Ontem, à noite, estive olhando
pra minha sala, pras caixinhas de som que eram do João - irmão do Pedro - e que
temos usado nas apresentações das músicas. Eu estava olhando pra elas e esse
negócio de ter uma casa em ordem, é uma questão pra mim, esse lance de ter um
lugar que é fora de mim, mas não é, porque tenho sido um cara que fica muito em
casa e tal. Quer dizer, eu me movimento muito aqui dentro, no apezinho, ao
mesmo tempo que o apezinho é motivo de meus pensamentos se moverem, o meu âmago
se mover, meus sentimentos se moverem também.
Por exemplo, minha Vizinha de
Baixo deu-me de presente uma cortina azul de plástico. É o presente mais lindo
que ganhei nos últimos tempos, talvez, no tempo de toda a minha vida. Parece
exagero, mas não é, não. Então, eu pensei em ter todo o resto do apezinho em
função dessa minha cortina de plástico azul, uma coisa parecida como o modo com
que fui completando minha Camisa de Apresentação, quer dizer, tudo em função de
um breve que mamãe me deixou e que é o seu centro.
Daí, que se eu quiser que o meu
apezinho seja um complemento de minha cortina azul de plástico, tenho que
conseguir outro lugar pra ter guardadas as caixinhas de amplificacão, ta ligado?
As caixinhas de amplificação que são um dos presentes mais lindos também que
ganhei do João:
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