terça-feira, abril 07, 2015

Chovendo em Nikity.
Ontem, o Rafael fez uns exercícios de memória comigo, na casa de Pedro. Ele disse que eram exercícios que o pessoal do teatro faz. Foi a primeira coisa que gravamos para o filme Peixe. Então, eu falei sobre as coisas que eu lembrava. É sempre frustrante falar, o leit@r caridoso sabe, que não se consegue trazer à luz a intensidade do que brota na cabeça da gente, então, a comunicação é sempre pela metade, se liga. Mas o Rafael tava gravando tudo - com Guilherme e Dudu - e, aí, tem o lance do trabalho do cinema e tudo, que vai intensificar a lembrança e tentar o efeito de como ela brotou na fonte da cabeça e tal. Quer dizer, não sabemos exatamente a direção das coisas que irão brotando na cabeça do Rafael. Porque são várias as fontes. É um manancial de fontes, no fim. O bom leit@r também sabe que não brota tudo, que muita coisa fica amortecida e que as coisas que vêm, depois ficam remoendo e vão se melhorando e vão se polindo, ficando menos brutas...
Eu não sei também se a direção vai ser rumo às coisas brutas, se vai ficar tudo bruto, a vida bruta e triste, amarga, com alguma beleza mais polida dando a gota doce.
A gente não sabe...
Fui.

2 comentários:

marisaporto disse...

Sempre muito bom ler você!
Bjo

luiscapucho disse...

valeu, Marisa, a visita! :)