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Considerações sobre ‘Lua Singela’, o primeiro disco de Luís Capucho
Publicado em 16/02/2014 por Camila Claro
Na
estrada desde o começo dos anos 90, o capixaba Luís Capucho – nascido
em Cachoeiro de Itapemirim (ES) e criado em Niterói(RJ) –é cantor,
compositor, poeta, tendo lançado somente em 2003 o seu primeiro disco,
“Lua Singela”, produzido por Paulo Baiano e assinado pela gravadora e
produtora Astronauta Discos, que trabalha em parceria com a Warner.Para alguns, Capucho é conhecido como “maldito”, e talvez isso se dê pelo formato de suas criações. Luís é um artista muito simples. Singelo como a lua de seu CD – que traz em sua capa uma ilustração de Carlos Latuff – o compositor carrega nos personagens de suas canções muita força em suas letras. A certeza que nos passa é de que este “maldito” sabe, e muito bem, como se expressar.
Por trás das histórias cantadas pelo seu tom de voz um tanto quanto rouco, nota-se que o blues e o jazz compõem suas melodias. O peso desse conjunto, às vezes, chega a soar melancólico, como no caso da faixa que dá o nome ao disco, “Lua Singela”. Mas na sequência vem a canção “Fonemas” e o ar de melancolia acaba se esvaindo com o sax alto de Bia Clemente.
Dentre as doze canções do álbum, duas são muito interessantes: “Bengalinha”, que é bem divertida, e a outra que de longe o blues mais se destaca, “Sucesso com Sexo”, na qual a guitarra de Lucinha Turnbull logo no início se apresenta rasgando suavemente as letras marcantes do “maldito”.
Para encerrar o disco, Luís e Mathilda Kóvak dividem a romântica (e melancólica) letra da faixa “Máquina de Escrever”, que também foi gravada pelo cantor Pedro Luís e A Parede, em 1996. E assim, mesclando o tom da melancolia, ora divertida, ora dolorosa, Luís Capucho e sua lua singela embalam a trilha sonora daquelas que não vale a qualquer um.
Jornalismo, espiritualidade,
ambientalismo, manguebeat e rock: esses são os assuntos preferidos de
Camila Claro, uma estudante de Comunicação empolgada para desbravar o
mundo da música.
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