segunda-feira, outubro 17, 2016

Diego Dourado com Grandmaster Groove

Um lance que ficou muito sinistro, mas bonito, no início da
entrevista que fizemos no Nucleo Canção da Letras da UFRJ, foi descobrirmos o vínculo da capa do Poema Maldito com a música que o incia, a La Nave Va ( luís capucho/Manoel Gomes).
A letra do Manoel faz alusão a um filme do cineasta Federico
Fellini e a capa do disco a uma foto do bandido Cara de Cavalo estendido no chão, assassinado pela polícia.
A descoberta foi que o filme do Fellini conta a estória de
uma viagem de navio em que o defunto de uma cantora de ópera - como o corpo do Cara de Cavalo na foto, com a legenda do Hélio Oiticica: “Seja Marginal, Seja Herói” - é o centro.
Daí, acho que entendi um pouco, por esses sentidos de que a
gente não tem intenção ou controle, como se estivéssemos no invólucro de uma força coletiva estranha e qualquer, porque neguinho tem achado meu disco triste... é que nesse lugar, onde os sentidos se fazem independentes de nós, o Poema Maldito também é o percurso de uma viagem funeral, ta ligado?...rs.
Estou dizendo isso, porque em 2014, quando estávamos
animados com as primeiras apresentações do disco aqui no Rio de Janeiro, em Porto Alegre, sem nunhuma combinação aparente, o poeta Diego Dourado estava falando do Cara de Cavalo, do Hélio Oiticica.

Vejam:

quem quiser rever a entrevista, tá aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=_mf1plY6_zg

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