segunda-feira, junho 11, 2007

Eduardo

Na noite de autógrafos do Rato, o Eduardo foi o terceiro da fila.
Eu estive enrolado com os autógrafos, não sabia muito bem o que escrever, a mãe de Mathilda até reclamou:
- Você está demorando muito, a fila ta crescendo...
Então, quando chegou a vez do Eduardo, sintetizei tudo n’algo, mais ou menos, assim:
“Para o Eduardo um beijo do Rato.” E disse:
- Acabo de me assumir um Rato!
- Ainda bem que é comigo – ele disse e se apresentou, disse que gostava muito do Cinema Orly e pegou meu e-mail pra me escrever sobre o que achou do rato. Hoje escreveu. Vou mostrar para meus silenciosos leit@res, vejam:
“Olá Luis, terminei de ler o livro. Bom, eu já tinha gostado antes de começar a ler...
Achei um belo trabalho. A história é simples, mas possui grande envolvimento de sua parte, o que faz tudo o que está sendo contado um fato notório e peculiar.A descrição da casa no início do livro é linda. A comparação da casa antiga com o frescor das coisas que nascem como as igrejas e bolos de casamento é de uma sensibilidade inesquecível. Também achei muito interessante o lance da atmosfera lilás. Como isso funcionou na imaginação daquele espaço, parecia que estava lá, vivenciando aquilo tudo, somente pelo fato de você ter escrito dessa forma.
Os personagens foram muito bem explorados. Que saco o tal do Valdir heim! O Peri me tocou muito.E os tais artistas que pareciam ser de circo? Ótimo isso! As aventuras com o Plínio foram muito estimulantes. Dava um certo receio ao ler quando vocês estavam no mato ou na casa do alistamento, parecia que ia chegar alguém sempre.
Você as vezes me parece um hétero quando se refere ao mundo gay, apesar de toda sua sinceridade ao narrar os fatos. Talvez seja por alguns termos que você usa. Sua auto crítica da um tempero interessante ao livro, deixando o leitor a vontade para poder pensar sobre suas atitudes, se você estava certo ou errado, se você merecia ou não o Valdir reagir daquela forma.Para escrever assim tem que estar muito certo de si mesmo e ter coragem.
Bom Luis,estes são meus comentários.Não leio tanto como deveria, por isso não posso falar mais sobre aspectos literários do seu trabalho. Falo pelo coração. Mais uma vez parabéns...
OBS:
- Isto tudo aconteceu com você mesmo? - E o filme que você estava assistindo sobre gene de cobra, por acaso era "O Homem Cobra"?
Bom, como podemos marcar para nos conhecermos? Você pode vir aqui ou podemos marcar em algum lugar, posso ir na sua casa, sei lá, sugira algo. Um abraço”

2 comentários:

Fábio Shiraga disse...

Legal, Luís!
Assim que eu voltar da FLIP pretendo ler o Rato. Até lá preciso entrar nos Jardins de Kensington (o livro de um argentino chamado Fresán que eu preciso ler e escrever sobre).

Adorei o post sobre o ensaio com Sacramento! Poético o lance do Café com cocô. [risos]

Grande abraço.

walter disse...

Estou com ciumes do Eduardo!
Foi atraves da sua arte que tive a grata oportunidade de conhecer o grande homem que o seu rato e!
Eu te admiro cada vez mais,cara!
A entrevista da/com a mathilda esta linda,linda,linda...