Fiz a abobrinha que imaginei num de meus devaneios pós-efavirenz.
Saiu, exatamente, como eu tinha imaginado, uma delícia absoluta! Comi com arroz…depois, Pedro pegou aqueles palitos de comida japonesa e comeu também, pura.
- Ficou crocante como eu gosto – ele disse.
Mamãe também comeu…com arroz.
O Efavirenz, não sei se já comentei com meu bom leit@r, lembra-me as ratazanas de Crixivan, que putrefavam em meu estômago expelindo gás.
Talvez, por ser mais moderno ou porque eu esteja mais aclimatado a remédios, é mesmo, apenas uma lembrança. Também, diferente das cápsulas de Crixivan, que eram engolidas de duas a duas, três vezes ao dia, o Efavirens, tomo apenas um comprimido antes de dormir.
Quando chega a hora de engolir o bichano, quando abro o vidrinho com uma quantidade deles e avisto-os, os fluidos todos que existem em torno a meu corpo e que são meu calor, minha respiração, ganham velocidade e movimento de um temporal. Fico mais quente e toda a minha alma rejeita o coitado que vou engolir. Meu estômago endurece e fecha-se. É a lembrança do Crixivan.
Ontem, antes de engolir, antes de fechá-lo em minha boca, fechei, abocanhei um desses bichanos em minha mão, dei-lhe meu calor, agasalhei o coitadinho por um tempo, deixei que minha mão suasse sobre seu corpo amolecendo-o de ternura e somente depois engoli sob goles de água. Então, fui dormir…
Que coisa!
sábado, setembro 01, 2007
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