quarta-feira, maio 25, 2011

A consulta, ontem, não foi de todo má.

Quando abri a porta do consultório e olhei para a médica sentada atrás do computer dela, recebi sua piscadela. Ela estava acompanhada de dois jovens médicos residentes e foram eles, direcionados por ela, quem praticamente me examinaram. E a doutora, para mostrar serviço aos novos médicos, ou para que eles vivenciassem a experiência, fez pela enésima vez comigo uma anamnese e, aí, bom leit@r, respondi àquelas perguntas todas outra vez: quando começou a minha doença, como foi e tal e tal.

E me perguntaram se sempre fui homossexual.

Achei estranha a pergunta, por pensar que não exista alguém que, como Orlando tenha acordado um dia mulher, acorde, por sua vez, depois da dança das três graças, um dia, homossexual. Aí, os médicos começaram uma justificativa da pergunta e isso virou um papo na consulta.

Depois da longa entrevista, começaram a me olhar através dos últimos exames e os novos médicos deram uma balançada no velho e cansado estilo de consulta da doutora e, isso, achei legal.

Médicos são tradicionalmente arrogantes.

Por exemplo, não perguntam se o paciente deseja ser atendido por médicos a quem não conheçam. Quando o paciente entra no consultório os médicos residentes estão lá e pronto, te atendem à revelia de você.

De todo modo, foi bom...

Outra coisa: acreditam mais naquelas folhas de exames do que falam os pacientes.

Eu disse que minha dieta alimentar não é ruim, não como muito veneno.

Ela disse:

- Mas tá aqui, ó, seu colesterol e seu ácido úrico estão muito altos! - que coisa!

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