sexta-feira, novembro 18, 2011

A tarde de ontem a ler um dos livros que Valfredo me deu: “Alexis, O tratado do vão combate”, primeiro dos livros de Marguerite Yourcenar. É uma carta que Alexis faz para Mônica para confessar-lhe muito nas entrelinhas, o motivo porque o casamento deles não pode ser feliz. Então, a kombi do ferro-velho passava na rua e interrompi a leitura para me desfazer da máquina de lavar. Compraram minha máquina de lavar por 2 reais! Quando voltei do portão, Alexis fluiu até ao fim, sua carta triste, que termina assim: “Peço-te humildemente, o mais humildemente possível, perdão, não por te deixar, mas por ter ficado por tanto tempo.”

3 comentários:

Anônimo disse...

O livro teve como inspiração Egon de Reval, marido de uma das amantes do pai de Yourcenar, Michel de Crayencour (Yourcenar é um anagrama que acabou virando o próprio sobrenome da autora). Li esse livro quando tinha dezoito anos (na pré-história rs)depos li quase tudo que Y. escreveu, inclusive, Mishima, ou a visão do vazio, o maior romancista do século XX e a Présentation critique de Kaváfis, este esplêndido poeta. Compartilho com Y. o amor pela lingua grega e a imperiosa necessidade de viajar para lugares distantes.

silencioso leitor
dacord@ig.com.br

sem razão disse...

fale luis este livro é um dos mais belos de Yourcenar, no meio caso foi emprestado, e se foi ...já procurei ele para comprar, mais informaram que esta esgotado..para quem gosto de Yourcenar, leiam Fogos.

Anônimo disse...

Fico muito contente em saber que os livros de Marguerite Yourcenar ainda são lidos, dentre os romances, novelas, contos, ensaios, poesia e teatro destaco:
"Denário do Sonho": romance a partir da trajetória de uma moeda de 10 liras na Itália fascista.
"Golpe de Misericórdia": trágica estória de um triângulo amoroso durante a revolução bolchevique.
"Como a água que corre" três novelas:
"Ana Soror" estória da paixão entre irmão e irmã durante uma semana santa na Itália renascentista.
"Um homem obscuro" estória de Natanael, um homem simples com uma vida plena.
"Uma bela matinê" sonho/devaneio do filho de Natanael, ator de uma troupe mambembe.
"A obra em Negro" a vida de Zenon, alquimista/médico/viajante sempre fugindo da intolerância religiosa do séc. XVI.
silencioso leitor