É bastante pretensioso que eu comece a pensar a partir dos que, vindos também de Cachoeiro do Itapemirim, se tornaram grandes nomes da música brasileira, como Roberto Carlos e Sergio Sampaio e, menos ainda, porque fiz alguns livros, me atreveria a pensar em Rubem Braga, porque, afinal, sou um pobre homem que tenho prontos alguns livros e músicas para um público muito, muito pequeno. E que, comparado ao público desses grandes artistas da cultura brasileira, vindos da cidade em que nasci, o silencioso leit@r sabe, sou ninguém.
Mas estou partindo de uma pergunta que, de Minas, o Miguel Anunciação me fez, sobre o comentário do João, de que eu pudesse ser, de alguma forma, assim, uma espécie de evolução desses artistas já consagrados de minha cidade.
O meu silencioso leit@r sabe que a gente cria nossa auto-imagem também a partir do que escolhemos daquilo que os outros tenham dito sobre nós. Bem, comigo é assim. Sou um cara altamente influenciável, embora, assim como mamãe, e apesar disso, eu pense que eu não seja uma tábua no mar.
A primeira pessoa que me chamou a atenção para a possibilidade de haver alguma tradição nisso, foi o compositor Sergio Natureza.
Naquela época, ele produzia um disco e show no teatro Rival do Rio de Janeiro, em que vários artistas interpretavam Sergio Sampaio. Então, ele creditou minha presença no show e disco e me disse isso, nas outras palavras dele, que eu fazia parte dessa mesma linha devolutiva.
Conscientemente, não consigo imaginar diálogo algum entre mim e meus conterrâneos.
Estou mais para o que Suely diz no início dessa música, Romena, gravada pelo Roberto Maxwel,em Santa Teresa, na casa do Baiano, para um documentário abortado que ele queria fazer sobre mim.
Vejam:
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