Como o silencioso leitor
sabe, eu já disse, tenho feito algumas das transcrições do programa Escuta, do
núcleo canção da Letras da UFRJ. Agora to transcrevendo o Escuta da Mari
Romano, do seu disco Romance Modelo. E dentre as explicações muito interessantes
que ela deu, para as perguntas muito interessantes que Rafael Julião fez,
fiquei parado nesse trecho que transcrevo aqui, sobre a faixa Um Ar.
sabe, eu já disse, tenho feito algumas das transcrições do programa Escuta, do
núcleo canção da Letras da UFRJ. Agora to transcrevendo o Escuta da Mari
Romano, do seu disco Romance Modelo. E dentre as explicações muito interessantes
que ela deu, para as perguntas muito interessantes que Rafael Julião fez,
fiquei parado nesse trecho que transcrevo aqui, sobre a faixa Um Ar.
“Rafel Julião:
Ne, e, é, isso é uma viagem minha, mas eu acabo entrando
nessas viagens. O quanto essa palavra errata tem a ver com a coisa da... você
desde que começou a entrevista você falou algumas vezes de transformação. E me
parece que a relação da errata com a canção, é a possibilidade da música de
transformar vivências ou de... não sei. São... eu queria que você comentasse
essa relação de música com errata.
nessas viagens. O quanto essa palavra errata tem a ver com a coisa da... você
desde que começou a entrevista você falou algumas vezes de transformação. E me
parece que a relação da errata com a canção, é a possibilidade da música de
transformar vivências ou de... não sei. São... eu queria que você comentasse
essa relação de música com errata.
Mari Romano:
Tá.
Rafel Julião:
Que
eu gosto, acho tão bonita... errata.
eu gosto, acho tão bonita... errata.
Mari Romano:
Legal. (riso)
Eu
gosto dessa palavra também.
gosto dessa palavra também.
Mas,
é... de qualquer maneira essa música foi uma viagem, tipo, viagem de doidão
mesmo, que eu fiquei pensando, gente, isso aqui que ta saindo é um ar, que tava
aqui dentro e que saiu. E ele se transformou, mas, tipo, assim, a gente fica
pensando no que dizer e tentando controlar, mas na verdade, nada foi dito até
você de fato falar ou de fato fazer. Então, tipo, tudo é editável até o último
segundo. Por isso que eu falo que, tudo que eu digo parece ser de última hora e
que esse ar passa... escala um tubo e passa pela casinha e vira tudo música,
sinais, palavras e tal.
é... de qualquer maneira essa música foi uma viagem, tipo, viagem de doidão
mesmo, que eu fiquei pensando, gente, isso aqui que ta saindo é um ar, que tava
aqui dentro e que saiu. E ele se transformou, mas, tipo, assim, a gente fica
pensando no que dizer e tentando controlar, mas na verdade, nada foi dito até
você de fato falar ou de fato fazer. Então, tipo, tudo é editável até o último
segundo. Por isso que eu falo que, tudo que eu digo parece ser de última hora e
que esse ar passa... escala um tubo e passa pela casinha e vira tudo música,
sinais, palavras e tal.
É meio
tirando um pouco a opressão daquela coisa da linguagem. Dizendo, ó, ce tem aí.
É tipo, na verdade, também é só um sopro, é efêmero, ta no tempo, enfim. É
meio, foi mais uma viagem...”
tirando um pouco a opressão daquela coisa da linguagem. Dizendo, ó, ce tem aí.
É tipo, na verdade, também é só um sopro, é efêmero, ta no tempo, enfim. É
meio, foi mais uma viagem...”
E
achei esse vídeo dela cantando a Um Ar com o charmoso Pedro Pastoriz:
achei esse vídeo dela cantando a Um Ar com o charmoso Pedro Pastoriz:
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