Comecei a ensaiar com uma banda de garotos e estamos vendo um lugar para o nosso primeiro show. Nunca toquei com uma banda antes. A formação mais comum pra mim, ultimamente, foi voz, violão, teclado e guitarra.
E muito antigamente, atacávamos eu na voz e violão e Naldo Miranda que me ajudava nos vocais, além de tocar o outro violão, com floreios e solos que sobrevoavam a cama que meu violão fazia.
Estava dizendo, hoje, pela manhã, para o Edil, na fila do médico em que estivemos, olhando para o programa de calouros chamado Ídolos, na televisão ligada no corredor:
- É muito difícil para um artista ter noção do significado de seu trabalho, a não ser, pela reação dos outros, daí, aqueles artistas estarem se sujeitando a uma banca de jurados do programa e aos telespectadores.
E, aí, o Edil me perguntou:
- Você já teve vontade de tocar na televisão, no Ídolos.
Eu disse:
- Não, sou tímido.
E ele disse:
- Isso é mico puro, Luís.
Mas voltando, o Edil ficou surpreso com o fato de eu não ter noção do sentido de minhas músicas e dos meus livros a não ser pela reação dos outros e perguntou:
- E se as pessoas não gostarem?
Aí, e eu disse:
- Estarei fodido! – e, depois, fiquei pensando comigo mesmo que Edil pudesse ter pensado que conduzi o papo, assim, nessa direção, para que ele tivesse de me dizer sobre minhas músicas. E logo nosso assunto tomou outro rumo, porque uma mulher que estava sentada na fila, um pouco atrás, puxou assunto conosco. Ela disse que participava de um grupo vocal e ficou falando disso.
Fui.
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