Continuando a falar do centro de força, que em última
instância vem do sol, vem da luz, vem do calor, e ainda falando de sua mudança
de lugar para a árvore e para o bicho, faz um tempo, sentado no banco do
ônibus, sentado em minha cadeira acolchoada, antiga, de cozinha, mas que aqui no
meu apezinho fica na sala, por ser a cozinha pequena ou, ainda, pensando ao
subir a escada, no subir dela, também tenho pensado que o fato de o meu corpo
ter ficado com as sequelas, o fato de ter havido no meu corpo, desconexão entre
carne e nervos, isso, à medida que fui estabelecendo outra vez conexão e
harmonizando os movimentos, automatizou um ar parado, um olho fixo, automatizou
um limite de corpo, eu não giro mais, eu não pulo, eu não saio correndo de
alegria.
Isso que disse no parágrafo acima é uma introdução para onde
estou. Quero desenvolver isso. Todas as palavras têm a direção de entrar e sair
do meu mundo ao mesmo tempo, atmosfera em torno à terra, desenvolvendo-se no
azul, na luz, no ar.