quinta-feira, novembro 21, 2019

Ontem, à noite, estive olhando pra minha sala, pras caixinhas de som que eram do João - irmão do Pedro - e que temos usado nas apresentações das músicas. Eu estava olhando pra elas e esse negócio de ter uma casa em ordem, é uma questão pra mim, esse lance de ter um lugar que é fora de mim, mas não é, porque tenho sido um cara que fica muito em casa e tal. Quer dizer, eu me movimento muito aqui dentro, no apezinho, ao mesmo tempo que o apezinho é motivo de meus pensamentos se moverem, o meu âmago se mover, meus sentimentos se moverem também.
Por exemplo, minha Vizinha de Baixo deu-me de presente uma cortina azul de plástico. É o presente mais lindo que ganhei nos últimos tempos, talvez, no tempo de toda a minha vida. Parece exagero, mas não é, não. Então, eu pensei em ter todo o resto do apezinho em função dessa minha cortina de plástico azul, uma coisa parecida como o modo com que fui completando minha Camisa de Apresentação, quer dizer, tudo em função de um breve que mamãe me deixou e que é o seu centro.
Daí, que se eu quiser que o meu apezinho seja um complemento de minha cortina azul de plástico, tenho que conseguir outro lugar pra ter guardadas as caixinhas de amplificacão, ta ligado? As caixinhas de amplificação que são um dos presentes mais lindos também que ganhei do João:


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