O livro do Jack London, de ontem, é muito lindo. Fiquei apaixonado por Buck, um cão que é sequestrado para trabalhar nas minas de ouro no Canadá. Isso no século XIX. Escolhi um trecho de que gostei muito para mostrar ao silencioso leit@r. É o momento em que Buck disputa um coelho com outro dos cachorros que trabalham com ele, o Spitz:
“Há um êxtase que marca o apogeu da vida; além desse ponto, a vida não pode mais avançar. E é esse o paradoxo da vida, esse êxtase que chega quando se está mais vivo do que nunca, e chega como um completo esquecimento de que se está vivo. Esse êxtase, esse esquecimento da existência, chega ao artista, quando incapaz de se expressar diante de uma página que arde como fogo; chega ao soldado, enlouquecido pela guerra, num campo arrasado, recusando a mercê do inimigo; e chegava a Buck, conduzindo a matilha, repetindo o antigo uivo dos lobos, dando tudo de si atrás do alimento vivo que fugia com toda rapidez a sua frente, em meio ao luar.”
Hoje, é isso.
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