Desde garoto que ouvia dos
adultos que ser criança era bom, porque não precisava se preocupar com nada,
quer dizer, pensar, fazer as coisas. Era só ir no embalo de tudo e pronto. Isso
era viver. Eu, aí, sequer pensava na possibilidade de ser um cara adulto, eu
sequer pensava na possibilidade de ser qualquer outra coisa, embora tivesse
um grande desejo, quando pequeno, que era o desejo de voar.
E minha mãe tinha um primo, que o
nome dele era Zé Oladim, se não estou trocando os nomes. E, não sei também se
estou trocando tudo, mas, talvez, eles ficassem, não sei. O fato é que o Zé
Oladim, se não estou trocando ainda, tinha um Jeep. E nos levava pra passear.
E, aí, esse meu sonho era satisfeito. Naqueles passeios, eu voava. Tanto que
nas noites em que sonhava que estava voando, voar era como andar de Jeep
acima das montanhas da cidade, numa grande noite profunda, maravilhosa.
Um amigo meu disse que os meus
posts não continuam, que eles param logo ali. Eu poderia continuar. Mas mesmo
que eu não continue, o Blog nunca acaba. Ontem e amanhã tem mais...
Nenhum comentário:
Postar um comentário