no meu sentimento e tudo. Eu tou lembrando isso, porque quero
falar d’Os Gatinhos de Pedro” aqui, no Blog Azul, e como autor de Língua
Portuguesa, sei que, talvez, as minhas letras tirem um pouco a liberdade de quem
ta ouvindo, que acaba sendo invadido pelos meus sentidos e tudo. Mas saibam que
a vida é livre, que tudo é livre e que as intenções de um autor são nada,
diante dos sentidos de cada um e que o meu silencioso leit@r poderá fazer
ligação nenhuma ou a ligação que quiser entre os gatinhos de Pedro e os
hieróglifos e a árvore da calçada e o sol e Simon e os vivinhos de trás e...


Vejam:

sexta-feira, janeiro 29, 2016

Cavalos - show jan 2016

Nessa noite, demorei um pouco a dormir. Eu tenho muito no
que pensar e fiquei pensando. E tenho uma tendência ao pensamento fixo,
silencioso leit@r, mas nessa noite, eu tava aleatório e, aí, pensei desde a
inutilidade das metáforas, devaneei um pouco com as músicas da rua de trás que
entravam por minha janela, até o último dia de nossas vidas.
Também fiquei lembrando:
Nós já tínhamos chegado no Bar Semente, onde deixamos nossas
coisas para o show Poema Maldito do último dia 22 e fomos pra uma lanchonete,
porque o Pedro tinha fome.
Eu fiquei olhando as pessoas do final de semana na Lapa. Era
todo mundo muito descolado, colorido, gostoso, jovem. Aí, apareceu um casal que
ficou no balcão, comendo, à nossa frente. A gente tava sentado.
A menina desse casal, a Eduarda, tinha os olhos maquiados de
um jeito bem lindo, azul, aí, eu me levantei, pedi licença a ela e me
expliquei:
- Vou tocar daqui a pouco e gostei muito da pintura nos seus
olhos. Você poderia pintar os meus? – aí, ela veio, como se nos conhecêssemos e
pintou o meu olho.
Depois, enquanto o sono não me pegava, fiquei pensando em
como gostei de fazer esse show, o mais próximo do disco, embora eu tenha tido a
preocupação de dizer – depois me senti meio bobo com isso - que o show não é o
disco e tudo.


Eu não vou ficar dizendo sobre todas as coisas em que tenho
de pensar. Essa é apenas uma postagem com o pretexto de postar a Cavalos que o
Pedro filmou em seu celular, no meu Blog Azul. Vou dizer que antes de tocar a
Cavalos, eu disse, no show, ter aprendido minhas letras com meus parceiros
letristas e digo também porque Cavalos está na narrativa do meu Cinema Orly:

quinta-feira, janeiro 28, 2016

O Camponês - show Poema Maldito.

“É....um dos livros que fiz chama-se Rato. Ele se passa numa
Cabeça de Porco. E os meus livros, eles são ... é... ficção, mas também não
são. E, quando eu morava nessa Cabeça de Porco, eu fiz muita música com Marcos
Sacramento, que era o letrista de minhas melodias. E nesse disco Poema Maldito,
eu coloquei uma delas. Chama-se O Camponês” – Luís Capucho na apresentação do
CD Poema Maldito, no Bar Semente, em 22 de janeiro de 2016:

terça-feira, janeiro 26, 2016

A gente passou a noite inteira de domingo pra segunda-feira gravando para o filme Peixe, de Rafael Saar, cenas relacionadas ao que, na minha obra literária e musical, tem a ver com o mundo maravilhoso do cinema pornô, quer dizer, das salas de cinema pornô. Isso foi no Cinema Íris e o mote de tudo foi, obviamente, a Cinema Íris, música irmã de meu livro Cinema Orly.
O leit@r pode imaginar o que essa noite significou pra mim, quer dizer, tudo o que voltou pra mim desse mundo, se liga. E foi lindo estar nele, dessa vez, com os amigos fazendo figuração, com Pedro de ator, com o Maurício - o meu Ernesto, do livro Rato – arrebentando tudo, e com as atrizes arrazando muito no streap-tease delas, cada uma no seu estilo, uma mais devassa e fria. A outra afetiva e romântica. Tudo orquestrado pelo Rafael, com as travestis lindas fazendo os closes, os rapazes fazendo a pegação deles, tudo muito sujo, tudo muito maldito, como dizem, o leit@r sabe, e com violência de machado.
Num momento, Pedro me fotografou no palco, naquela cadeira em que elas fazem o streap, todo senhor do lugar, desprezando tudo, assim, bem do mal, tipo, cuspindo no prato que come.

Era cansaço:

sexta-feira, janeiro 22, 2016

Já faz um ano do processo todo do crowndfunding. E, hoje, tem show comigo e Felipe Castro, no Bar Semente, na Lapa do Rio. O céu vai limpar, tranquilo e favorável, pra gente, mais tarde:
Gravado no estúdio Tomba Records, compositor divulga financiamento coletivo para lançar o álbum
OGLOBO.GLOBO.COM

quarta-feira, janeiro 20, 2016

Luís Capucho - Formigueiro (ensaio)

Agora, com o show no Bar Semente, depois de amanhã, 20 h, na
Lapa do Rio, faz um ano - foi em janeiro de 2015 - que estreamos as
apresentações do Poema Maldito, ao vivo. Estreamos esses shows, no festival de
música autoral BULHA, da revista Polivox.
O show de estreia tinha a direção de Rafael Saar, que riscou
nossos olhos e, aí, a gente foi vendo que a gente tinha esse viés na cara e
tudo.
Depois, com o Bruno Cosentino, foi aparecendo o Tótem de
minha Camisa de fazer shows, que vai sendo construído pra sempre e que se
desdobrou no Tótem- Poema Maldito com que o artista Alan Lanzé nos presenteou e
que no Bar, vai estar entre nós, concentrando, liquidificando tudo.
Então, leit@r,  a
gente vai comemorar esse um ano das apresentações com tudo modificado, porque o
tempo é cruel e a gente vai morrendo, você sabe. Contudo o entusiasmo é o mesmo
e vou dizer, eu adoro e morro de medo também disso que vem chegando pra gente e
que vai mudando tudo de lugar, quer dizer, a Formigueiro, como se pode ver
nesse ensaio do nosso primeiro show, filmado pelo Rafael no janeiro passado,
tinha o violão do Felipe com o meu. Agora, ela está da guitarra dele com meu
violão.
Pedro, para sempre, faz as honras da casa.


Vejam:

Ney desiste do projeto em que cantaria obras de Carlos Gomes e Villa-Lobos



♪ Ney Matogrosso desistiu de fazer o projeto em que cantaria músicas dos compositores Carlos Gomes (1836 - 1896) e Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959). O recital seria dirigido pela cineasta Ana Carolina e entrelaçaria as obras dos dois compositores com versos do poeta romântico Gonçalves Dias (1823 - 1864), recitados na voz do ator Jesuíta Barbosa. Em contrapartida, o cantor mato-grossense - em foto de Marcelo Faustini - alimenta a ideia de gravar (em data incerta) álbum com músicas de compositores brasileiros carimbados como malditos - casos de Itamar Assumpção (1949 - 2003), Jards Macalé e Jorge Mautner e Luís Capucho. Ney fará 75 anos em 1º de agosto de 2016.



Postado por Mauro Ferreira às 15:02

terça-feira, janeiro 19, 2016

Quando estive em Salvador para o II Seminário Internacional Desfazendo Gênero e que, junto à Professora Denise Carrascosa, falamos de meus livros, então, ela disse que não sabia se eu tinha tido a intenção de que os meus livros fossem parte de um projeto único, leit@r, e que ela poderia estar enganada no que ela estava imaginando e, aí, contou uma coisa linda, e dizendo agora nas minhas palavras, ela viu algo como se eu estivesse construindo esferas de céus, como degraus, em que cada livro fosse um nível, desde o Paraíso do Cinema Orly e daí pra diante, pra os outros livros, cada um deles se elevando, subindo, e falou nas palavras dela, sobre o degrau de cada um deles, do Rato e do Mamãe me adora. E fiquei feliz demais com essa descoberta.
Estou lembrando isso de projeto, porque mesmo que a gente não esteja vendo, o que a gente constrói de arte, tem uma arquitetura, que depois de pronta, se consegue ver, ta ligado?
E faz um tempo, comecei a musicar umas poesias do Felipe Castro, que foi quem fez o registro das músicas que estão no meu disco Poema Maldito. São poesias de amor, que ele tem feito através das meninas que ele vê. Musiquei oito dessas poesias românticas, a que ele deu o nome de Vogal. Daí, que vi que essas oito músicas sob esse nome Vogal têm uma arquitetura, assim, tem um circo armado nelas, quer dizer, são um projeto.
E, agora, dia 22, no Bar Semente, 20 horas, abriremos o show Poema Maldito, apresentando três delas, leit@r.
Esse assunto, ele é cheio de voltas e sei que não aturamos postagens longas, tipo, ninguém merece, leit@r silencioso.
Então, é isso.
Pedi a Felipe que me retratasse no ensaio de ontem.
Estou tocando a música “Velha”:

quarta-feira, janeiro 13, 2016

Ontem, fizemos um ensaio aqui no apezinho para o show do dia 22, no Bar Semente. O show ta ficando bem diferente, porque tudo vai se movendo, o leit@r sabe, eu fico me repetindo. Mas de verdade, estamos subindo uma montanha, um penhasco, e pularemos dela a seus olhos, no bar, leit@r, dia 22.
Quando terminamos, me lembrei e disse:
- Esquecemos de fotografar o ensaio, pra eu divulgar amanhã, Felipe.
- Mas não tem mais ninguém aqui, hoje – ele falou. E, aí eu fotografei ele, que me fotografou.
Vejam:

terça-feira, janeiro 12, 2016

Perguntei ao Alan Lanzé sobre o tótem que ele nos deu e ele me disse que a ideia veio a partir de uns falos que fez pra uma peça em que participou, que eram assim falos divinos e que ao ver o Poema Maldito, veio-lhe essa ideia pra nós. A isso ele juntou fitas da tradição caipira das folias de reis, arenou uns panos no arame, e disse que o resto vai ser conosco.
No ensaio de ontem, Felipe tirou foto dele por dentro.

Vejam:

segunda-feira, janeiro 11, 2016

Assim como as músicas, ao vivo, vão se modificando, porque o tempo não pára, leit@r, por consequência o show Poema Maldito, que completa agora um ano de apresentações, também ficou diferente. Além de músicas novas, como Homens Machucados e Bolo, que já estão no show, aos poucos, vamos colocando outras.
A impressão é a de que me repito, a de que nos repetiremos pelos dias e que, portanto, nos repetiremos por 2016 inteiro, mas só que não, como dizem, agora. Por que estamos mais centrados, cada vez ganhamos mais espaço pra dentro dos shows, e objetivamente temos um centro, um mastro, um emblema, em torno do qual nos arenamos, que é o tótem Poema Maldito, presente do artista Alan Lanzé.
Eu não tinha me dado conta de que minha Camisa de Fazer Show é também a tentativa de construção de um tótem, onde vai aparecendo a minha heráldica inventada e não. E é muito lindo que o Alan tenha capturado essa ideia pra os shows, quer dizer leit@r, o tótem é a continuação dela, ta se ligando?
Então, para o dia 22 no Semente, iremos apresentar outras parcerias, minhas com Felipe Castro e outras músicas comigo mesmo.
Vai ser muito lindo ter os amigos com a gente. Vamos, é uma sexta:

domingo, janeiro 10, 2016

Imaginei - luís capucho e Marcos Sacramento

Também ante-ontem recuperamos “Imaginei” que, modestamente,
é maravilhosa leit@r.
Fizemos – eu e Sacramento - na década de 80, na cabeça de
porco ( Rato-2007. Ed Rocco). Trinta anos depois estamos emocionados e
totalmente senhores, à luz do tótem Poema Maldito e à luz do olhar de Pedro, na
grua do seu celular.


Vejam:

sábado, janeiro 09, 2016

A cara de jesus - Marcos Sacramento

Ante-ontem, fiz um comentário numa postagem do Felipe Castro,
sobre nossos shows, onde está nossa parceria “Bolo”. E digo que fiquei muito
feliz com aquele momento de nossa apresentação, quando o artista Alan
Lanzé
 presenteou ao Poema Maldito com o tótem, que pode ser visto
entre nós, no palco, no chão.
Eu disse que um tótem é um troço de tradição, assim, um
emblema de um lance que tem uma origem e tudo. E, bom leit@r, eu ainda disse
que a gente não tinha origem nem tradição nenhuma, então, que eu achava que a
ideia de que a gente tava inaugurando isso era muito linda!
Yahahhahahahah! 
Mas, ontem, o Marcos Sacramento, com quem comecei a fazer
música, esteve aqui em casa e pedi que ele registrasse – nós não tínhamos esse
registro - uma de nossas primeiras parcerias, que fizemos nos anos 80, ainda
quando eu morava na cabeça de porco descrita no Rato (2007 – Ed. Rocco).
Então, colocamos a cara de Jesus na parede, porque tenho
comigo ainda a mesma cara de Jesus embaixo da qual fizemos a música na Cabeça
de porco. E ele abraçou a origem inaugurada do tótem- Poema Maldito que Alan
nos deu e cantou pra gente.
Pedro registrou.


Eis a nossa tradição: