Em minha leitura do livro de Henry Miller, Nexus, há uma
passagem bonita em que, sobre o processo de criação literária, o narrador diz
as coisas irem aparecendo em sua frente e cabe-lhe apenas registrar o fluxo de
coisas que lhe aparecem. E no livro do Zé Rodrix que estou lendo, Diário de um
construtor do templo, há uma passagem parecida, onde diante da pedaço de pedra
Johaben vê no seu interior aquilo que seu trabalho irá fazer dela. Em ambos os
casos, o trabalho do artista é o de chegar ao que ele vê de antemão, quer
dizer, silencioso leit@r, é o que dizem, os artistas são visionários, e
trabalhem ou não, penso que eles continuarão vendo coisas. Daí, que se pode ser
artista apenas em devaneio, um artista sem registro de nada e chegar a ser um
artista nesse ponto é uma grande coisa, um grande ponto.
Fui.
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