Nós tínhamos medo de janeiro, porque nas madrugadas tínhamos
de sair de casa e andar na fresca da noite, para que mamãe tentasse aliviar a
aflição em que ficava por causa de tanto calor. Por trás dos muros os cachorros
alvoroçavam a paz da rua e, quando voltávamos, eu ainda abanava um pouco mamãe,
que, cadeado no portão, pedia que eu abrisse a casa toda, portas e janelas, pra
que dormíssemos.
Esse janeiro de 2013, cheio de chuva, me faz ficar com muita
saudade.
Fui.
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