quinta-feira, março 26, 2015

CELSO BLUES BOY (BRILHO DA NOITE)

Eu me lembro de ter começado a fazer grandes mergulhos na
música brasileira de classe média, nos anos 80. Eu era um cara bem tristinho e
a música brasileira de classe média meio que me ajudava nisso, me amparava. Eu
não curtia a músicas que não fossem tristes. Então, quando apareceu o pessoal
do rock brasileiro, eu não entrei naquela onda, leit@r. Não tinha tristeza ali.
Era uma coisa mais revoltada, mais rasa, uma bateria que não tinha evolução e
raro swing, então, eu não entrava, passava ao largo, meus ouvidos queriam mais
que aquelas bandas conseguiam fazer. Demorei bastante pra assimilar o Cazuza, o
Renato Russo, o Herbert Vianna, porque no fim, tudo veio cair na MPB, ta
ligado?
Então, Ruth me emprestou o livro que Maria Juçá escreveu,
assim, uma biografia do Circo Voador, que é o que dava vazão pro pessoal do
rock. Então, eu identifiquei muita coisa ali. Eu vi que um cara que andava pela
noite bebendo com o pessoal do Cão sem Dono – grupo de música do Paulo Baiano e
do Marcos Sacramento – era um personagem importante do circo. Mas eu sempre fui
um tipo meio à margem de tudo, então, eu não sabia quem era o Fernando Libardi.
Eu só era amigo do Sacramento e do Baiano, se liga.
Mas o que eu quero dizer, é que a leitura do livro me fez ir
no youtube ouvir as bandas que tocaram no Circo. A impressão não mudou.
Continuo não gostando daquilo. Um dos que gostei, é a guitarra do Celso Blues
Boy.


Vejam:

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