sexta-feira, maio 18, 2007

Eu e Mathilda começamos a bolar nosso showzinho.
Tínhamos pensado em fazer na livraria Travessa de Ipanema, porque Mathilda conhece, mora perto e conhece, se liga, silencioso leit@r!
Mas, quando eu e Pedro estávamos indo pra casa dela um dia desses, encontramos Márcia Romano que está produzindo shows no Armazém Digital, no Leblon, e Márcia nos ofereceu uma data em julho, porque uma das bandas que tava marcada, não vai poder ir mais.
Depois disso, Márcia telefonou e falou com Pedro que ela tinha acabado de fazer contato com a Rocco e que poderíamos fazer um relançamento do Rato lá, tipo, compre um livro e assista ao show. Mas não sei, não sei, se isso vai vingar, porque essas coisas são apenas idéia, como muita coisa que até os dias de hoje não aconteceu ainda, se liga, silencioso leit@r.
Mesmo assim, telefonei para Paulo Baiano e convidei pra fazer o show conosco e ele topou! De noite, encontrarei Mathilda e combinaremos mais, adiantaremos mais coisas sobre isso.
Mathilda fez um release, vejam:



DOIS SERES DO FUTURO DISCUTEM O PRESENTE NO PASSADO
Ou
A revolta dos mortos-vivos
Ou
Se Clarice Lispector e Lucio Cardoso cantassem



- o encontro dos compositores e escritores Luís Capucho e Mathilda Kóvak,
autores da canção “Máquina de escrever”.


O coração de ambos é uma máquina de escrever, como proclama a canção da dupla gravada por Pedro Luís e A parede e por Patrícia Ahmaral, que figurou entre as mais tocadas nas
chamadas FMs adultas do Brasil.
Luís Capucho acaba de lançar o romance “Rato”, pela editora Rocco, e já foi gravado por nomes como Cássia Eller, enquanto Mathilda Kóvak, autora de seis livros infantis, dos quais já vendeu 75 mil exemplares, e um sétimo, que sai também pela Rocco, em outubro, já foi gravada por Rita Lee, Luís Melodia, Fernanda Abreu, Marina, Zeca Baleiro e mais um sem-número de mavericks da música brasileira. Ambos assinam ainda seus respectivos CDs: “Lua Singela” e “Mahamathilda: a evolução de minha espécie.”
Donos, portanto, do que Clarice Lispector - de quem Mathilda é sósia no semblante, e Luís, no sobressalto - chamou de um coração inteligente, que escreve canções, livros, roteiros e congêneres, estes dois autores resolveram se encontrar neste fim dos tempos, para celebrar a sobrevivência, arte na qual são bastante versados, num show lítero-musical, para comentar a paisagem contemporânea, observada de suas lunetas fincadas num futuro de quem já experimentou a destruição e sobreviveu.

O show prevê a execução de suas parcerias
musicais, entremeada por considerações sobre o tempo e
a loucura, numa brincadeira com a psicanálise, uma vez que Luís Capucho já foi comparado a Freud, em tese de mestrado da PUC, por seu primeiro romance “Cinema Orly”, ed. Ficções do Interlúdio. O show musical, de densa veia literária, distribuída no sistema vascular desses dois decanos de um movimento artístico, confirma o vaticínio de Nietzsche: “no futuro, os filósofos cantarão e dançarão.” São eles os pensadores do futuro, cujo pensamento ganha terreno no território da literatura e da música.
Disse ainda Clarice que “o futuro da
tecnologia ameaça destruir tudo o que é humano no
homem, mas a tecnologia não atinge a loucura: e nela
então o humano do homem se refugia.” E Luís, por sua vez, em “Rato”, define “louco” como um adjetivo que damos àquilo que não compreendemos.
Este será, pois, o encontro de dois “loucos” ,
que preservaram no reduto insano de seu pensamento
a centelha agonizante da humanidade.
Já que ninguém está entendendo nada do presente, eles vieram do futuro para explicar, numa mostra que coaduna suas vozes, seus violões, sua performance de autores-personagens.

Quem quiser sobreviver, verá.


Repertório:

- Auréola (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Bengalinha (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Sucesso com sexo (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Cuco (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Algo assim (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Os gestos das mulheres (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Vai querer (Luís Capucho – Suely Mesquita)
- Maluca (Luís Capucho)
- Americana (Betti Albano – Mathilda Kóvak)
- Quero ser sua mãe (Luís Capucho)
- Todos (Mathilda Kóvak)
- Bichinhos (Luís Capucho)
- Máquinas me respeitem (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Máquina de escrever (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)

Tópicos:

- A sobrevivência do mais fraco
- A piscina e seus pecados capitais
- O controle do tempo
- A loucura e o tempo
- O sexo dos anjos





6 comentários:

walter disse...

`

walter disse...

Voces estao correndo um serio risco de que eu pegue uma ponte aerea NY-Rio e va tietar voces em Niteroi e no Leblon...


Ah,ja ia esquecendo de dizer que se eu for mesmo irei raptar a SuZie ThomPson e leva-la na bagagem...

Por Favor confirme ASAP!!!!
Saudacoes calorosas,

Welter

Círia disse...

Como direi?
Ahnnnnn... sem plavras, lindo demais o release... vou furtá-lo, não se aborreça, tá?
Bjs

violetaventura disse...

e os hits, savannah e o amor é sacanagem? tem sempre que ter. vc cantando essas músicas é um momento prá se curtir infinitamente, se é que me entende...

bia

Fábio Shiraga disse...

Hoje recebi o convite da Rocco aqui em casa e vejo este lindo release de Mathilda.

Também fico com vontade de dar um pulo aí para ver esta apresentação de vocês dois, "loucos" e maravilhosos.

Grande abraço, Luís!

Servio Tulio disse...

Este show será histórico e um marco. Espero estar ainda vivo para assistir!
Quem viver...verá!!!!!
Beijos proceis dois!
ST