quinta-feira, junho 30, 2011

Nosso vale passou o dia inteiro de hoje com homens pendurados nos postes de luz a fazer a manutenção da rede elétrica, daí, bom leit@r, não pude vir ao blog pela manhã.

Bob passou o dia todo ganindo em seu apartamento. A primeira vez que aconteceu isso, telefonei muito preocupado para minha Vizinha de Janela.

Mas, aí, ela explicou que tinha uma cadela no cio pela área.

E, hoje, ela me ligou logo cedo avisando:

- Ó, tem cachorra na área, Luís. Bob vai gritar!

É isso.

quarta-feira, junho 29, 2011

Palavras & Tons: Máquina de Escrever

Palavras & Tons: Máquina de Escrever: "(Luís Capucho / Mathilda Kóvak) - com Patrícia Amaral Meu coração é uma máquina de escrever As paixões passam As canções ficam Os poe..."
O João me pediu a cifra do Peixe e fiz.
O silencioso leit@r que quiser tocar, ta aí:

terça-feira, junho 28, 2011

Show de Harpa com Cristina Braga

No sábado, quando estava no Pedro, Ruth me telefonou e colocou o som da praia de Copacabana pra eu ouvir. Era Cristina Braga, no projeto Música na Orla, do CCBB, que naquele momento tocava minha música “Peixe” e foi muito emocionante. Depois, o João Oliveira mandou um e-mail dizendo de sua emoção e me pedindo a cifra pra que ele possa no violão, segundo ele, matar sua mulher...rs.

E ele filmou, silencioso leit@r, veja:

segunda-feira, junho 27, 2011

Máquina de Escrever

O amigo de Salvador, Lima Trindade, do Verbo 21 (http://www.verbo21.com.br/v5/), estará no Rio nessa quarta-feira para o lançamento da coletânea de contos Geração Zero zero, de escritores brasileiros do ano 2000.

Vai ser na Travessa de Ipanema, silencioso leit@r: http://www.facebook.com/event.php?eid=218839278147505 e vale apena conferir!

Ontem, estivemos na exposição de trabalhos da Laurie Anderson e o que mais curti foi ter entrado numa sala escura, onde um mini-holograma dela, sentada numa cadeira de espaldar alto, contava sobre suas visitas psiquiátricas. Ela contava repetidas vezes que o ponto de vista de sua psiquiatra a ver as marcas de lábios no espelho do consultório era diferente do seu. E que esse foi o motivo de ela não precisar mais de suas consultas.

Depois, quando de volta à casa de Pedro, ele terminou de editar o Máquina de Escrever, colocou no Youtube.

Veja:

sábado, junho 25, 2011

Auréola

Ontem estive de mosca - papagaio de pirata - nos ombros de Pedro, enquanto ele editava, forçadamente comigo, o vídeo de Auréola, uma de minhas parcerias com Mathilda Kóvak. Estamos tocando eu e Paulo Baiano no show do Solar de Botafogo, dia 8 desse mês.

Veja, bom leit@r:

sexta-feira, junho 24, 2011

Roberta Flack - Killing Me Softly With His Song

Outro dia, estava no Pedro, e ele que mantém tudo ligado e por conta de meus coments, ao menos, deixa tudo baixinho e eu estava lá e vi que tinha uma mulher cantando na televisão com os olhos fechados o tempo inteiro e achei tão profundo e tão bonito, a mulher absolutamente dentro de si, cantando, que pedi ao Pedro que pusesse o som.

Aí, silencioso leit@r, era uma música que eu ouvia embevecido, assim, como se embevecia de música a mulher cantando, quando eu tinha 11 anos, em 73, estudando no Polivalente, em Cachoeiro do Itapemirim.

Naquela idade e naquela época, não imaginava que uma pessoa humana cantasse a música lindíssima, quer dizer, demorei demais pra perceber certas coisas do mundo, eu era um pré-adolescente, bom leit@r e as músicas eram belezas pra mim, assim, independentes da humanidade, como são as árvores lindas, o céu lindo o mar lindo, os pássaros e peixes lindos.

Olhaí, achei no youtube a cantora mais velha e dominada, em 1988, conseguindo cantar de olhos abertos:

quinta-feira, junho 23, 2011

Tinha pensado em parar, definitivamente, com os potes de café, de manhã, quando acordo, mas, aí, comprei mais café, quer dizer, não vou parar...

quarta-feira, junho 22, 2011

Dia sem sol e o mercadinho em frente de casa voltou a fazer barulho.

Quando reabriu, era silêncio, mas já familiarizado na rua, tem os barulhos. Ontem, tinha de ter ido ao médico, mas esqueci. É a primeira vez que, em mais de dez anos, esqueço uma consulta.

Tradicionalmente, os médicos ganharam uma empáfia que é contraditória com a profissão que escolheram e, aí, não gosto. No último, médicos são bons, mas a casca social em que alguns deles entram, é nojenta. E há médicos que são só superfície, silenciosos leit@res, são apenas cascas, quer dizer, cascas-grossas, aí, fica foda.

Eu estava vendo no facebook, alguém comentando uma foto de um luminar da MPB, dizendo:

- Esse cara é Deus!

Então, essa é a mesma casca que vai sendo jogada na cara dos médicos e eles tomam ela pra si. São profissões que lidam com coisas que estão no último, se liga, que é uma fantasia maluca.

Fui.

terça-feira, junho 21, 2011

Quando fiz sinal de corpo pra moça que estava no banco do ônibus insinuando que eu queria me sentar na parte vaga da poltrona, ela tirou os fones do ouvido e perguntou se eu queria, de verdade, me sentar ali – é que tava um pouco molhado.

Eu disse:

- Está só molhado o lugar?

- Sim.

- Então, vou me sentar – e entrei entre suas pernas e o encosto da poltrona da frente e me sentei, no molhado. Ela recolocou os fones de ouvido e abstraiu. De minha parte, comecei meus devaneios em ônibus, sonhando com as casas que eu via na beira das avenidas e onde seria gostoso morar. De meu lugar, via as casas pegando o sol da tarde, iluminadas no último e, aí, pensei que seria bom morar ali apenas no inverno. E me lembrei de um tipo de tortura sobre a qual ouvia falar, quando entrei na escola, em 1969: colocavam uma goteira de água gelada sobre a cabeça do prisioneiro. Me lembrei disso, porque só então vi que o ar condicionado do ônibus, defeituosamente, pingava no lugar que eu tava sentado, pingando agora suas gotas geladas na minha cabeça. E comecei a imaginar, como conseguiriam isso, quer dizer, o prisioneiro deveria estar amarrado, embaixo das gotas?

- Ta amarrado! – uma voz falou dentro de mim. E era a Xuxa na cozinha inventando alguma estória sobre seu último namorado, que todo mundo sabia que não existia. E, nisso, a moça se ajeitou ao meu lado, encostou-se toda em mim e reparei que ela era enorme e tinha cabelos enormes, duros, cheios, e olhei e vi que tinha uma outra moça em pé no corredor do ônibus com os mesmos cabelos duros, cheios, esticados, pintados, e que segurando nas alças de duas cabeças de poltronas à frente dela, relaxava o pescoço, rodando sua cabeça em torno do tronco, como se fosse uma minhoca cabeluda.

E um cara de voz máscula atendeu o celular na poltrona de trás e começou a negociar e eu achei que ele estivesse mentindo, porque acho que todos mentem no celular.

E a moça que ouvia rádio no seu celular a meu lado se levantou para saltar e um cara muito grande se sentou a meu lado e fiquei vergonhosamente reparando o tamanho de suas pernas ao lado das minhas e quando ele levantou pra sair sentou-se outra mulher enorme a meu lado e fiquei me sentindo muito pequeno outra vez... e eu, ali, sob a goteira.

Ta amarrado!

Fui!

segunda-feira, junho 20, 2011

Everybody´s talkin´-Nilsson-1969-tradução e legendas felipe jacy.avi

Ontem, estivemos, eu e Pedro, assistindo ao filme que Valfredo me deu: Perdidos na noite. É a história de um rapaz alucinado que vive no oeste americano e que decide ir pra Nova York ganhar dinheiro com as mulheres.

Então, Pedro ficou muito feliz logo no início, porque viu que era fã da música tema do Perdidos na Noite.

E também que era fã da filha do ator que faz o cowboy: Angelina Jolie.

E o jeito do cowboy de bom coração era incrível, podia ser um brasileiro, e fiquei feliz também, por ver alguém tão vivo.

Veja a música, bom leit@r:


domingo, junho 19, 2011

Fonemas - Luís Capucho

Editamos Fonemas (luís capucho/marcos sacramento) que cantei no show do Solar de Botafogo e jogamos no youtube.

Estou tocando com a banda “Experiências de Lucy”: Danilo Salim, Huan Cardoso, Pedro Tambellini, Pedro Richaid e Ricardo Richaid!

Tínhamos umas fotos deles nos ensaios feitas pelo Jorge Ferreira, então, Pedro colocou-as cheia de efeitos sobre as imagens que Carola fez na hora do show e ficou, a meu ver, muito bonito, pra quem nos assistiu, rever.

E pra quem não conseguiu ir até lá, ver e ouvir como foi tocar com os rapazes da “Experiência...”.

Olha, aí:

sábado, junho 18, 2011

Outro dia lindo de sol de inverno, em Nikity.

O meu bom e silencioso leit@r poderá ver como sou um cara constante, como tenho a constância e permanência dos passarinhos, sobre a qual meu amigo reclamava no Mineiro, se reparar ali à direita, na descrição do início do Blog Azul, que ano que vem esse blog que já foi rosa e hoje é Blog Azul completará dez anos! Dez anos de atualização diária com pequenos intervalos por motivo de força maior e, veja, não se trata de um vício, mas de como um tapa na pantera que venho dar aqui, desde que me surgiu a oportunidade de ser um incluído digital.

Estou me lembrando de antes, eu ter tido uma conversa pelo telefone com Mathilda Kóvak que dizia:

- Luís, você precisa substituir os remédios por um computador. Vou te dar um, é a cura! – e eu disse, não, Mathilda, quero os remédios! E, na mesma época, noutro dia, ao encontrar Suely que andava na rua, ela disse:

- Luís, você tem que ter um computador, é a sua cara!

Vejam que Suely e Mathilda definiram pra mim o computer com diferença apenas de uma letra CARA e CURA o que demonstra, por pouco, nossa quase absoluta afinação de dez anos atrás, mas como disse há dois posts antes, sobre a, digamos, cooperativa do samba, a fila anda e ela andou, silencioso leit@r.

É o que eu tinha falado no Mineiro, que o que meu amigo reclamava como falta de permanência das coisas, ao modo das revoadas de passarinhos na árvore na calçada de sua casa, eu chamava de fluxo, de curso natural do tempo e citei Heráclito que milenarmente disse aquele aforismo de não se colocar os pés no mesmo riacho duas vezes e tudo, mas meus amigos, Edu Lontra, quando eu disse que o que eles viam como permanência, eu via como decadência, me deram por vencido e mudaram de assunto.

Quer dizer, aí, eu permaneço falando sozinho aqui, que é o que eu gosto de fazer.

Que coisa!

Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

sexta-feira, junho 17, 2011

"Velha" Composição de Luís Capucho

Está empolgante o dia muito bonito de céu azul sem nuvens e sol branco de inverno. Mamãe gostava de, sentada no sofá da sala, se aquecer nesse sol, porque nessa época do ano, ele não fica a pino e um pouco inclinado sobre a casa, entra pela janela. Um dia em que ela esteve refestelada ali, com sua fisionomia de velha camponesa triste, comecei a tirar fotos.

Depois, Pedro juntou tudo no movie maker e editou. Colocamos no youtube e ela adorava se assistir, dizia orgulhosa que, agora, estava passando na internet e gostava de se assistir. Sentávamos em frente ao computer pra ela se ver e acho que a música antiga que fiz pra ela a fazia chorar e ficava chorando com gosto.

Depois que ela faleceu nunca mais vi seu vídeo.

Hoje decidi assistir e, silencioso leit@r, dessa vez, fui eu quem chorei com gosto. Mamãe era linda demais!...e eu cheio de remorsos.

Vejam:

quinta-feira, junho 16, 2011

Fiz um samba de branco.

Já entrevi em alguma conversa sobre samba, estilo que na música é cheio de tradição, que essa música tem exigência de pureza, de conservação, certo cuidado de construção e tudo, mas alheio ao entrevisto, não quis nem saber e fiz um samba sem pretensão de fazer jus ao tradicional, de fazer jus à permanência, porque com todo o respeito ao pessoal dessa, digamos, cooperativa, como se diz, a fila anda, silencioso leit@r.

E, depois, como já dizia meu primo Bastião, sobre sua preferência amorosa por mulheres negras, arroz se come com feijão e eu digo que café com leite é gostoso e que pureza não é sinônimo de perfeição e, com modéstia, nem meu samba.

E estava conversando com um amigo que desde que éramos adolescentes é um adorador da vida dos pássaros – na adolescência ele idolatrava os passarinhos, porque passarinhos não trabalham – e ele dizia outro dia, já com os cabelos grisalhos e engordado pelo passar dos anos, que gerações inteiras de passarinhos têm pousado na árvore em frente à sua casa no mesmo horário desde que existe a árvore e que saem em revoada, do mesmo modo, no mesmo horário, desde que ela existe.

Tentei objetar a respeito desse tipo de permanência dizendo que os passarinhos individualmente morrem e tal, mas fui voto vencido pelo restante de amigos, afinal, as gerações de passarinhos se repetem na árvore e nos horários, a despeito de suas mortes individuais e são permanentes.

Estou dizendo isso, porque me lembrei de outro amigo que disse que Sinhô disse que samba é igual passarinho, quer dizer:

- É de quem pega primeiro.

A letra de meu samba:

Cérebro independente

(luís capucho)

Sorte a minha que nasci

E que um dia vou morrer... la la la la la...

E vou fazer um samba pra você, samba

Um samba pra você, samba com a gente

Um samba pra você, samba contente

Samba pra você, sinceramente, sinceramente

Que não gosta de samba

Porque samba deixa o corpo livre

Samba é música de libertação

Samba junta o corpo no cérebro demais

E seu cérebro é independente

Seu cérebro é independente

Seu cérebro é independente

Cérebro é independente

Cérebro é independente

Que não gosta de samba

Porque samba deixa o corpo livre

Samba é música de libertação

Samba junta o corpo no cérebro demais

E seu cérebro é independente

Seu cérebro é independente

Seu cérebro é independente

Cérebro é independente

Cérebro é independente

Independente, independente, independente...

quarta-feira, junho 15, 2011

Tinha parado com o café pela manhã, mas voltei, por enquanto, porque café é muito delicioso. Pedro me enviou o audio do show do Solar de Botafogo. No final de semana iremos tentar juntá-lo às imagens que Carola fez.

Ele me mandou em partes e o início do show, em que começo apenas voz e violão, achei ruim. Preciso melhorar isso. Depois, quando os músicos vão entrando, vai ficando melhor. Isso porque ouvir-nos é sempre estranho ou, de verdade, está mesmo ruim. Ou ainda, bom leit@r, é uma gravação meio rock and roll, assim, sem uma equalização ideal dos instrumentos. Não sei se será possível com o arquivo que Pedro trouxe do Solar, fazer essa equalização ou se ele já trouxe todo formatado, unido e, aí, não se poderá modificar o já finalizado.

Entretanto, como em matéria de música tudo é subjetivo e questão de gosto, sei lá!

E, depois, minhas caixinhas tão uma merda e se ouvir é foda.

Vontade de parar!

terça-feira, junho 14, 2011

Fui nadar.

De manhã, não havia energia e não vim escrever no blog.

O post de hoje está animado por uma cantora de quem Valfredo me deu uma cópia de CD sem nenhuma indicação de nome, nada. A primeira música é exatamente como uma Amy Winehouse, quer dizer, silencioso leit@r, é muito bom, mas, sinceramente, ainda não descobri um modo de gostar de ouvir música em casa, sozinho, assim, entrar no enlevo dela e me deixar sair por suas paisagens e tudo.

Gosto de ouvir as músicas que chegam até aqui, vindas da vizinhança, ao acaso, como são ao acaso os bafos de brisa e, quando abri meu media player pra abaixar um pouco o som, vi que tem o nome da cantora da qual falo e ouço: Adele.

Isso que acabo de dizer sobre não ter descoberto o modo de ouvir música em casa, não é uma verdade, silencioso leit@r, porque Adele acaba de me pegar com seu blue e, ontem, fiquei ouvindo Joni micthel aqui no computer, absolutamente, embevecido.

É isso.

segunda-feira, junho 13, 2011

Outro dia, entreguei minha monografia pra professora. No início, tinha pensado em fazer uma monografia a respeito do caráter fálico, masculino das palavras, porque elas, apesar de, na aparência, serem como é uma nebulosa mole, são um astro único, um sol, e penetram a gente duras e cortantes.

Mas à medida que me deixei devanear a esse respeito, o rumo do pensamento foi se modificando de tal modo que não consegui manter-me em nenhuma de suas qualidades específicas e minha monografia, embora tenha se mantido firmemente em torno a elas, e embora seja feita apenas das palavras mesmas, (aparentemente, uma nebulosa mole, mas, na verdade, dura e cortante, como um sol) não ficou masculina o suficiente.

Ficou esparsa e leve, como a capina de uma de minhas amigas, quando me ajudava no quintal, Rachel, uma nebulosa mole.

Quer dizer, silencioso leit@r, se me perguntam sobre o que é minha monografia, fico, de imediato, sem saber o que dizer.

Fico igual àquele dia em que Dona Vanda, quando fiz vestibular para Letras - português-literatura brasileira – perguntou:

- O que é literatura, Luís?

Daí, que minha monografia, ficou uma reflexão, quase generalizada a respeito das palavras, com base nos autores que escolhi para ler e que me deram impulso: Vilém Flusser e Wittgenstein.

E não acho que tenha ficado dura e cortante.

Que coisa!

domingo, junho 12, 2011

Fiquei grilado com Anita, ontem, quando acordei e fui até sua caixinha saber como ela estava e tinha se enfurnado numa das quinas da caixinha e estava como morta. Tirei-a de lá e coloquei-a pertinho do pote de comida. Ela mexia fracamente as perninhas e pescoço, mas não abria os olhos, então, achei que ela estivesse doente. Depois de um tempo, pensei que jabutis são assim mesmo e relaxei.

Então, fatiei um gomo de tangerina fresco e coloquei junto a ela. E nada...

Que coisa!

sábado, junho 11, 2011

Adoro dormir cedo e acordar mais cedo.

Fiquei com Anita, a jabutizinha de Pedro, enquanto ele visita sua família em São Paulo. Fui buscá-la em sua casa. Quando cheguei, ela comia uma uva partida na sua caixinha, que Pedro forrou como se forrasse um berço. É certo que Anita é uma bebê Jabuti, mas Pedro, acho, diante de sua boniteza, se esquece de que Anita é um bicho selvagem e, talvez, curtisse mais uma caixinha cheia de pedrinhas, terra e gravetos.

Durante o tempo em que ela estiver comigo, manterei a caminha que Pedro fez, em respeito a sua ternura com o bichinho, mas, ao menos, uma pedrinha vou jogar na caixinha, afinal, Anita há de gostar.

Pedro está incomodado com a lentidão de Anita e com o fato de ela não ser receptiva a seus chamegos.

Ele disse:

- Queria que ela me reconhecesse, mas ela parece uma pedrinha, absolutamente, alheia à minha existência. Eu falo com ela, cutuco, dou água, comida, faço carinho e nada...

sexta-feira, junho 10, 2011

Agora tudo é calma aqui na minha comunidade, que é o meu condomínio.

A meu pedido, Pedro baixou umas músicas de JoniMicthel e me mandou pra eu ouvir, porque eu adoro, como Glauco Lourenço.

Na casa de Mãe Preta havia aranhas coloridas morando dentro de casa, com suas teias entre a beira da parede e das telhas. Sonhei que o Tim, mandou fazer um teto, uma laje e a casa perdeu as aranhas e a visão das telhas. No sonho, tive a felicidade de rever o córrego abaixo da janela da cozinha com as piabas prateadas.

Mas me chateou a ignorância de Tim com as aranhas.

A banda de garotos, que são homens, funcionou super bem comigo no show. Conheci suas lindas namoradas e seus pais. Muitos amigos não puderam ir, mas me deixou feliz, que muitos foram e curtiram. Conheci pessoas virtuais que assistiram e gostaram muito.

Pedro se imbuiu completamente do cenário que ficou lindo.

Ele disse:

- Para o próximo, vou aprimorar...

Dormimos na casa de Sacramento e, no café da manhã, ele tentou falar de política comigo, mas, aí, silencioso leit@r, não tenho interesse.

Tinha pensado, que com a presidenta Dilma, uma mulher no poder, fosse achar mais interessante a política ao ponto de entender melhor os trâmites dela. Mas nada...

quarta-feira, junho 08, 2011

Luís Capucho :: Música :: Guia Rio Show :: O Globo

Depois que passei as músicas com Baiano, cujo estúdio fica no prédio do Odeon, na Cinelândia, desci e me sentei num banco em frente ao cinema para esperar pelo Pedro. Enquanto esperava e comia um sanduíche, uma mulher gordinha, agasalhada, com uma bolsa a tiracolo enorme, gorda como ela, sentou-se a meu lado e comia, numa sacolinha de plástico, aquelas pipocas doce, tipo isopor, flocos grandes de isopor, silencioso leit@r, a meu lado. Eu não gosto, pensei.

Estávamos os dois apreciando as pessoas passando, que é um troço muito divertido, assistir as pessoas andando na rua, como se a gente não existisse, sentados ali, à margem, no banco da praça.

Então,veio um rapaz na direção desse mulher a meu lado e por meios de sinais fez-se entender que era mudo e queria pipoca. A mulher, então, feliz, deu três punhados de pipoca pra ele, que se foi.

Quer dizer, bom leit@r, foi um lance muito rápido.

Hoje tem show!!!!!!!!


Luís Capucho :: Música :: Guia Rio Show :: O Globo

terça-feira, junho 07, 2011

Ontem à noite, ensaio muito bom com a banda.

Hoje, ensaiarei com Paulo Baiano, que fará uma participação comigo.

Estivemos no Solar, antes do ensaio, porque Pedro queria saber alguns detalhes do palco e aproveitamos para pedir que trocassem o LUIZ CAPUCHO escrito na parede por LUÍS CAPUCHO.

Todo mundo confunde.

Eu disse:

- Não é por nada. É que tem a numerologia...

- Então, vou pedir que troquem imediatamente – disse a moça da bilheteria e chamou um rapaz que trouxe uma escada e trocou o Z pelo S. Saímos de lá e eu me sentia numerologicamente mais leve...

segunda-feira, junho 06, 2011

Último ensaio com os meninos da banda, hoje.

Pela manhã, Ruth telefonou dizendo que saiu uma chamada na coluna do Anselmo Gois, n’O Globo de papel.

Recebi do Rodrigo Garcia, um violonista que tocava com Cassia Eller, na época em que ela gravou minha música “Maluca”, uma gravação caseira dessa música com Cassia cantando somente voz e violão.

Eis nossa conversa no Facebook:

Rodrigo: ME DÁ TEU EMAIL

Eu: pow, que lindo! Vc vai me mandar?

lcapucho@bol.com.br

Rodrigo: É UM TESOURO

PERA 5 MIN ?

TO PREPARANDO AQUI P TE MANDAR

Eu: sim

Rodrigo: JÁ TA INDO

Eu: obrigado, Rodrigo.

Rodrigo: É UM TESOURO, ELA SOZINHA NO VIOLÃO.

Eu: tou ouvindo..muito lindo!

Rodrigo: POIS ESSA GRAVAÇÃO NÂO É DA UNIVERSAL, É CASEIRA

CHEGUEI NA CASA DA CASSIA

ELA TAVA NA COZINHA

E ME MOSTROU A LETRA DA MALUCA NA MESA
NA COZINHA
ANTES DE TOCAR
ELA TAVA LOUCA PELA LETRA
EU ACHEI TODA NOVA, DOIDA, E INTERESSANTÍSSIMA

ANTES DE TOCARMOS

DAÍ ELA ME PEDIU PRA TIRAR JUNTO COM ELA

E PRA ACHAR O ACORDE DO BOTÃO DE “ROSA” !!!???

Eu: he he he!

Rodrigo: UMA JORNADA ÓTIMA

O NANDO REIS DISSE:

DIZ ROSA MAS O ACORDE É ROXO!!!!

Eu: he he!

Rodrigo: NÃO SABIA DESSAS ESTÓRIAS NÉ?

Eu: não, não...

Rodrigo: A CASSIA DIZ NUM VÍDEO Q É A QUE ELA MAIS GOSTA NO CD, SABIA, NÉ?

domingo, junho 05, 2011

Barulhos de domingo em minha comunidade.

Quando abri a janela, minha Vizinha da Frente, estendia roupas embaixo do amianto que cobre a porta de sua casinha. Falei com ela sobre a queda de energia, quando cheguei em casa na noite de ontem e sumi dentro de casa.

Minha Vizinha de Baixo saiu à porta e começou a falar com minha Vizinha da Frente. De repente as duas estavam concordando sobre a viadagem do Scoob.

Uma disse:

- Ele é viado, mas mija de perna levantada pra parede, igual homem.

E a outra:

- Mas ele é viado porque não tem nenhuma companheira.

E, aí, silencioso leit@r, entraram de volta pra suas casas.

Está frio.

sábado, junho 04, 2011

Para votar e compartilhar o Overmundo do show: aqui.
Ganhei verbete no dicionário Cravo Albim de Música Popular Brasileira: aqui.
O Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira é um site sem fins lucrativos do Instituto Cultural Cravo Albin. O objetivo é reunir informação sobre artistas e grupos de Música Popular Brasileira (MPB). Em 2006 fora lançada uma versão física do dicionário pela Editora Paracatu, agora denominado “Dicionário Houaiss Ilustrado — Música Popular Brasileira”. Contém ao todo informações sobre 5.322 autores, intérpretes, grupos, agremiações, blocos e estilos musicais brasileiros, além da discografia de 1.953 músicos e grupos musicais.

sexta-feira, junho 03, 2011

Misture arte lírica, selvagem, cruel e sincera. Junte esses ingredientes em um caldeirão sonoro e o resultado são dois álbuns recheados de personagens sombrios, amores difíceis e malditos. Essa foi a receita do músico Luís Capucho para compôr os álbuns “Lua Singela” de 2003 e a novidade “Cinema Iris” (que deve chegar ao mercado no segundo semestre de 2011).

As músicas e textos do cara já foram gravadas e interpretadas por Mathilda Kóvak, Pedro Luís, Patrícia Amaral, Cássia Eller, Daúde, Clara Sandroni e Wado.

Você pode conferir de perto tanta inspiração. Luís Capucho se apresenta no Solar Botafogo, dia 8 de junho, às 21h30. Ele sobe ao palco com um time de primeira, além da companhia de Paulo Baiano, produtor de seus dois álbuns.

quinta-feira, junho 02, 2011

A grande harpista e cantora Cristina Braga ta fazendo uma promoção para esses dias que antecedem o dia dos namorados. E, silencioso leit@r, ela disponibilizou para download minha música "Peixe" que ela interpreta em seu novo álbum, "Feito um Peixe".

Olha, aí: http://www.cristinabraga.com/site/musicas/

Promoção oi FM, AQUI

quarta-feira, junho 01, 2011

Há uma confusão de visitas hoje, na casa dos Vizinhos de Baixo.

Com o frio, tenho mantido o costume da casa fechada e, por isso, através dos barulhos que vêm de lá e que chegam abafados aqui, não consigo entender o que está acontecendo.

Ligaram o rádio!

Parecem estar em torno a uma criancinha que solta gritos incompreensíveis. É um troço alegre, silencioso leit@r.

Vou fazer minha comida...(e me lembrei de um amigo de adolescência que, naquela época, chegou na minha casa muito angustiado e desabafou:

- Não consigo mais acompanhar os acontecimentos das coisas. Não consigo saber o que esteja acontecendo, Luís! – e isso, ele disse dramaticamente angustiado, quer dizer, ele tinha de começar a entender os acontecimentos a partir daquela hora e não podia mais ficar vendo a vida passar sem entender. Era uma angústia adolescente a dele e jamais tive esse tipo de ansiedade em toda minha vida. Nunca me angustiou minha alienação e meu amigo foi me situando melhor. Disse que não sabia mais sobre o que as pessoas estavam falando e não conseguia mais supor o que fariam e ele tinha que ficar mais ligado e que ele seria a partir dali uma pessoa diferente, mais integrada socialmente e tal e tal).

Vou fazer comida...