quinta-feira, janeiro 14, 2021

 Eu era criança e mamãe trabalhava na casa do Seu Eulâmpio e da Dona Dinalva, em Magalhães Bastos, muito perto da Vila Militar. Foi nessa época que aprendi a dizer oi para alguém que se aproximasse. Ou, pelo menos, que isso era o que as pessoas faziam. Seu Eulâmpio ou Dona Dinalva, tinha um irmão com filhos de minha idade que moravam na mesma rua, então, quando ía para lá brincar, ouvia o oi. Eu me lembro da primeira vez, uma menina, sobrinha do Seu Eulâmpio ou de Dona Dinalva, entrou na sala onde eu estava e disse: oi.

Ainda demorei muitos anos, muitos anos depois, é que disse meu primeiro oi, porque eu nunca dizia nada ao chegar perto de alguém. Ainda hoje não digo tanto o oi ou o bom dia. Não sou de dar bom dia com facilidade. Devo ser o tipo sisudo, talvez. Mas, não. Quer dizer, tenho algum juízo.

Bom dia!

 

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