Faz um tempo me perguntam se
minhas músicas estão no spotify.
Eu mesmo não frequento o serviço
dessa plataforma, mas estão colocados os meus álbuns lá e o meu sentimento é o
de quem tivesse, finalmente, ajustado a César o que é de César.
Eu tenho uns livros que escrevi e
algumas As Vizinhas de Trás comigo. Esses trabalhos não têm distribuição e no
caso dos livros, com exceção do Diário da Piscina, estão todos fora de catálogo
e esgotados.
Eu curto que seja assim, de ter uns
últimos livros comigo e de vendê-los eu mesmo.
Também já me perguntaram se estão
pra serem baixados em alguma plataforma. E não estão. Embora eu já tenha visto
links que dizem baixá-los, mas não cliquei pra conferir.
E eu disse que curto que seja
assim, porque eu custo a entender as coisas que estão fora do alcance de meu
olhar. E sou meio coruja. Desconfio sempre do que possa estar acontecendo fora
de minha visão. E como adoro os meus livros, tenho medo do dia em que não os
verei mais, que não terei mais livro aqui em casa, pra vender pra quem, acaso,
os queira.
Tenho a visão de que eu
possivelmente seja um cara mais burro e que, por isso, eu esteja ainda mais por
fora e, aí, os meus horizontes são mais fechados – e, nesse caso, eu esteja
mais por dentro – e, sei lá, eu sou mais do lar, mais doméstico e tal. Meio
bicho-grilo, assim...
Fora isso, como mais ou menos
disse aquela música que já é velha, mas que não ficou velha, como ela diz, se a
gente não vê, não há. E, aí, fazendo uma grande volta e olhando a mesma coisa pelo
outro lado, visto assim, eu meio que não existo.
Ouçam:
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