domingo, novembro 22, 2015

Depois da escama saída do corpo de Tritão – Ney Matogrosso no filme Peixe, de Rafael Saar - e que costuramos sobre o breve que mamãe me deixou, coloquei, como patente, num dos ombros, a escama de pirarucu, que Rafael me deu, em nosso último show Poema Maldito. Essa nova patente, conversa com a patente do show mais anterior, uma patente que Ruth Castro me deu, e que foi retirada de uma das roupas de Prince.
Então, silencioso leit@r, isso é complicado de explicar, porque vai sendo contada uma estória, à medida que novas coisas vão sendo coladas a ela, à camisa, assim, como se fosse uma cruz que eu levasse, ou uma árvore de natal he he he.
Tenho pensado, se minha camisa não se tornará uma caricatura idiota de um espírito idiota que visto ou se conseguiremos mantê-la como objeto sagrado, de culto, respeito, poder, ta ligado? Como se as coisas colocadas nela, se imbricassem de tal forma, que ficasse centradas nela, força e beleza, luz, e ela fosse uma espécie de brasão meu, de minha bandeira, meu selo, meu tótem.
O fato é que para o próximo show no Escritório, com Bruno Cosentino, Exército de Bebês e Felipe Castro, colocamos dourado sobre o branco da escama de pirarucu, para que os olhos postos sobre ela, possam correr para as franjas douradas do breve que mamãe me deixou e para a escama dourada de Tritão, que colocamos em seu centro.

Pedro tirou fotos, vejam:


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