quarta-feira, setembro 08, 2021

 

Continuando a falar do centro de força, que em última instância vem do sol, vem da luz, vem do calor, e ainda falando de sua mudança de lugar para a árvore e para o bicho, faz um tempo, sentado no banco do ônibus, sentado em minha cadeira acolchoada, antiga, de cozinha, mas que aqui no meu apezinho fica na sala, por ser a cozinha pequena ou, ainda, pensando ao subir a escada, no subir dela, também tenho pensado que o fato de o meu corpo ter ficado com as sequelas, o fato de ter havido no meu corpo, desconexão entre carne e nervos, isso, à medida que fui estabelecendo outra vez conexão e harmonizando os movimentos, automatizou um ar parado, um olho fixo, automatizou um limite de corpo, eu não giro mais, eu não pulo, eu não saio correndo de alegria.

Isso que disse no parágrafo acima é uma introdução para onde estou. Quero desenvolver isso. Todas as palavras têm a direção de entrar e sair do meu mundo ao mesmo tempo, atmosfera em torno à terra, desenvolvendo-se no azul, na luz, no ar.

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