quinta-feira, outubro 13, 2022

 

Eis que Balada da Paloma (luís capucho/Rafael Julião) já é distribuída em todas as plataformas de música na web. Muita alegria de meu primeiro single estar vinculado ao As Sereias do Hospício, livro de poemas do Rafael. O que vem primeiro, o poema ou a melodia?

Também, feliz demais com a produção do Bruno Cosentino, que me juntou na faixa com Numa Ciro, Claudia Castelo Branco, Vitor Wutski e Mario Gesteira.

https://open.spotify.com/track/4K6PfmhHnfot6XZXHpPdA9?si=39e8198b2f204daa

terça-feira, outubro 11, 2022

Bem curioso para ver o efeito d’As Vizinhas em Afeto, quando estiverem todas juntas, porque estou saindo do padrão de tela que estabeleci pra mim há alguns anos passados. Surgiu-me uma explicação para elas, depois de já havê-las começado e isso tem a ver com os peixes, as cobras e o afeto. Pronto!


 

domingo, outubro 09, 2022

 Gostei demais de me vestir de Paloma para cantar a letra do Rafael Julião no funk que fiz para ela. Depois, quando assisti pela primeira vez ao vídeo que Pedro fez comigo cantando, tive um acesso de riso, por conta da minha decisão de fazê-la, mas sem sê-la, porque embora com os cabelos e com o echarpe, não estou com ela, mas apenas com suas roupas. Isso, no início, porque depois, quando estou terminando de cantá-la, apareceu tudo o que tem dela em mim. E que é disperso, mesmo como a letra do Julião. Enfim, eu adorei demais o carnaval!



sábado, outubro 08, 2022

 

Faz um tempo pensei fazer um’As Vizinhas de Trás que correspondesse à Santa Ceia católica e, aí, tinha pensado fazer a Ceia do Mestre Ataide, porque eu poderia dispor minhas Vizinhas em profundidade ao invés de todas dispostas lado a lado, como são elas e também como estão os apóstolos na Santa Ceia do Leonardo da Vinci.

Mas a ideia foi se enrolando, enrolando, e acabei me baseando, no códice Rossano, manuscrito grego, bizantino do século VI e que tem as duas disposições: a mesa reta, com as Vizinhas lado a lado, ao mesmo tempo de uma mesa redonda, em profundidade.

No entanto, modifiquei tudo e tanto que fui e estou formando As Vizinhas de Trás em Afeto.

 


terça-feira, outubro 04, 2022

 

Não é comum que eu me lembre dos sonhos, mas os dessa noite consegui me lembrar, mais ou menos. Já tive outros sonhos assim, com ônibus:

 

 

Sonho 1:

Era um homem magro e moreno, tinha um ar comum, masculino e simples, e tinha um caralho enorme saindo do cós da calça, pelos lados da barriga. Ele estava acompanhado de um(a) travesti. E estávamos numa fila para pegar um ônibus. E acordei com uma sensação ruim, de não ter conseguido entrar no ônibus.

(...estando acordado na cama, decidi não ficar com a sensação ruim por não ter conseguido pegar o ônibus. Fiquei lembrando das coisas que já ouvi sobre os sentidos de sonhos e pensei em ficar por ali mesmo onde estava com a (o) travesti e o homem de pau enorme escapando por sua cintura. Decidi que esse lugar simbólico da fila, era bom. Não tinha de ficar desapontado por não ter ido no ônibus. Já conseguido ficar tranquilo, dormi de novo.)

Sonho 2:

Eu estava na porta do ônibus conferindo os documentos de entregar ao motorista para viajar. Entrei e ao conferir o número de minha cadeira, ela estava quebrada. Era um ônibus muito espaçoso, quase uma barca – já tive outro sonho assim, com o interior do ônibus com muito espaço – e ao falar com o motorista sobre a minha cadeira quebrada, ele conseguiu uma outra. Havia num lugar do ônibus outra cadeira que ele encaixou no lugar da quebrada, como quem trocasse um pneu.

sábado, outubro 01, 2022

terça-feira, setembro 27, 2022

Deve fazer uns 40 anos que eu toco violão e canto me acompanhando. Isso é uma coisa que eu adoro muito, porque eu sinto que me preencho inteiro, na hora. Então, a música é para dentro, e, ao mesmo tempo, para fora. No caso, vou inteiro para dentro inteirado de música. É fácil. Ao mesmo tempo que a música, sem mim, vai para o meu entorno, fora de mim. Paralisei um vídeo d’eu cantando nessa foto. Pareço um morto. Mas é Pura Vida!


 

domingo, setembro 25, 2022

 

Estive, ontem, no show da Luiza Brina e foi uma viagem incrível. Primeiro veio uma percussão indígena limpando geral a cabeça e depois um show mineiraço, desenvolvendo aquelas músicas que vêm de Minas, mas com a autoria dela e durante o show havia um casal na fileira da frente namorando ao som da luiza que levantou tudo no último, uma maravilha. No fim, teve foto:



sexta-feira, setembro 23, 2022

Balada da Paloma - luis capucho/Rafael Julião

Adorei formar As Vizinhas de Trás – Balada da Paloma, ao vivo, mas contida no livro do Rafael Julião, As Sereias do Hospício. Ele, uma vez, me disse que nesse livro tinha um poema que lembrava o modo como eu colocava as frases nas minhas canções, e, aí, saiu um funk, que é uma música que eu adoro demais e que pra mim é um movimento de música mais importante que a Tropicália.

E também, além do Rafael, para esse funk e para essas Vizinhas, tem o feito do Pedro Paz, do Bruno Cosentino, da Numa Ciro, da Claudia Castelo Branco, do Vitor Wutzki... e tenho sorte demais, porque a Vizinha veio surgindo e fui entendendo e pegando ela, de modo que no final da música, eu já estava ela inteira.

Vejam:

https://www.youtube.com/watch?v=Ezvh7_p5fo8

terça-feira, setembro 20, 2022

 

Estive no médico ontem. Sou acompanhado por vários médicos e não entendo tão bem o que eles têm pra me dizer. Bem, as consultas existem para isso, pra eu tentar entender o que têm a me dizer sobre o meu corpo com o vírus.

Já faz um tempo, tenho sabido de uma pesquisa médica a respeito do efeito de envelhecimento no corpo dos pacientes de HIV, envelhecimento causado pelos antirretrovirais e pelo vírus. Eu não entendo muito bem, mas parece que os antirretrovirais e os vírus são a mesma doença, vocês estão me entendendo?

Além disso, nesse ano completei 60.

segunda-feira, setembro 19, 2022

 

Sobre arrumar a casa no truque, mamãe tinha uma frase: só arrumar o caminho do padre passar. O truque era se limitar ali naquele miúdo, um se virar nos trinta, um andar na corda bamba, um não colocar a cara inteira no sol e amontoar-se sob o tapete, não ocupar a casa inteira, ficar restrito a um caminho possível, o caminho do padre.

Hoje acordei pensando que eu nunca me ocupo de limpar a casa inteira, de uma vez. Outro dia, limpei o meu criado-mudo. Acordei pensando que não me ocupo inteiro. E que eu posso fazer isso, mesmo que eu não tenha tido um pai. Porque o caminho do padre é pequeno e curto. Eu sou a casa inteira no sol.



sexta-feira, setembro 16, 2022

Gosto demais da fisionomia do marujo olhando para cima, enquanto eu olho pra baixo, como se o visse a me ver. Eu o olho com o meu tufo de cabelos roçando nele como pentelhos. Os pelos mais altos de minhas sobrancelhas como pentelhos. Tudo somente amor:


 

terça-feira, setembro 13, 2022

 

A gente atravessou a floresta por mais de 4 horas de carro a 100km/h, na rodovia que ligava Puntarenas a San Jose. Eu via as casinhas entre a floresta e a rodovia e quis fotografá-las, por serem diferentes das casinhas que vemos aqui nas estradas quando viajamos. Eram bem pequenas e bem cuidadas. Nas fotos também apareceram especiais:




segunda-feira, setembro 12, 2022

 

Trouxe esse anel da Costa Rica.

Acabo de googar e vi que tem origem amazônica e tem um significado de aliança para os pobres, negros, índios, na época imperial. Atualmente, é LGBTQIA+.

No wikipédia tava isso:

“Este anel é feito a partir de uma palmeira da Amazônia. É sinal da aliança com a causa indígena e com as causas populares. Quem carrega esse anel significa que assumiu essas causas. E, as suas consequências. Você toparia usar o anel? Olha, isso compromete, viu? Muitos, por causa deste compromisso foram até a morte.”



domingo, setembro 11, 2022

Camuflagem (Puerto Jiménez)

Ainda estou sob efeito de nossa viagem a Costa Rica, embora tivéssemos ficado entre nós, porque mesmo os shows foram entre nós e uns poucos americanos, uma mulher jovem e linda em San Jimenez, sozinha, e um casal de pretos em San José que me olhavam e ouviam sem entender nada, mas que estavam ali na escuta, de modo que poderiam até sorrir pra mim. Os outros hóspedes continuavam a estar ali como estavam e como se eu fosse uma toalha bonita do hotel ou como se eu fosse uma lâmpada dele. Às vezes, numa mesa ou outra, alguém atentava-se pra mim e também, uma música ou outra pegou a todos e nessas músicas todos aplaudiram forte.

O registro mais bonito mesmo foi o de Camuflagem (luís capucho/Tive Martinez) e me permitam compartilhar outra vez. Aproveite e subscreva-se em meu canal, compartilhe, curta e comente no vídeo, faça-me popular, plis:

sábado, setembro 10, 2022

Quando É Noite

A gente fica meio perdido quando voltamos de um outro país. Estou pensando que é uma sensação bem próxima de quando deixei de ir ao Curso de Teatro Épico, oferecido pela prefeitura de Niterói, e que frequentei por um semestre inteiro. É que nos dois casos a sensação é a de ter voltado para a minha língua, para o meu umbigo, onde fluo com soberania e fluidez, com mucho gusto, com minha cozinha, com minha sala.

Não que eu tenha me deixado de lado nesses outros países, não que eu não tivesse sido, absolutamente, eu, em outro país. E, talvez, por isso mesmo, por não ter saído de mim em outros países, é que estou, fico meio perdido, agora.

Meu cinema Orly e algumas de minhas músicas serão vertidas para outra língua, o espanhol, cantada por outros artistas incríveis. É um projeto cheio de muita gente, como tinha sido o projeto de fazer o disco Crocodilo, em que vários outros artistas cantaram e produziram cada faixa do álbum e em que saí muito de mim, ao mesmo tempo, sem ter saído.

Ontem, ouvi de novo a Quando é noite, produzida pelo Vovô Bebê. Fiquei lambendo a cria, sou um pai de coração. Vejam que coisa linda:

https://www.youtube.com/watch?v=f7LX5iLIcT8

quinta-feira, setembro 08, 2022

Camuflagem (Puerto Jiménez)

Fizemos um vídeo com a minha música com Tive (Camuflagem) na rua de San Jimenez. Quero agradecer ao Walter, Vera e Pedro, pela feitura dele, uma alegria imensa:

https://www.youtube.com/watch?v=9cRrFMo1BSU

terça-feira, setembro 06, 2022