O ensaio de ontem avançou bastante.
É que os meninos não conheciam minhas músicas, que são mesmo muito pouco conhecidas e ver que eles avançam sobre elas em tão pouco tempo é entusiasmador.
Mesmo assim, porque sou naturalmente ansioso, fiquei querendo mais e mais, e, novamente, tentei que na próxima semana tivéssemos dois ensaios e isso ficou reticente, quer dizer, para ser confirmado.
Eles foram chegando aos poucos e enquanto todos não chegassem, começamos a conversar e fiquei falando sobre como surgiam minhas músicas. Quiseram saber se era semelhante ao modo como surgiam as composições que fazem. É igual. Contei como surgiram “Pessoas são seres do mal”, “Eu quero ser sua mãe” e “Maluca”. E disse que cada uma dessas músicas surgiu de um modo diferente. A “Maluca” fiz a melodia primeiro, “Eu quero ser sua mãe”, a letra primeiro e “Pessoas são seres do mal”, surgiram letra e música juntas.
A “Maluca” tinha, no início, o nome de “Eu fiquei maluca”, mas, depois, os amigos referiam-se a ela como “Maluca” e ficou “Maluca”. Achava que era cheia de defeitos, eu enxergava os buracos entre um acorde e outro, entre uma frase melódica e outra, como retalhos que necessitassem serem costurados para que ela ficasse melhor construída. Mas à medida que os amigos foram curtindo sem que eu interferisse nas costuras, fui ficando cego para as imperfeições de modo que a “Maluca” deixou de ter buracos, porque eram buracos que somente eu via.
E comecei a entender que objetos estéticos são resultado de uma visão coletiva, se liga, generoso leit@r. É, assim, como um fluxo de água dos rios, um “Maria vai com as outras” he he he!
Um comentário:
"objetos estéticos são resultado de uma visão coletiva", pode crer;)
bjs kAliC
Postar um comentário