sábado, junho 19, 2010

Estivemos passeando pelo cemitério no aniversário de mamãe.
Tem feito dias lindos e estava lindo naquele dia. E, ontem, quando me deitei para dormir, fiquei pensando nas catacumbas do século XIX que vimos. Devemos ter passado por duas ou três dessas catacumbas, no pequeno cemitério de Japuíba, onde fizemos o enterro de mamãe.
E Pedro tinha apontado:
- Olha, essa foi de uma criança! – mas, aí, quando chegamos perto estava escrito, naquela ortografia diferente do século XIX, que aquela pessoa tinha morrido adulta.
Eu disse:
- O pessoal daquele tempo devia enterrar a pessoa no chão e, depois, marcar o local com essas catacumbinhas...
- Não, Luís, as pessoas deviam ser menores mesmo! – Pedro me falou e fiquei pensando, sem acreditar.
Pedro, como mamãe, acha mais terrível a morte das crianças.
Eu não.

Não tenho essa predileção por crianças. Para mim, a morte é sempre horrível e morrer velho ou adulto é mais terrível, bom leit@r, porque a vida que morre é muito maior, se liga...

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