Minha vizinha de janela, que pinta flores gigantes, ontem, convidou-nos para almoçar um bagre em sua casa. Era bagre, pirão e mandioca. Uma delícia!
- Você já comeu bagre, Luís? – ela me perguntou.
- Eu comi muito bagre de rio – respondi e contei-lhe minhas lembranças de garoto na beira do rio. Me lembrei também dos córregos de águas límpidas, de minha cidade natal, cheios de peixes e que as serrarias de mármore, depois que cresci, destruíram.
- Então, você vai conhecer o bagre do mar...- ela disse.
E falou que ela também viveu na beira do rio Paraíba e contou que pescava de anzol nas coroas dele. Eu pedi que me explicasse o que eram as coroas.
- Coroas são ilhas de areia que aparecem no rio, quando ele seca um pouco.
E arrumou as travessas cheirosas na mesa.
Bob também queria, porque rosnou chorando no chão, manhoso, e ficou quieto.
Antes do almoço, enquanto esperávamos por Pedro, fiquei observando Bob.
Ele é tão humano, bom leit@r, é assim, a família de minha vizinha de janela.
E tem uma presença que não a de um cachorro de apartamento. É uma pessoa. O Bob é uma pessoa! Fiquei olhando para os seus olhos de expressão humana que, de vez em quando, surgiam dentre os pêlos dele e sumiam outra vez.
Que coisa! É uma pessoa, educadíssimo!
sexta-feira, agosto 14, 2009
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Um comentário:
Luis, você sabe que eu te adoro. Mas se você falar mal dos cachorros de apartamento... hehehe
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