sábado, setembro 29, 2007
Ensaio III
Ta frio.
Acordamos por volta do meio-dia e mamãe tava na sala conversando com os jeovás.
É um casal de Jeová que vem, aqui em casa, uma vez por semana catequizar mamãe.
Tomei o meu pote de café puro e daqui a pouco irei almoçar.
À noitinha, faremos outro ensaio do show, eu e Luciana Pestano.
Nosso último ensaio decolou, já disse para meu bom leit@r. Há alguns acertos a serem feitos, por exemplo, quanto à minha imprevisibilidade de ritmo. Isso sempre acontece, quando toco com os amigos. Os incautos, pensam logo que não tenho lógica, que não tenho matemática, que sou egoísta e que não presto atenção nos outros. Mas essa interpretação a meu respeito é de gente sem paciência, é uma visão apressada a meu respeito, pois que sou um cara muito ligado nos que estão comigo e tenho uma lógica muito legal, uma lógica, assim, uma simetria, que é ótima de estar junto, ta se ligando, meu bom leit@r, pois que tudo é apenas uma questão de acerto, comum a tudo que se junta...rs.
quinta-feira, setembro 27, 2007
Sinto-me descansado outra vez.
Como, mais ou menos, já disse, pela manhã, é um momento em que estou forte, potencializado.
Cheguei a pensar, por um tempo, que, assim que recomeçasse com os remédios do coquetel para a Aids, o meu desânimo, que me vem sempre que tenho de sair de frente ao computer, a minha preguiça em fazer as coisas mais práticas do meu cotidiano, iria sumir, pois que os remédios me deixariam mais são, se liga...
Mas ainda não aconteceu assim. Pedro disse:
- Os remédios precisam de um tempo para agir, sei lá...
Então, é isso...
Vou ensaiar!
Como, mais ou menos, já disse, pela manhã, é um momento em que estou forte, potencializado.
Cheguei a pensar, por um tempo, que, assim que recomeçasse com os remédios do coquetel para a Aids, o meu desânimo, que me vem sempre que tenho de sair de frente ao computer, a minha preguiça em fazer as coisas mais práticas do meu cotidiano, iria sumir, pois que os remédios me deixariam mais são, se liga...
Mas ainda não aconteceu assim. Pedro disse:
- Os remédios precisam de um tempo para agir, sei lá...
Então, é isso...
Vou ensaiar!
quarta-feira, setembro 26, 2007
Ensaio II
Hoje o ensaio decolou.
Quase que, como Kali C. sugeriu, sobrevoamos o castelo em forma de dragão.
Demos uma alavancada no bichano, sem querer estamos numa outra fase dele, mais próxima do que será mesmo o show no dia 11 de outubro, nas Casas Casadas, em Laranjeiras, às 19 horas.
Será muito simples o show, basicamente, um show autoral, para mostrarmos nossas músicas quase que em seu esboço, em seu esqueleto ou, assim, eu diria, em seu miolo...rs.
Pedro envolveu-se. Será, assim, como que um produtor.
Iremos começar a pensar num flyer.
Iremos ver se conseguimos documentar. Talvez, role uma documentação daquele pessoal do Canal Brasil, mas,talvez, consigamos uma documentação nossa também.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Frio ainda.
Esse deverá ser o último frio do ano, bom leit@r.
Sonhei com mamãe essa noite. Que entramos numa horta de uns evangélicos para roubar quiabo. Eu carregava mamãe pelos barrancos e nem sentia o seu peso. Mamãe gritava que ia cair e eu dizia autoritário:
- Não cai, não. Deixa...- e saia carregando-a através dos barrancos, fugindo do olhar dos evangélicos. Roubamos uma sacola de quiabo com jiló.
Agora, de manhã, quando contei meu sonho pra mamãe, ela disse:
- Não é um sonho bom, não. Sonhar com terra é doença – mas, tenho quase certeza de que mamãe decifrou o sonho, inventando, que ela curte inventar e, pela manhã, deveria estar de mal-humor...
Esse deverá ser o último frio do ano, bom leit@r.
Sonhei com mamãe essa noite. Que entramos numa horta de uns evangélicos para roubar quiabo. Eu carregava mamãe pelos barrancos e nem sentia o seu peso. Mamãe gritava que ia cair e eu dizia autoritário:
- Não cai, não. Deixa...- e saia carregando-a através dos barrancos, fugindo do olhar dos evangélicos. Roubamos uma sacola de quiabo com jiló.
Agora, de manhã, quando contei meu sonho pra mamãe, ela disse:
- Não é um sonho bom, não. Sonhar com terra é doença – mas, tenho quase certeza de que mamãe decifrou o sonho, inventando, que ela curte inventar e, pela manhã, deveria estar de mal-humor...
terça-feira, setembro 25, 2007
segunda-feira, setembro 24, 2007
Mudou o tempo.
O mar estava cinza e crespo, bonito.
Peguei um pouco de chuva, quando chegava em casa.
O motorista do ônibus disse:
- Se rolar uma tsunami, eu me salvo, pois moro muito longe do mar – e saltei.
Estranhamente, seu comentário veio a se juntar certeiro às minhas últimas preocupações, bom leit@r, não me vaie, por favor, mas tenho pensado, com seriedade, se minha casa será atingida por uma onda gigante, se ela vier.
Nos últimos dias, no ônibus, rumo à piscina ou vindo dela, tenho calculado minuciosamente, o terreno, os declives e aclives das ruas, construções e colinas, entre minha casa e o mar de modo a saber se, acaso, venha a onda gigante, serei atingido.
Quando saltei do ônibus, no meio da chuva, fiz meu o comentário do motorista, pois tinha acabado de concluir que a bichana não chegará até aqui. Morrerá antes, uns dois quilômetros, ao menos.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
O mar estava cinza e crespo, bonito.
Peguei um pouco de chuva, quando chegava em casa.
O motorista do ônibus disse:
- Se rolar uma tsunami, eu me salvo, pois moro muito longe do mar – e saltei.
Estranhamente, seu comentário veio a se juntar certeiro às minhas últimas preocupações, bom leit@r, não me vaie, por favor, mas tenho pensado, com seriedade, se minha casa será atingida por uma onda gigante, se ela vier.
Nos últimos dias, no ônibus, rumo à piscina ou vindo dela, tenho calculado minuciosamente, o terreno, os declives e aclives das ruas, construções e colinas, entre minha casa e o mar de modo a saber se, acaso, venha a onda gigante, serei atingido.
Quando saltei do ônibus, no meio da chuva, fiz meu o comentário do motorista, pois tinha acabado de concluir que a bichana não chegará até aqui. Morrerá antes, uns dois quilômetros, ao menos.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
domingo, setembro 23, 2007
Ensaio I...
Nosso ensaio avançou um pouco, mas ainda não é a praia ensolarada com pássaros voando sobre os peixes. Nem mesmo os peixes submersos ainda é. É ainda, como disse outro dia, minhoca rastejante.
Algum leit@r desavisado ou leit@r implicante há de pensar pra si mesmo, sem ao menos deixar um comentário, que show meu com Luciana, dado os nossos temas e dado o nosso jeito ou estilo, nunca mesmo seria praia ensolarada com pássaros a vigiar do alto os peixes submersos. Esse leit@r pensará consigo próprio e quase perverso, mas apenas descuidado, que nosso show nunca sairia mesmo, de minhoca rastejante. E há aqueles leit@res, que, por descuido, até prefeririam ver nosso show por assemelhar-se às tais minhocas rastejantes.
Mas nosso show vai voar, bom leit@r, o bichano vai voar. Dê-nos apenas um pouco mais de tempo, que precisamos...
sábado, setembro 22, 2007
Ensaio...
Daqui a pouco irei ensaiar com Luciana Pestano, a Tigra.
Levarei meu capodastro, meus livros e meu caderninho, onde fiz um primeiro roteiro do show.
Tocaremos, basicamente, músicas minhas, pois Tigra não quer mesmo misturar suas músicas ao show, imagino, porque logo estará fazendo shows de lançamento de seu cd, previsto para 2008.
De suas músicas faremos “Anjo”, que nem sei fazer parte de seu disco, Tigra.
Admiro demais o jeito como ela toca e canta minhas músicas.
Estamos fazendo O Amor é Sacanagem(luís capucho), Romena(luís capucho- Suely mesquita), Máquina de Escrever( luís capucho- mathilda kóvak) das que ela mais gosta.
Do que eu mais curto, bem, é foda, meu gosto é flutuante, pulula feito borboleta em jardim florido ou meu gosto é feito pessoa dispersa, hiper-ativa, sem concentração, se liga, é apenas meu gosto, quanto às músicas ensaiadas, especificamente, para esse show.
Porque minha personalidade mesmo é, assim, digamos, meio obssessiva, na boa, sou cabeça dura, me fixo nas coisas e vou até o fim. Sou linear, não sou fragmentado. Não é a toa que curto escrever romances, não ferra... ou que faço músicas com início, meio e fim, não fode!
De repente peguei esse tom, assim, meio agressivo. Que coisa!
Voltando ao meu gosto pelas músicas do show, estou curtindo muito Ponto Máximo, parceria com Sacramento e Cinema Íris, apenas minha.
Vou lá...
sexta-feira, setembro 21, 2007
Enquanto estávamos assistindo à peça do Melamed, avancei meu rosto para os ouvidos de Mathilda e cochichei:
- Entendi porque ele quis tanto saber o que era Retropitalismo. Ele é retropicalista!
- Nós é que não somos retropicalistas – Mathilda cochichou de volta.
Me distraí bastante com a peça, que é um misto de musical e declamação poética. Depois, fomos conversar num desses bares modernos que ficam naquele quarteirão do CCBB. Márcia Medeiros estava conosco e falamos da peça e da vida.
Ficamos de nos reencontrar noutras vezes.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhh!
- Entendi porque ele quis tanto saber o que era Retropitalismo. Ele é retropicalista!
- Nós é que não somos retropicalistas – Mathilda cochichou de volta.
Me distraí bastante com a peça, que é um misto de musical e declamação poética. Depois, fomos conversar num desses bares modernos que ficam naquele quarteirão do CCBB. Márcia Medeiros estava conosco e falamos da peça e da vida.
Ficamos de nos reencontrar noutras vezes.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhh!
quinta-feira, setembro 20, 2007
Um dia desses, na Presidente Vargas, vindo do médico, vi um cartaz do Michel Melamed propagadeando uma peça de teatro chamada “Homemúsica”. Falei com Mathilda e iremos hoje, se Deus quiser...rs.
Tenho uma idéia para um novo livro, tenho tido idéias para novas músicas, mas se por um lado tenho a segurança de saber fazer, a segurança que ganhei com as músicas e livros que já fiz, também tem a inquietação que traz a falta de novidade, o meu leit@r ta se ligando? Por isso começo a entender aquela onda da qual já ouvi falar, de artistas que trocam de nome e de canal artístico, assim, a cada momento são artistas de um tipo: ora atores, ora pintores, ora músicos, ora escultores...porque, assim, têm sempre a motivação da surpresa, do inesperado, o que na minha opinião, é essencial nas obras artísticas.
Mas também admiro muito compositores como Rita Lee ou poetas como Mário Quintana, que conseguem fazer músicas ou poemas sempre frescos, como se nunca antes tivesse feito música ou poesia, se liga...
Mas também, se apenas tenho as idéias e não paro para fazer...
Tenho que trabalhar, pow!
Tenho uma idéia para um novo livro, tenho tido idéias para novas músicas, mas se por um lado tenho a segurança de saber fazer, a segurança que ganhei com as músicas e livros que já fiz, também tem a inquietação que traz a falta de novidade, o meu leit@r ta se ligando? Por isso começo a entender aquela onda da qual já ouvi falar, de artistas que trocam de nome e de canal artístico, assim, a cada momento são artistas de um tipo: ora atores, ora pintores, ora músicos, ora escultores...porque, assim, têm sempre a motivação da surpresa, do inesperado, o que na minha opinião, é essencial nas obras artísticas.
Mas também admiro muito compositores como Rita Lee ou poetas como Mário Quintana, que conseguem fazer músicas ou poemas sempre frescos, como se nunca antes tivesse feito música ou poesia, se liga...
Mas também, se apenas tenho as idéias e não paro para fazer...
Tenho que trabalhar, pow!
quarta-feira, setembro 19, 2007
Ontem, tivemos, eu e Luciana, nosso segundo ensaio.
O bichano não se aprumou ainda, rasteja pelo chão feito uma minhoca gritando: eu quero voaaaaaaaaaaaaaaaar!
Embora já tenha ficado um pouco mais leve, ainda é um troço rastejante, generoso leit@r. Para imaginar que ficou mais leve, podemos pensar numa minhoca sinuosa dentro d’água, mais leve, mas sub-reptícia, mais leve, sub-aquática, assim, sem peso dentro, o peso todo fora.
Temos que tirar o peso de dentro e o peso de fora. Eu quero voaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar!
Pedro está se mudando definitivamente para Nikity. Como ele próprio diz, está deixando de ser campônio para ser um caiçara. Vai morar em minha rua.
Eu quero voaaaaaaaaaaaaaaaarrrrrr!
Que alegria!
O bichano não se aprumou ainda, rasteja pelo chão feito uma minhoca gritando: eu quero voaaaaaaaaaaaaaaaar!
Embora já tenha ficado um pouco mais leve, ainda é um troço rastejante, generoso leit@r. Para imaginar que ficou mais leve, podemos pensar numa minhoca sinuosa dentro d’água, mais leve, mas sub-reptícia, mais leve, sub-aquática, assim, sem peso dentro, o peso todo fora.
Temos que tirar o peso de dentro e o peso de fora. Eu quero voaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar!
Pedro está se mudando definitivamente para Nikity. Como ele próprio diz, está deixando de ser campônio para ser um caiçara. Vai morar em minha rua.
Eu quero voaaaaaaaaaaaaaaaarrrrrr!
Que alegria!
terça-feira, setembro 18, 2007
Briguei com uma das visitas de mamãe.
É uma das amigas doidas que mamãe fez na igreja batista. Foram várias coisas que foram se acumulando, mas no dia em que ela apareceu aqui com um pedaço de mamão que encontrou no lixo do mercadinho, meio apodrecido, e deu de presente a mamãe, fiquei furioso, fiquei fuleiro e comecei a gritar com ela. Ela gritou de volta comigo, me encarou, mais fuleira ainda que eu e fiquei quieto.
Mamãe não me deu razão, disse que era só jogar o mamão fora, não precisava brigar. Mas como já disse a meu generoso leit@r, os episódios desagradáveis com essa visita vieram se acumulando e eu explodi, assim, um fuleiro meio bacana, se ligou?
Pois, então...
É uma das amigas doidas que mamãe fez na igreja batista. Foram várias coisas que foram se acumulando, mas no dia em que ela apareceu aqui com um pedaço de mamão que encontrou no lixo do mercadinho, meio apodrecido, e deu de presente a mamãe, fiquei furioso, fiquei fuleiro e comecei a gritar com ela. Ela gritou de volta comigo, me encarou, mais fuleira ainda que eu e fiquei quieto.
Mamãe não me deu razão, disse que era só jogar o mamão fora, não precisava brigar. Mas como já disse a meu generoso leit@r, os episódios desagradáveis com essa visita vieram se acumulando e eu explodi, assim, um fuleiro meio bacana, se ligou?
Pois, então...
segunda-feira, setembro 17, 2007
O Efavirens não mais me causa efeitos psicológicos.
Agora somente um mal estar físico, que espero conseguir resolver.
Esta noite perdi o sono e fiquei com raiva do médico que está me enrolando, insistindo para que eu fique tomando essa bosta por mais um mês.
Somente hoje comprei os remédios para enjôo. Quem entende?
Ficou frio em Nikity.
Mamãe é muito sociável, está sempre com visitas.
Eu prefiro ficar quieto, na minha. Sou um expectador, meu espírito é contemplativo.
Foda-se!
Todos gostam de mim.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Agora somente um mal estar físico, que espero conseguir resolver.
Esta noite perdi o sono e fiquei com raiva do médico que está me enrolando, insistindo para que eu fique tomando essa bosta por mais um mês.
Somente hoje comprei os remédios para enjôo. Quem entende?
Ficou frio em Nikity.
Mamãe é muito sociável, está sempre com visitas.
Eu prefiro ficar quieto, na minha. Sou um expectador, meu espírito é contemplativo.
Foda-se!
Todos gostam de mim.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
sábado, setembro 15, 2007
Na quinta-feira que passou alinhavamos, eu e Luciana, o que será o nosso show nas Casas Casadas. Basicamente será o nosso velho show acrescido de textos do Rato e Cinema Orly, mais uma ou outra música nova.
Decidimos também por nossos convidados: Kali C., Mathilda Kóvak, se estiver no Rio e Xarlô.
Porque temos um show anterior pronto, fomos bastante rápidos para alinhavarmos esse. Assim que estivermos com o bichano melhor aprumado, avisarei ao Bigode, que, como já disse, gostaria de me entrevistar a respeito de meus livros para um piloto de programa GLBT que será apresentado ao Canal Brasil.
O Bigode me disse que uma passeata gay homenageará Laura di Vison, que morreu esse ano e eu, que andei muito pelo Boêmio, na década de 80, onde Laura era mestre de cerimônia, fiquei mais reflexivo...
É o bicho!
Decidimos também por nossos convidados: Kali C., Mathilda Kóvak, se estiver no Rio e Xarlô.
Porque temos um show anterior pronto, fomos bastante rápidos para alinhavarmos esse. Assim que estivermos com o bichano melhor aprumado, avisarei ao Bigode, que, como já disse, gostaria de me entrevistar a respeito de meus livros para um piloto de programa GLBT que será apresentado ao Canal Brasil.
O Bigode me disse que uma passeata gay homenageará Laura di Vison, que morreu esse ano e eu, que andei muito pelo Boêmio, na década de 80, onde Laura era mestre de cerimônia, fiquei mais reflexivo...
É o bicho!
sexta-feira, setembro 14, 2007
Ontem, foi meu primeiro ensaio com Luciana Pestano, a Tigra, para um show que faremos nas Casas Casadas dia 11 de outubro.
Eu e Tigra já fizemos alguns shows juntos, crus, apenas nossas vozes e violões e até viajamos com o show: tocamos em Campinas.
Nesse show de agora, como as Casas Casadas é um centro cultural, iremos tocar em sua livraria e colocaremos bastante Cinema Orly e Rato, lidos entre as músicas.
O show foi oferecido para Mathilda Kóvak, mas papo vai, papo vem, farei agora com a Tigra e em novembro com Mathilda no mesmo lugar. Lá é muito chique, tem bons equipamentos e estamos animados.
Casas Casadas:
Eu e Tigra já fizemos alguns shows juntos, crus, apenas nossas vozes e violões e até viajamos com o show: tocamos em Campinas.
Nesse show de agora, como as Casas Casadas é um centro cultural, iremos tocar em sua livraria e colocaremos bastante Cinema Orly e Rato, lidos entre as músicas.
O show foi oferecido para Mathilda Kóvak, mas papo vai, papo vem, farei agora com a Tigra e em novembro com Mathilda no mesmo lugar. Lá é muito chique, tem bons equipamentos e estamos animados.
Casas Casadas:
quarta-feira, setembro 12, 2007
terça-feira, setembro 11, 2007
Hoje recebi um telefonema do cineasta Luís Carlos Lacerda, o Bigode. Ele me disse que junto com o Jean, do Big Brother, está montando o piloto de um programa GLBT para o canal Brasil e disse que gostaria de me entrevistar a respeito de meus livros.
- Mas eu tenho um disco, não podemos inseri-lo no assunto? – perguntei. Então, o Bigode adorou e ficou conversando comigo como se já me conhecesse e combinamos de fazer a entrevista mais pra frente, em outubro.
Fiz as compras do mês.
Influenciado por Pedro e porque mamãe está cada vez mais uma velhinha incapaz de estar na cozinha, bom leit@r, e porque, finalmente, mamãe rendeu-se, fiz a janta: um macarrão. Ela comeu adorando...
Estou cansadíssimo.
Até amanhã...
- Mas eu tenho um disco, não podemos inseri-lo no assunto? – perguntei. Então, o Bigode adorou e ficou conversando comigo como se já me conhecesse e combinamos de fazer a entrevista mais pra frente, em outubro.
Fiz as compras do mês.
Influenciado por Pedro e porque mamãe está cada vez mais uma velhinha incapaz de estar na cozinha, bom leit@r, e porque, finalmente, mamãe rendeu-se, fiz a janta: um macarrão. Ela comeu adorando...
Estou cansadíssimo.
Até amanhã...
segunda-feira, setembro 10, 2007
Estive no médico, hoje.
Reclamei do Efavirenz, pedi que trocasse por causa dos enjôos, mas ele disse que eu suportasse por mais um mês. Aceitei. Passou remédios pros enjôos.
Antes da consulta, fui num bar desses que os coreanos vendem salgadinhos e comi uma coxinha com caldo de cana. Quando saí da consulta, no mesmo lugar, comi outra coxinha com o caldo de cana, outra vez.
Os coreanos que dirigem a lanchonete são extremamente autoritários com a disciplina dos empregados e são quase mal-educados com os coitados. Mas a lanchonete ta sempre cheia, apesar da antipatia do jeito dos patrões. Não gostei deles. A coxinha é que é deliciosa. Comi em silêncio e lambuzei a bichana de mostarda e quetichupi. Delícia total!
Enquanto rolava a consulta, marcamos alguns exames, que são para ver as taxas de vírus e defesa de meu sangue. Depois, decidiremos como vai ficar...
Reclamei do Efavirenz, pedi que trocasse por causa dos enjôos, mas ele disse que eu suportasse por mais um mês. Aceitei. Passou remédios pros enjôos.
Antes da consulta, fui num bar desses que os coreanos vendem salgadinhos e comi uma coxinha com caldo de cana. Quando saí da consulta, no mesmo lugar, comi outra coxinha com o caldo de cana, outra vez.
Os coreanos que dirigem a lanchonete são extremamente autoritários com a disciplina dos empregados e são quase mal-educados com os coitados. Mas a lanchonete ta sempre cheia, apesar da antipatia do jeito dos patrões. Não gostei deles. A coxinha é que é deliciosa. Comi em silêncio e lambuzei a bichana de mostarda e quetichupi. Delícia total!
Enquanto rolava a consulta, marcamos alguns exames, que são para ver as taxas de vírus e defesa de meu sangue. Depois, decidiremos como vai ficar...
sexta-feira, setembro 07, 2007
O Antônio Carlos Miguel é crítico de música do Jornal O Globo e tem um blog on line, do mesmo jornal, em que fala de músicas e livros. Um dia desses comentou sobre o disco Cassiopéia, falou de minha música “O Amor É Sacanagem”, e noutro comentou sobre meu livro Rato. Então, deixei-lhe esse comentário:
Nome: luis capucho - 7/9/2007 - 14:45
legal, ACM, que tenha curtido o Rato!E também minha música que a Clara gravou.Fiquei contente também de ter sido um empréstimo do Ezequiel Neves....rs.obrigado,luís. E ele respondeu:
Resposta:
Salve, Capucho, pois é, Ezequiel me aplica de boas coisas (e vice-versa). Parabéns por "Rato". abs
Nome: luis capucho - 7/9/2007 - 14:45
legal, ACM, que tenha curtido o Rato!E também minha música que a Clara gravou.Fiquei contente também de ter sido um empréstimo do Ezequiel Neves....rs.obrigado,luís. E ele respondeu:
Resposta:
Salve, Capucho, pois é, Ezequiel me aplica de boas coisas (e vice-versa). Parabéns por "Rato". abs
quinta-feira, setembro 06, 2007
Meu amigo Glauco Lourenço fez um disco independente. Sou fã!
Ele mandou um e-mail de divulgação que repasso aqui no Blog Azul, bom leit@r:
Caros amigos,
Meu CD ABALO SÍSMICO está à venda na Modern Sound, Livraria Empório das Letras (Cine São Luiz), Livraria da Travessa e Livraria Argumento.
Vocês poderiam me ajudar a divulgar por e-mail através da lista de vocês? Estou organizando uma “corrente” para informar sobre o lançamento enquanto ainda não tenho datas para shows. Quando encaminharem, por favor, peçam para os seus amigos continuarem a corrente.
OBRIGADO!
Abaixo, algumas informações sobre o CD, um trecho do release escrito por Mathilda Kóvak, e 2 clippings de críticas escritas por Antônio Carlos Miguel (O GLOBO) e Tárik de Souza (JB), que apareceram nos jornais nos últimos dias. Tem também um link para quem quiser ouvir antes de comprar.
Abs,
Glauco
“ABALO SÍSMICO”
O CD DE ESTRÉIA DE GLAUCO LOURENÇO
Totalmente independente, o CD reúne 12 músicas inéditas de autoria do compositor e cantor Glauco Lourenço, com letras de Suely Mesquita e Mathilda Kóvak. Os arranjos foram feitos por Glauco, João Gaspar (violões e guitarras), Bruno Migliari (baixos) e Edu Szajnbrum (bateria e percussão). Participam ainda: Marcos Nimrichter (acordeom), Nikolas Krassik (violino), Eduardo Neves (sax soprano e flauta), Carlos Fuchs (piano), e Suely Mesquita (voz) em participação especial.
O CD, dedicado a Joni Mitchell, foi produzido e teve direção musical do próprio artista, foi gravado e mixado por Rodrigo Castro Lopes no ZAGA Estúdio, e masterizado por Luiz Tornaghi. As fotos no encarte foram tiradas por Ana Paula Oliveira e o design da capa é de Ana Laet Com.
Em breve, “Abalo Sísmico” estará nos palcos, no show do lançamento do CD, que está à venda na Modern Sound, na Livraria Empório das Letras (Cine São Luiz), Livraria da Travessa e Livraria Argumento.
Ouça músicas do CD “Abalo Sísmico”, de Glauco Lourenço em
www.myspace.com/glaucolourenco
“Bebop pop silvícola, terremoto em sensurround, geopoética... tudo isto é
‘Abalo Sísmico’, CD de Glauco Lourenço
Uma fenda geológica está prestes a irromper no solo brasileiro. Camadas tectônicas se desacomodarão. O tremor vai atingir o globo terrestre de ponta a ponta. Trata-se de "Abalo sísmico", CD de estréia do compositor e cantor Glauco Lourenço. O epicentro será em todo o atlas geográfico universal, que irá se dividir drasticamente, como poucas vezes a história logrou registrar.”... Mathilda Kóvak
Ele mandou um e-mail de divulgação que repasso aqui no Blog Azul, bom leit@r:
Caros amigos,
Meu CD ABALO SÍSMICO está à venda na Modern Sound, Livraria Empório das Letras (Cine São Luiz), Livraria da Travessa e Livraria Argumento.
Vocês poderiam me ajudar a divulgar por e-mail através da lista de vocês? Estou organizando uma “corrente” para informar sobre o lançamento enquanto ainda não tenho datas para shows. Quando encaminharem, por favor, peçam para os seus amigos continuarem a corrente.
OBRIGADO!
Abaixo, algumas informações sobre o CD, um trecho do release escrito por Mathilda Kóvak, e 2 clippings de críticas escritas por Antônio Carlos Miguel (O GLOBO) e Tárik de Souza (JB), que apareceram nos jornais nos últimos dias. Tem também um link para quem quiser ouvir antes de comprar.
Abs,
Glauco
“ABALO SÍSMICO”
O CD DE ESTRÉIA DE GLAUCO LOURENÇO
Totalmente independente, o CD reúne 12 músicas inéditas de autoria do compositor e cantor Glauco Lourenço, com letras de Suely Mesquita e Mathilda Kóvak. Os arranjos foram feitos por Glauco, João Gaspar (violões e guitarras), Bruno Migliari (baixos) e Edu Szajnbrum (bateria e percussão). Participam ainda: Marcos Nimrichter (acordeom), Nikolas Krassik (violino), Eduardo Neves (sax soprano e flauta), Carlos Fuchs (piano), e Suely Mesquita (voz) em participação especial.
O CD, dedicado a Joni Mitchell, foi produzido e teve direção musical do próprio artista, foi gravado e mixado por Rodrigo Castro Lopes no ZAGA Estúdio, e masterizado por Luiz Tornaghi. As fotos no encarte foram tiradas por Ana Paula Oliveira e o design da capa é de Ana Laet Com.
Em breve, “Abalo Sísmico” estará nos palcos, no show do lançamento do CD, que está à venda na Modern Sound, na Livraria Empório das Letras (Cine São Luiz), Livraria da Travessa e Livraria Argumento.
Ouça músicas do CD “Abalo Sísmico”, de Glauco Lourenço em
www.myspace.com/glaucolourenco
“Bebop pop silvícola, terremoto em sensurround, geopoética... tudo isto é
‘Abalo Sísmico’, CD de Glauco Lourenço
Uma fenda geológica está prestes a irromper no solo brasileiro. Camadas tectônicas se desacomodarão. O tremor vai atingir o globo terrestre de ponta a ponta. Trata-se de "Abalo sísmico", CD de estréia do compositor e cantor Glauco Lourenço. O epicentro será em todo o atlas geográfico universal, que irá se dividir drasticamente, como poucas vezes a história logrou registrar.”... Mathilda Kóvak
OBS: As matérias dos jornais não consegui copiar aqui, bom leit@r!
terça-feira, setembro 04, 2007
Fui nadar.
Fez um dia lindíssimo!
Dei braçadas fortes, animado. Curti muito meu desempenho, minha disposição, a despeito da ressaca causada pelos remédios. Devo estar me aclimatando a eles.
Ontem, Marcos Sacramento veio jantar conosco.
Fizemos vários videozinhos de palhaçada, bem ao estilo de meu amigo de infância. Mas ele, sério, não me autorizou colocar na internet. Ficaram lindos, eu fui o câmera!
Ele fez uma música linda, no meu estilo, pra eu cantar. Tenho de aprender…
Fez um dia lindíssimo!
Dei braçadas fortes, animado. Curti muito meu desempenho, minha disposição, a despeito da ressaca causada pelos remédios. Devo estar me aclimatando a eles.
Ontem, Marcos Sacramento veio jantar conosco.
Fizemos vários videozinhos de palhaçada, bem ao estilo de meu amigo de infância. Mas ele, sério, não me autorizou colocar na internet. Ficaram lindos, eu fui o câmera!
Ele fez uma música linda, no meu estilo, pra eu cantar. Tenho de aprender…
segunda-feira, setembro 03, 2007
Tinha pensado em meu próximo show solo convidar Mathilda Kóvak para uma participação. Pensei em amordaçá-la e chamar para o palco, assim, vestida de protestante, tirar a mordaça para que ela cantasse e colocar novamente, quando terminasse a música.
Contei-lhe meu desejo e ela ficou reticente...
Depois concluí que as vaquinhas metafísicas e amordaçadas com flores, reveladas pelo Efavirens, eram Mathilda Kóvak!
Mas quando falei-lhe de minha conclusão no telefone, ontem, disse que não, que ela não poderia ser uma vaquinha amordaçada e que as vaquinhas eram os vírus HIV. E Pedro me disse que elas estão amordaçadas para protegerem-se do Efavirenz.
Achei tudo muito lógico!
Contei-lhe meu desejo e ela ficou reticente...
Depois concluí que as vaquinhas metafísicas e amordaçadas com flores, reveladas pelo Efavirens, eram Mathilda Kóvak!
Mas quando falei-lhe de minha conclusão no telefone, ontem, disse que não, que ela não poderia ser uma vaquinha amordaçada e que as vaquinhas eram os vírus HIV. E Pedro me disse que elas estão amordaçadas para protegerem-se do Efavirenz.
Achei tudo muito lógico!
domingo, setembro 02, 2007
Os barulhos do domingo cercam minha casa de sentidos.
Não presto atenção a nenhum desses sentidos e não vou com eles. Fico paralizado aqui diante do computer e escrevo em meu blog azul.
Acho que essa música que vem de algum vizinho é do filme Titanic, mas não estou certo. Os pardais gritam. Gosto do domingo. Não deu praia, hoje.
Hoje falei com Mathilda e com Regina, minha amiga que vive em Londres e que teve um bar, dos escuros, em Papucaia. Fazia poesias. Numa das intermináveis quantidades de noites que estive em seu bar, inspirei-lhe essa:
Faces
Essas faces desbotadas e macias como as noites - Mornas noites.
Noites desesperantes...Infinitas noites...
Faces mansas, faces imponentes, outras tímidas e inexpressivas.
Faces e noites confundidas num embuste misterioso.
Esse embuste eremítico com sabor de nada.
E outras faces e outras noites lançadas ao precipício.
Noites sombrias, noites muito frias. Noites quentes e pegajosas.
Tão nuas e desfolhadas são essas noites e essas faces!
- Odeio essas noites imperturbáveis! Odeio essas faces -
- Amo essas faces e me perco nessas noites -
E espero o amanhecer me reinventar e traduzir uma face minha e que seja única...Uma face com uma cara e expressão.
Descobrindo o medo, o sexo, o asco, o prazer - Desamparados!
Expressões adulteradas na cara dessas faces descoradas e inúmeras!
Faces devoradas pelo meu contemplar e em toda a parte.
Não presto atenção a nenhum desses sentidos e não vou com eles. Fico paralizado aqui diante do computer e escrevo em meu blog azul.
Acho que essa música que vem de algum vizinho é do filme Titanic, mas não estou certo. Os pardais gritam. Gosto do domingo. Não deu praia, hoje.
Hoje falei com Mathilda e com Regina, minha amiga que vive em Londres e que teve um bar, dos escuros, em Papucaia. Fazia poesias. Numa das intermináveis quantidades de noites que estive em seu bar, inspirei-lhe essa:
Faces
Essas faces desbotadas e macias como as noites - Mornas noites.
Noites desesperantes...Infinitas noites...
Faces mansas, faces imponentes, outras tímidas e inexpressivas.
Faces e noites confundidas num embuste misterioso.
Esse embuste eremítico com sabor de nada.
E outras faces e outras noites lançadas ao precipício.
Noites sombrias, noites muito frias. Noites quentes e pegajosas.
Tão nuas e desfolhadas são essas noites e essas faces!
- Odeio essas noites imperturbáveis! Odeio essas faces -
- Amo essas faces e me perco nessas noites -
E espero o amanhecer me reinventar e traduzir uma face minha e que seja única...Uma face com uma cara e expressão.
Descobrindo o medo, o sexo, o asco, o prazer - Desamparados!
Expressões adulteradas na cara dessas faces descoradas e inúmeras!
Faces devoradas pelo meu contemplar e em toda a parte.
sábado, setembro 01, 2007
Fiz a abobrinha que imaginei num de meus devaneios pós-efavirenz.
Saiu, exatamente, como eu tinha imaginado, uma delícia absoluta! Comi com arroz…depois, Pedro pegou aqueles palitos de comida japonesa e comeu também, pura.
- Ficou crocante como eu gosto – ele disse.
Mamãe também comeu…com arroz.
O Efavirenz, não sei se já comentei com meu bom leit@r, lembra-me as ratazanas de Crixivan, que putrefavam em meu estômago expelindo gás.
Talvez, por ser mais moderno ou porque eu esteja mais aclimatado a remédios, é mesmo, apenas uma lembrança. Também, diferente das cápsulas de Crixivan, que eram engolidas de duas a duas, três vezes ao dia, o Efavirens, tomo apenas um comprimido antes de dormir.
Quando chega a hora de engolir o bichano, quando abro o vidrinho com uma quantidade deles e avisto-os, os fluidos todos que existem em torno a meu corpo e que são meu calor, minha respiração, ganham velocidade e movimento de um temporal. Fico mais quente e toda a minha alma rejeita o coitado que vou engolir. Meu estômago endurece e fecha-se. É a lembrança do Crixivan.
Ontem, antes de engolir, antes de fechá-lo em minha boca, fechei, abocanhei um desses bichanos em minha mão, dei-lhe meu calor, agasalhei o coitadinho por um tempo, deixei que minha mão suasse sobre seu corpo amolecendo-o de ternura e somente depois engoli sob goles de água. Então, fui dormir…
Que coisa!
Saiu, exatamente, como eu tinha imaginado, uma delícia absoluta! Comi com arroz…depois, Pedro pegou aqueles palitos de comida japonesa e comeu também, pura.
- Ficou crocante como eu gosto – ele disse.
Mamãe também comeu…com arroz.
O Efavirenz, não sei se já comentei com meu bom leit@r, lembra-me as ratazanas de Crixivan, que putrefavam em meu estômago expelindo gás.
Talvez, por ser mais moderno ou porque eu esteja mais aclimatado a remédios, é mesmo, apenas uma lembrança. Também, diferente das cápsulas de Crixivan, que eram engolidas de duas a duas, três vezes ao dia, o Efavirens, tomo apenas um comprimido antes de dormir.
Quando chega a hora de engolir o bichano, quando abro o vidrinho com uma quantidade deles e avisto-os, os fluidos todos que existem em torno a meu corpo e que são meu calor, minha respiração, ganham velocidade e movimento de um temporal. Fico mais quente e toda a minha alma rejeita o coitado que vou engolir. Meu estômago endurece e fecha-se. É a lembrança do Crixivan.
Ontem, antes de engolir, antes de fechá-lo em minha boca, fechei, abocanhei um desses bichanos em minha mão, dei-lhe meu calor, agasalhei o coitadinho por um tempo, deixei que minha mão suasse sobre seu corpo amolecendo-o de ternura e somente depois engoli sob goles de água. Então, fui dormir…
Que coisa!
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