sábado, abril 30, 2011

Ouvindo a vizinhança, meninos jogando bola no corredor.

Começo a ficar tenso por conta dos ensaios e do show marcado pro dia 8 de junho.

Fico achando que se eu fizesse shows com mais contância, não ficaria tenso, mas dizem que não é assim, porque sempre tem a tensão.

Uma garota que estudou comigo uma vez disse que ficava muito nervosa ao participar dos assuntos de sala de aula e ela disse que o nervosismo dela era o que a impulsionava a participar. Se ela não ficasse nervosa, sua participação era sem graça, não sortia nenhum efeito. Mas, se estava nervosa conseguia dar o tom acertado para os pensamentos que proferia e as pessoas que estavam na sala reagiam se envolvendo melhor no que ela tava tratando. Quer dizer, bom leit@r, o nervoso para aquela garota era o sinal de que a participação dela em sala de aula iria funcionar, não ía ser uma participação chocha. Para ela era fundamental ficar nervosa. Ela só tinha de ir no fluxo do nervosismo pra que tudo funcionasse bem.

Estava pensando outro dia e nem sei se já disse isso aqui no blog. Mas estava pensando que se eu não fizesse shows tão esporádicos, que eu iria me sentir dominando mais a cena de cada música e não estar sendo dominado pela sensação de estar me apresentando e tal. Mas, aí, fui assistir a um show em que a cantora dominava completamente tudo, estava à vontade com o palco, músicos e platéia. Então, vi que isso pode se tornar uma coisa chata, alguém dominando uma situação que é tão especial, me pareceu pedante e eu quis que a cantora ficasse dominada, mas ela teve o controle o tempo todo e não me surpreendi com o show dela, achei chato, raso.

Eu sei também que para tudo tem de haver algum controle, se não é a maluquice.

É isso aí!

sexta-feira, abril 29, 2011

Dia de sol bom para lavar louça e deixar bem a cozinha.

É um sol fraquinho, mas ainda assim, bom.

Logo que fechou o mercadinho em frente à minha casa, começaram a reformá-lo.

Está ficando tão bonito que acho que ao reabrir, será uma escola de dança.

Mas vou preferir que seja um mercadinho bonito.

Não gosto de andar para comprar as coisas de que preciso pra casa e ter novamente o mercadinho vai ser o bicho.

Já fui moleque de fazer mandados e quando eu era moleque de fazer mandados, detestava.

Por isso, quando me pediam para, por exemplo, comprar um quilo de sal, eu ía na carreira pra poder me ver livre do mandado e logo voltar a fazer o que eu queria.

Mas minha correria tinha como efeito me pedirem sempre pra fazer outro mandado, porque eu era rápido.

Que ódio!

quinta-feira, abril 28, 2011

Comecei a ensaiar com uma banda de garotos e estamos vendo um lugar para o nosso primeiro show. Nunca toquei com uma banda antes. A formação mais comum pra mim, ultimamente, foi voz, violão, teclado e guitarra.

E muito antigamente, atacávamos eu na voz e violão e Naldo Miranda que me ajudava nos vocais, além de tocar o outro violão, com floreios e solos que sobrevoavam a cama que meu violão fazia.

Estava dizendo, hoje, pela manhã, para o Edil, na fila do médico em que estivemos, olhando para o programa de calouros chamado Ídolos, na televisão ligada no corredor:

- É muito difícil para um artista ter noção do significado de seu trabalho, a não ser, pela reação dos outros, daí, aqueles artistas estarem se sujeitando a uma banca de jurados do programa e aos telespectadores.

E, aí, o Edil me perguntou:

- Você já teve vontade de tocar na televisão, no Ídolos.

Eu disse:

- Não, sou tímido.

E ele disse:

- Isso é mico puro, Luís.

Mas voltando, o Edil ficou surpreso com o fato de eu não ter noção do sentido de minhas músicas e dos meus livros a não ser pela reação dos outros e perguntou:

- E se as pessoas não gostarem?

Aí, e eu disse:

- Estarei fodido! – e, depois, fiquei pensando comigo mesmo que Edil pudesse ter pensado que conduzi o papo, assim, nessa direção, para que ele tivesse de me dizer sobre minhas músicas. E logo nosso assunto tomou outro rumo, porque uma mulher que estava sentada na fila, um pouco atrás, puxou assunto conosco. Ela disse que participava de um grupo vocal e ficou falando disso.

Fui.

quarta-feira, abril 27, 2011

Faz mais ou menos um mês, passei a dormir no quarto de mamãe.

Nunca tinha ficado em pé olhando dessa janela de meu quarto, onde está o computador, porque minha cama é que ocupava esse lugar.

Devagar a casa vai ganhando outra ordem e abrindo outros pontos de vista pra mim.

A lembrança de mamãe é constante.

Eu escreveria:

“Mamãe fez café.

Depois, sentou-se no sofá e a Vizinha de Baixo veio para um pouco de conversa.

Hoje é dia de Zenilda.

Está tudo alegre.”

segunda-feira, abril 25, 2011

Assistimos ao The Naked Civil Servant, ontem, antes que a chuva derrubasse um galho de árvore em frente à casa de Pedro e, com isso, sua casa ficasse sem luz elétrica.
Tinha visto esse filme, quando era ainda um rapazinho, em Copacabana, na casa do meu amigo Ciro. O filme tinha ganhado o título em português de Vida Nua e curti tanto a história de Quentin Crisp, biografado no filme, que fiz uma música.
As legendas do filme, ontem, estavam modificadas, com relação às legendas da década de 80. Em 80, Quentin Crisp dizia que o homem de seus sonhos, alto e moreno, não existia. Ontem, ele dizia: O homem alto e negro não existe.
Daí, que minha música ficou:

Vida Nua
(luís capucho)

Ouvi uma bicha dizer num filme
Que o homem alto e moreno não existe e que
Ela fazia a vida atuando, como num filme e que
Quanto mais, ela era mais
Ele não existe
Quanto mais, ela era mais
Ele não existe
É uma nuvem, uma bola de calor, uma nuvem
Mas, se o homem alto e moreno não existe,
Pra que existe a bicha?
Mas, se ele não existe
Pra que existem homens altos e morenos?

Quando acabou a luz, Pedro ficou triste, porque ele é movido pelas coisas que estão fora dele, e, sem luz, todas as coisas exteriores desaparecem. Então, ele foi pro telefone. Mas, aí, silencioso leit@r, dei meu jeito de gerar coisas na escuridão. Fiz uma sessão de fotos à luz de vela, fiz um treino vocal no violão e tudo o mais, e ele se animou outra vez.

domingo, abril 24, 2011

Céu embruscando.
Crianças gritando no Vizinho de Baixo.
Ontem, estivemos, outra vez, no bar em que fomos assaltados.
Antes, eu tinha viajado no youtube procurando por São Paulo e continuamos a falar de Sampa.
Achei esse vídeo:

Prosa Concreta Para Haroldo de Campos

sábado, abril 23, 2011

Tá uma Semana Santa lindíssima, mas não era pra ser dia de chuva?

Sei que a Semana Santa é uma data previsível baseada no ciclo lunar e que tem a ver com a lua cheia na Páscoa e tudo e isso é uma decisão complicada da igreja católica e tal, mas a chuva, que torna a Semana mais Santa, assim, como fosse abençoada, é imprevisível.

Vilém Flusser escreveu na sua A história do Diabo que a matemática humana é mais perfeita que a matemática encontrada no mundo das coisas, por exemplo, a matemática encontrada no sistema dos astros, que é a matemática dos ciclos da lua e, afinal, a matemática que fixa a cada ano a Semana Santa, não é humana, daí, não tem a chuva esse ano.

Cadê a chuuuuuuuuva, a chuuuuuuuuuuuuuuuuva?

sexta-feira, abril 22, 2011

Voltando da praia.
Dia lindo de céu azul e muito sol.
Quando acordei, de manhã, chá de erva-cidreira.
Enquanto fazia o chá, amadurecia um nome pra um texto que tou fazendo pra escola. Pensei muito no nome, pensei-o de trás pra frente, enviesado, entrecortado, sem uma palavra, sem duas, tudo.
Não consegui me decidir por ele ainda, mas pela primeira vez um nome me aparece, o que é animador: As palavras com que se escreve literatura em Língua Portuguesa e tudo.

quinta-feira, abril 21, 2011

Coincidência: quando quis comprar incenso, os primeiros, na prateleira da loja, eram incensos de Oxum. Peguei com a mão pra olhar e ao ler a essência escrita na caixinha era erva-cidreira. É essa, pensei. E comprei.
Tive de vir ao Pedro, outra vez, para escrever no blog.
Depois de o técnico consertar minha conexão, o mesmo problema voltou.
No caminho até aqui, o dia lindo.
Mesmo que eu olhe para o chão, as coisas ao redor ficam perceptíveis pra mim, que ando sempre a pensar alguma coisa. A lembrar d’alguma coisa. A sentir um troço qualquer.
Eu quis que o dono daquela casa de dois andares plantasse uma árvore de trás do muro na frente dela. Se fosse minha, eu plantaria. Comecei a pensar que árvore plantaria. Pensei na pitangueira que plantei aqui no Pedro, mas para uma casa de dois andares, precisaria plantar uma árvore maior.
E me lembrei daquela árvore linda, de galhos nodosos e retorcidos, sem flor ou fruto e que eu, no solzão, atravessava o pasto inteiro ansiando para chegar logo a sua sombra.
No caminho tinha as curvas e poços do córrego, com os carás imensos na água transparente, quase parada.
Mas, depois, as serrarias de mámore começaram a usar o córrego para resfriar as serras e começaram a despejar o pó de mármore nele. E acabou tudo, morreu.
O córrego é onde morava Oxum.
Tenho saudade.

quarta-feira, abril 20, 2011

Chá de cidreira.

Primeiro conheci o capim cidreira e, depois, em alguma horta, foi que vi, pela primeira vez, a erva cidreira.

Acho que o que se construiu na minha cabeça como a lembrança de um ninho de anjo, era, na verdade, uma moita de capim cidreira que ficava num barranco logo à entrada do barraco da tia Tunica.

É dificílimo para mim deixar de acreditar em anjos, porque sendo seres somente visíveis ou sensíveis para quem , acaso, tenha atingido um nível celestíssimo de consciência, será mais fácil, para mim, acreditar que, com minha natureza boba, de romântico, não tenha tido um jeito de atingir esse nível celestíssimo.

No meu livro Rato, arrisquei a opinião de que, talvez, os anjos morassem dentro do corpo estúpido do cachorros e, no caso, falava de meu ex-cachorro Peri.

Continuo com a possibilidade dessa opinião, agora transferida para os cachorros de minha Vizinha de Janela, o Bob, e para o da Vizinha de Baixo de minha Vizinha de Janela, o Scoob. E penso que, agora, mais amadurecida essa idéia, deva retirar o adjetivo estúpido, mesmo que apenas referido a seus corpos.

Mas pensando num animal que faça de seu ninho uma moita de capim cidreira, então, farei a transferência do título para as estúpidas e fedorentas galinhas, ao menos assim, me aproximo mais do desenho que se supõe ter esses seres celestiais, contando com o fato de que as galinhas já possuem asas. E não retiro os adjetivos, dessa vez.

Fui.

terça-feira, abril 19, 2011

Computador normal, agora.

Era vírus, o que impedia minha conexão.

Vou fazer uma comidinha...

segunda-feira, abril 18, 2011

Noite lindíssima, a de ontem, e fomos na praia comer cachorro-quente e tomar sorvete, quase uma quermesse. Tiramos fotos, mas tá no celular do Pedro, depois, mostro. Tive uma noite intensa, cheia de sonhos importantes, daqueles que ficam ecoando na cabeça por um tempo grande de acordado. Meu computador bichou e vim no Pedro escrever no blog. Está um dia típico de alto verão. No caminho até aqui, a rua bem mais acordada que eu, as casas com pessoas conversando e, ainda em casa, minha vizinha de baixo, para a neta: - Porra, vai ter que tomar banho!...- e em seguida - Porra, vai ter que tomar banho! - Eu adoro supor os acontecimentos na casa de minha vizinha através das frases que me chegam abafadas pelas paredes. Há um fosso estranho entre os nossos banheiros e é por ali que as frases chegam. E ela continuou: - Lave bem as mãos. Já lavou bem a bunda? - Fiquei imaginando a vizinha de baixo já atrasada pra sair e a neta aprontando, por isso o “Porra, vai ter que tomar banho!” Vou encarar o sol e voltar pra casa. Fui.

domingo, abril 17, 2011

Antigamente, quando cozinhávamos no fogão à lenha, sempre tinha a raspa do arroz pra quem gostava e me lembrei disso, porque o meu arroz queimou, ontem. Um cozinheiro deve ficar na beira do fogão e mamãe tinha uma expressão pra isso, depois me lembro. É, porque fogão à lenha não há como baixar o fogo. E as panelas eram de ferro e tinha a panela de angu, que era uma panela diferente, bojuda, com pés, como tetas de bicho grávido. E, depois, tinha a rapa do angu, que era mais gostosa que o angu, na época, pra mim. Eu sempre me lembro da casa na beira do rio e que nas noites de verão, sem ventilador, dormia-se com a janela aberta, vendo as evoluções das sombras da chama da lamparina, na parede de barro, tocada pela brisa que descia pelo vale afora. É rapa ou raspa? Devem ser os dois, acho. E o ferro de passar roupa, cheio de brasas dentro? E a panela de torrar café? Na roça, tudo envelhece mais devagar, o tempo morre mais devagar, e na minha infância, na década de 60, o século XIX ainda estava vivo. E os nomes? Dona Pequenina, Dona Etelvina, Dona Carlota, Dona Lourdes, Dona Guilhermina, Seu Caiado, Seu Gastão, Seu Macedo, Seu Primo Batista, e os negros Medisse, Mulata, Goiaba, Batata, Abil. E as meninas brancas: Lili, Bebete, Lolóia...

quinta-feira, abril 14, 2011

Eu tinha pensado ouvir um canto lindo de passarinho. Então, olhei da janela e meu vizinho de baixo estava tristonho na escada, como quem pensasse numa forma de pagar aluguel e o passarinho engaiolado tava perto. Eu disse: - Tudo bom, Vizinho? Que passarinho bonito é esse?

- É um trinca-ferro – e eu lembrei da história do terceiro andar e fiquei puto comigo mesmo por elogiar o bichano.

Aí, o vizinho de baixo corrigiu:

- Mas não vou ficar com ele, não. Come muita fruta esse bicho e a gente tem de gastar muito.

- É, sim, passarinho tem de viver solto e aqui no morro tem muita fruta, Vizinho! – eu disse.

- Pena – ele disse e ficou triste.

E sumi dentro de casa.

quarta-feira, abril 13, 2011

Tomando chá de hortelã.

Ontem, médico pela manhã, escola à tarde e já que estava na cidade, fiz uma horinha no centro para me encontrar com Pedro e ganhei altos presentes. Quer dizer, silencioso leit@r, hoje à tarde, quando sair de casa, vou de roupa nova.

O vizinho de baixo está numa fase de muitos passarinhos.

Faz anos, cansei meus bons leit@res com os passarinhos engaiolados do terceiro andar. Tinha, especialmente, um trinca-ferro que fazia de minhas manhãs, um suplício. Rezei para que aquele pessoal se mudasse e quando eles se mudaram, engraçadamente, apareceu um trinca-ferro engaiolado no segundo andar e, depois, no primeiro. Foi uma perseguição estranha para meus ouvidos, daquela vez.

E meu vizinho de baixo, porque umas gaiolas foram-lhe roubadas por ladrão de passarinho, ficou um tempo sem gaiolas, mas agora voltou com elas e as coloca na minha escada, protegidas do sol da manhã.

E, hoje, reconheci o canto supliciante do trinca-ferro engaiolado.

Ninguém merece!

segunda-feira, abril 11, 2011

Pulei da cama mais cedo e quis comer pão. Quando abri a porta, rumo à padaria, uma mancha ofuscante de neblina sobre o vértice de nosso vale e o céu azulzinho mais pro meio, era anúncio de um dia lindo de abril. O garoto que me atendeu ficou me olhando pros caniços? Acho que, sim. Tinha uma velha falando de reencarnação e não dei bom dia, peguei meu pão e vim embora. Cachorros latindo. Pássaros cantando. Ui. Fui.

domingo, abril 10, 2011

Outro dia, estive vendo sobre os artistas que nasceram em Cachoeiro do Itapemirim e vi pela segunda vez dito, por um cachoeirense, naturalmente - ou teria sido dito por um fã de Roberto Carlos - que a cidade é a capital secreta do Brasil. Ouvi isso, pela primeira vez, ano passado e diz a lenda – é uma lenda portuguesa, com certeza – que isso fora dito na carta que Pero Vaz de Caminha mandou ao rei de além-mar nos idos de 1500. Dizem também que a lenda tenha sido cunhada pelo cronista Rubem Braga em conversa engraçada com Vinicius de Moraes e, de qualquer modo, penso que isso, agora, que chegou a minha laje, graças à internet, esteja deixando de ser segredo restrito ao pessoal das coberturas. Falar em coberturas e em lajes, isso me lembra, nos livros que eu folheava, em garoto, lá em cachoeiro, na capital secreta, mostrando fotos das casas dos artistas pobres, ficava intrigado, porque, como assim? Então, o artista pobre tinha tido uma casa? E a casa do artista pobre era essa? Hummm....e esse artista pobre aqui, europeu, com uma casa de dois andares? Hummmmm....

sábado, abril 09, 2011

Tenho estado no bairro de Botafogo com frequência, ultimamente. Imagino, que ali tenha sido como um Icaraí, que se descaracterizou bem mais cedo. Outro dia estivemos na Ilha da Conceição, para que Pedro conhecesse. Na Ilha, a descaracterização das casas, rodeadas por quintais, como chácaras, como deviam ser Botafogo e Icaraí, foi muito, muito mais radical. Me pareceu que Botafogo e Icaraí, mesmo com o crescimento demográfico, que fez tudo assim, como se fosse casulo de colméia apertado um no outro, esses bairros de zona sul, ainda guardaram algum bom senso. Se a gente ultrapassa os muros rentes à calçada, descobre lugares agradáveis que não se supõem vistos por quem passa na rua. Mas na Ilha da Conceição, sem muros que cubram a visão das casas nos altos, imediatamente, vemos o amontoado delas, como se o bairro inteiro fosse um favelão abafado de calor. É meio como, quando falo de minha comunidade, que Pedro tem chamado de meu condomínio, com vizinhos em cima, vizinhos de baixo, atrás, dos lados e na frente. Cruz credo!

sexta-feira, abril 08, 2011

Hoje, chá de hortelã.

Céu lindíssimo, com sol e sem nuvens, típico do mês de abril.

Coloquei roupa pra lavar. Foi quando vi que o cachorrinho com que sonhei pela manhã, latia na casa do vizinho. Achei que era no vizinho de baixo e olhei. Ía falar do sonho, mas acho que era no vizinho de trás, aí, não falei nada.

Descasquei uma maçã pra mim.

Em rapaz, fiz uma música em que falava de um cigarro de hortelã.

Tenho o registro dela:


Baby, baby

(luís capucho)


Vejo-lhe a mama

O corpo dele me chama

Vejo-lhe a cama

O corpo dele me quer

Isso independe do que ele sonha

Isso acontece, enquanto ele dorme

Enquanto tomo café

E fumo um cigarro de hortelã

Como uma maça uuuuuuu

Baby baby, acorde pra beijar.



Vou estender a roupa...

quinta-feira, abril 07, 2011

Tomando chá, de manhã. Tentei fazer um angu, ontem, que se transformou numa sopa de fubá muito gostosa. É que foi o meu primeiro angu. E gosto de angu molinho, por isso errei nas medidas. Me lembrei de madame, e fiquei mexendo. Quase cantei: estava na cozinha mexendo angu... Cheguei a ligar pro Pedro, que me animou a fazer, mas virou a sopa deliciosa. Para acompanhar, fiz jiló, silencioso leit@r. E feijão.

quarta-feira, abril 06, 2011

Tenho de fazer uma coisa que lembro, na hora em que lembro, porque se não interrompo o que esteja a fazer e faço a coisa de que me lembrei, a enxurrada de pensamentos vem atropelando tudo e com isso me esqueço de fazer o que queria fazer. Isso é um problema, quando converso com uma pessoa, porque fico mal educado. Tenho de ficar interrompendo a pessoa falando para poder dialogar. Outro dia não quis ser mal educado com a médica que me atendeu no P.A. e esqueci uma pergunta importante que queria fazer. Quando expliquei a ela que eu precisava ter lhe interrompido na hora em que a coisa me veio na cabeça, ela disse: - Olha, Luís, cuidado com esse negócio de ter de fazer o que lhe vem na cabeça!- e, aí, me lembrei de que o meu caminho é só o do padre passar, então, não há problema, porque não sou, assim, um tsunami, um trator. Sou comedido, ponderado, mensurável, naturalmente. E, se as conversas não fossem tão rápidas, ou se as coisas não tivessem um tempo pra serem feitas, não haveria problema em ter de fazer as coisas na hora, porque poderia fazer depois, quando ela voltasse à memória. Mas, se sou controlado, se me contenho ao caminho do padre, em que lugar ficam as coisas de que me esqueço? Fui.

terça-feira, abril 05, 2011

Alexandre mandou link de sua radinha com música minha e mais músicas de muita gente: RADINHA

segunda-feira, abril 04, 2011

Adorei essa comemoração de meu aniversário com o peixe que falou. Tem umas outras fotos lindas, mas com esse negócio de cada um estar num lugar, não consegui juntá-las. Além desse, tipo, cará – eu e meus amigos de infância chamávamos de cará, esse peixe que víamos aos montes da beira do rio - tinha outros nomes de bichos que, depois, fui ver que não era, por exemplo: pereá, largatixa... e sobre meu aniversário, as fotos dizem, como foi legal. Tem até minhas carinhas ao fundo, armação do Pedro. Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

domingo, abril 03, 2011

Meu Níver!









Esse é o peixe que cantou parabéns conosco e falou com a gente no meu níver:





sexta-feira, abril 01, 2011

Talvez, o motivo de as mulheres, de um modo geral, gostarem mais de falar, além da inteligência, se deva à facilidade. Imagino que o esforço físico exigido para que os homens falem, dificulte-os ficar falando. Alguém conhece um baixo profundo que goste de ficar jogando conversa fora?