sexta-feira, setembro 29, 2017

Moura Torta

Eu não tenho paciência para poesia, por isso.
Sonhei que você estava enlaçando a base do meu pau com umas tirinhas escuras. Eu fiquei excitado, claro, e, aí, você começou a ver bem de perto a cabeça dele maior e eu fiquei grilado de você estar achando que eu tava velho. Isso faz uns dois dias e só me lembro desse pedacinho do sonho.
Eu queria saber os sentidos dos sonhos.
Eu pediria, depois, que você enlaçasse meu pau com um cordão da cor de prata do luar e depois com um cordão da cor do ouro do sol, depois um cordão da cor dos diamantes do céu, as estrelas...
Eu queria saber os sentidos dos sonhos...
Porque eu tenho me sentido mesmo, é naquela parte em que ela é amarrada  na ponta de uma corda e a outra ponta é amarrada num cavalo e o cavalo sai em disparada pela estrada.
Você é o cavalo.
Eu queria mesmo saber o sentido dos sonhos, porque, assim, não aprendo nada com eles.

Não tenho paciência pra poesia, por isso.

quinta-feira, setembro 28, 2017

Alguns autores colocam-se a si mesmos na tradição de sobrenomearem-se com o nome do lugar de onde vieram, como Tom of Finland, João do Rio... e outro dia li sobre um artista que se nomeia assim, como um grego antigo era chamado, me esqueci qual nome tinha, mas hoje de manhã, depois de lembrar de um sonho que não vem ao caso agora, eu fiquei pensando que fiz esse mesmo movimento no Diário da Piscina, o de me colocar na tradição através dos nomes.
Fiz de uma outra forma, já que não me chamo luís de cachoeiro. Mas trouxe nomes clássicos para o Diário, todos de um mesmo lugar, Roma Antiga: Claudio, Marcelina, Lucio, Livia, Germano, Domicila... também de outra forma, porque meus personagens não estão em Roma, são de lugar e tempo diferentes. O link vai apenas nos nomes próprios.
O que isso significa?
Tempo parado, monolítico, de eterno é.
Fora isso, preparando meu almoço, tentando um ovo frito com gema mole e clara toda cheia de bolhas, com bordas negras...




quarta-feira, setembro 27, 2017

De novo sobre estabilidade, agora, tenho focado na possibilidade de eu correr. Porque o meu andar já é absolutamente restabelecido. Tenho a sensação de restabelecimento também  com a minha caligrafia. E com meu violão.
Mas eu preciso correr.
Por exemplo: eu tirei de dentro da melodia de “A Masculinidade” muito linda que Kali esboçou pra mim, a melodia definitiva, quer dizer, eu fiz as pontuações, as voltas e repetições de melodia, os ajustes finais, as definições, enfim, sem modificar nada da ideia que a kali me deu. Então, o que ficou no fim, havia dentro do que a kali me entregou, sem tirar nem por.
Mas eu tive de ralentar um pouco, e que ficasse o menos possível de se perceber alguma lentidão minha na hora de cantar, porque minha língua também ainda não consegue correr, quando falo. Sorte, que não sou mesmo de correr falando, então, quando falo, ta normal. Mas nas músicas eu posso correr. E quando elas correm, preciso correr também. Então, em “A Masculinidade”, ralentei um pouco.
E fico muito satisfeito de ver o modo como fiz as adaptações para a “Soltando o dia preso”, que o Renato França colocou melodia pra mim. Eu conheço o Renato faz tempo demais e depois de muitos anos, quando nos reencontramos – ele me dava a impressão de que queria sempre fugir, tinha uma coisa estranha no reencontro, ele tava ali conversando comigo, solícito e tudo, mas para mim ele queria sair correndo – e, aí, a gente tava falando, pow, a gente não tem nada junto, vamos fazer e tudo. Porque assim como eu, o Renato continua a fazer músicas, hoje. E, aí, o Giba, que eu conheço também daquela época, tinha escaneado uns papéis que eu tinha escrito e que ele tinha guardados. E me mandou.
E eu dei uma arrumada e mandei pro Renato.
E eu fiquei muito satisfeito com o modo como adaptei no meu violão, o que o Renato fez. Sem sequela e sem correr, porque o Renato fez um blue, que não precisou correr.
Vejam a letra original de “Soltando o dia preso”, do final dos anos 70:

terça-feira, setembro 26, 2017

Ainda me sentindo sem colocação, estive me lembrando que no interior, no sul do ES, se dizia sobre os rapazes e as moças ganharem colocação e tudo. Um rapaz e uma moça ganhavam colocação, principalmente, se terminavam os estudos.
Depois, já adulto e aqui no Rio, começou a aparecer que pessoas colocadas eram os chapados e também, sexualmente, quem estivesse com tudo no lugar, pronto, preparado e estar colocado nesse sentido sexual tinha mais a ver com bichas e mulheres. Mas não tem mais hoje, porque todos podem ficar colocados nos sentidos todos, eu acho.
É uma palavra bem legal essa, colocar. Tem um lance de completar. De estar tudo junto e completo.
Vou colocar minha sunga e vou nadar.

Sunga abóbora.

segunda-feira, setembro 25, 2017

Fico tentando achar estabilidade nas coisas, ao menos, no meu corpo físico. Tento achar uma posição pra mim, aqui, frente ao computer. Me coloco no jeito, mas o meu corpo pulsando vai pra sempre procurando o lugar mais certo, assim, um lance aflito e tudo. E acabo achando que é assim mesmo. Não posso parar meu coração.
Ontem, assistimos pela segunda vez a um filme muito bonito, chamado O Leitor. E isso que eu disse aí, no parágrafo de cima e que eu sinto agora pela manhã, pode ser ainda revérberos do filme, porque não consegui achar posição pra mim, nem no menino, nem na moça.

Pedro disse que entendia o menino e que entendia a moça. Mas eu não tinha colocação pra mim. Que coisa!

domingo, setembro 24, 2017

Eu ficaria bêbado e emaconhado por todo esse dia de hoje mais frio de domingo. Eu tenho essa vontade em muitos outros dias da semana também. Porque ficar bêbado e emaconhado é pra mim, como a beleza do entardecer nas nuvens de ontem, no céu da Baía da Guanabara, que estava como dentro de uma igreja em Ouro Preto, sem sombrios.
Falando assim, parece que tenho estado constantemente bêbado e emaconhado, mas não é isso, porque não tenho estado assim, embora eu ficasse, não fossem meu fígado e rins, lesados de coquetel, que tendem à bad trip durante ou depois, com sombrios.
Já faz um tempo, me disseram que me queriam assim. Fiquei tocado com a ideia, porque me queriam assim, luminoso sombrio, porque é, talvez, como todos queiram ficar, porque todo mundo seria assim, mas meu estômago também já é baleado, meu pâncreas, minha córnea, minha medula, coluna, meu quadril, baleados, não me deixariam assim o tempo inteiro, como querem que eu esteja e como quero ficar, com sombrios e sem sombrios, no domingo de hoje, frio.

Maravilha!

sexta-feira, setembro 22, 2017

Por minha natureza, eu já estaria morto faz tempo. Entre outras coisas, minha hipertensão, de que trato diariamente por anos, já era motivo pra eu ter tido um troço e, como mamãe diria, eu já teria ido para o inferno.
Estive no médico por duas vezes nesta semana e meus exames deram ruim. Mas um e outro médico mantiveram o tratamento, não modificou em nada. E, aí, a gente vai ver como vai desenrolar.
Perguntei se os resultados tinham a ver com a minha idade. Mas ele disse que eram os anti-retrovirais. Se os exames continuarem ruins, devemos trocar de remédios.
Eu já disse que está bom, que já deu, não me importo se for pra o inferno a essa altura. Eu tou legal! É que já ta demais, ta muito pra mim. Passei da conta...
E nem estou deprimido, não. É verdade!


quinta-feira, setembro 21, 2017

Foi lindo demais, quando lançamos o Diário da Piscina (É selo de lingua/2017) em SP e foi lindo demais o lançamento aqui no Rio. Também muito lindo em BH e Vitória. E sinto que a gente vai ganhando força e que a gente é parte de um movimento que vem de muito antes, de quando nem havia músicas assim, como as que tenho feito, nem havia livros como os meus, mas tinha sementes no meio do que havia e eu tou passando o bastão pra frente.
Então, meio que sinto que não sou eu, que é um bolo de gente também que vai deixando de ser clandestina, que vai saindo da madrugada e vai ocupando as praças ensolaradas das tardes de domingo, no caos.
Tudo vai acontecendo junto. Tudo se juntando.
Agora, a gente vai começar tudo outra vez, como que do zero.
Preciso me organizar aqui.
Ta tudo muito louco!

quarta-feira, setembro 20, 2017

A vida é livre - luis capucho

Ontem, fiquei ouvindo A Vida é
Livre que Pedro filmou de celular no 171 – BH – e tava vendo como que ela tem a
mesma direção no pensamento, como Aitudes Burras. As duas letras levam para a
explosão: uma, as ondas explodindo na areia da praia. A outra, um vulcão
explodindo, um furacão, um homem-bomba.
Também, fico na nóia de que não
seja autismo demais ficar me ouvindo assim. Mas, por outro lado, é bom tentar
saber o que fiz, pra quando for refazer, fazer com mais certeza e segurança,
além de poder contribuir pra completar sentidos que ficaram mais vagos.
Embora eu sinta que as músicas já
nasçam completas e que também sinta que não há mais nada a fazer... nem mesmo
outras músicas... he he he... 



terça-feira, setembro 19, 2017

Fui o primeiro entrevistado desse projeto, no ESCUTA do Poema Maldito (https://www.youtube.com/watch?v=_mf1plY6_zg) em outubro de 2016. É um artista da cena contemporânea da música brasileira por mês. Portanto, BrnoBruno Cosentino será o 11º, com o seu disco acabado de lançar e esse é o meu número. Eu continuo por perto, porque me tornei um dos que transcrevem as entrevistas, com a idéia futura de uma publicação impressa.
As perguntas do Rafael Julião são pensadas pra gente ver as músicas por dentro e por fora. Ele diz que não entende nada de música e ta certo, porque ninguém entende mesmo. É pra escutar... 
o E S CU T A / é um projeto do Núcleo Canção, vinculado ao Laboratório da Palavra, PACC, do curso de Letras da UFRJ. A proposta é uma vez por mês receber um convidado diferente para escutar um disco de sua carreira e conversar um pouco sobre música. As entrevistas são gravadas e serão posteriormente publicadas em livro. O convidado do mês de setembro é o compositor e cantor Bruno Cosentino e ouviremos seu terceiro disco, "Corpos são feitos pra encaixar e depois morrer".

Roteiro e entrevista: Rafael Julião
Transcrição: Luís Capucho, Camilo Frade e João Pedro Bragança
Arte gráfica: Renata Vianna


segunda-feira, setembro 18, 2017

Foi logo que começamos com as apresentações das músicas do Poema Maldito, que Rafael Saar fez um risco no meu olho. E que eu quis manter o risco em todas as apresentações dali pra frente. Que é um risco que corre em quem está comigo, às vezes.
E, no NECA, em BH, não tinha espelho. Eu faço o risco sem espelho, mas pedi ao João que fizesse ele em mim. Então, João disse:
- Sei quem pode fazer... – e, aí, veio com a Simplesmente Marta, que fez um risco de verdade, não um esboço de risco, como o que tenho o costume de fazer.
Estou falando isso, porque além dessa alegria, Simplesmente Marta levou pro palco a leitura de um trecho do Cinema Orly.
Vejam o livrinho livre em sua mão:

Nós estávamos tocando A Expressão da Boca, no 171, em BH, eu e Vitor Wutzki.
Na minha camisa de fazer shows, a cada dia mais ocupada, aparece primeiro a medalha José Cândido de Carvalho, que minha obra literária ganhou da Câmara Municipal de Niterói. Não fica visível, não sei porque, as asinhas de plástico, que ganhamos do Estômago, quando tocamos lá.
Cada vez mais, os shows vão se reconfigurando e eu também, ao me ver nas fotos e nos videozinhos que o Pedro faz, me reconfiguro comigo mesmo.
Foi fundamental pra mim ouvir um verso de letra de música do Gustavo Galo “ Se você quer seresta, deixe a janela aberta”.
A foto é do Pedro:

domingo, setembro 17, 2017

A vida é livre - luis capucho

“A vida é livre” está no disco
Lua Singela(Astronauta Discos/2003), produzido pelo Paulo Baiano. Mas ela foi
composta à época dos registros de rotina do Diário da Piscina (È selo de
lingua/2017), entre 2000 e 2001. Por isso, tenho incluído ela no roteiro das
apresentações de músicas para o lançamento do livro.
Ela tenta dar conta do percurso
que fazia para ir nadar, quando fazia um grande trecho da orla da Baia da
Guanabara – Icaraí e Praia das Flexas – para chegar até à piscina. E também de
uma lembrança que sempre me vinha, quando passava ali, de um show de Tadeu
Mathias, um compositor/cantor nordestino que esteve em Niterói no final dos
anos 70, e que me deixou na lembrança um trechinho de letra de música que era
isso: Voa livre ave.
“A vida é livre” saiu daí, do
“Voa livre ave”.


Vejam:

Lançamento Diário da Piscina - Belo Horizonte

Quando ouvi pela primeira vez o Bruno Cosentino cantar
Homens Flores no Cine Joia, logo que o Exército de Bebês começou os primeiros
acordes da música, um barulho de obra, no prédio do cinema, entrou na música e
foi como se ela fosse mais pra baixo, como se a música tivesse mesmo de ser
começada mais embaixo no buraco do chão e ganhasse mais envergadura pro tanto
ainda que ela haveria de se abrir, de subir, de se enovelar pro alto,  desde o barulho da obra recontruindo o prédio
do cinema.
As minhas gravações domésticas, muito antigas, ainda em fita
cassete, também têm esses barulhos surpreendendo as músicas e ficaram nas
gravações com seus sentidos completando elas: choro de bebês, latidos de
cachorros, gritos ao longe, apitos, tudo que vinha da rua e entrava na casa, se
relocando no sentido delas.
Desde que começamos com essas apresentações dos lançamentos
do livro Diário da Piscina, esses barulhos têm vindo surpreender a gente com
seus sentidos sonoros, acidentes de percurso, completando elas, que ficam mais
perfeitas.
Aconteceu no loki bicho, SP e aconteceu no 171, BH.
O joão tinha me dito que no 171 passou trem, cachorro latiu,
se eu tinha ouvido. Não, não ouvi. Mas agora olhando a gravação que Pedro fez
no celular, eu compreendo porque é que eu não tava entendendo a hora de entrar
na “Antigamente”. Na hora, eu achei que era a guitarra que o Vitor tava fazendo
é que estava derrubando a entrada. Mas não era. Era um cachorro que latia na
rua, que roubou minha entrada, que refez ela, colocou noutro lugar.


Vejam:

sábado, setembro 16, 2017

Pessoa são Seres do Mal - Luís Capucho

O Vitor me apresentou a um artista incrível, o Genesis P-Orridge,
de quem eu gostei demais, muito. E eu gostei demais desse vídeo que surgiu na
casa do João, em BH, porque eu vi identidade com o Genesis e deve ser por isso
que gostei tanto.
Para nos receber, o João colocou su’As Vizinhas de Trás” na
parede da sala, o João saiu de casa, o João nos entregou a chave, o João nos
deixou em meio aos livros e de repente, sem nunhum aviso, começamos.
Foi Pedro.


Vejam:

sexta-feira, setembro 15, 2017

O Tulio já havia me chamado a atenção para o estilo muito diferente da “Antigamente”, em relação as outras músicas que já fiz. A “Antigamente” é uma música mais antiga, mas que não tem registro, ainda, em disco. O Gustavo Galo começou a produzi-la para colocar no disco Crocodilo, que estamos fazendo em bando.
Nesses shows que têm acompanhado os lançamentos do Diário da Piscina, a “Antigamente” está logo no início. E como o Vitor toca muito melhor que eu, com mais volume, mais desenho, mais estilo, aproveitei pra cantar ela sem tocar. E ter as mãos livres. Que é uma coisa que sempre quis fazer. Porque é um desafio pra mim, saber onde colocar elas, sem fazer os acordes do braço do violão.
Em Vitória, o Vitor observou isso que o Tulio já tinha dito, que a “Antigamente” é diferente das outras músicas minhas. Eu perguntei o que era diferente, mas não conseguimos concluir nada. Minha tendência é achar que minhas composições com letra e música minhas, são ruins. Então, perguntei se era uma música menor que as outras. Vitor disse que não era isso. Mas não soubemos o que era.
Agora, estou feliz com os caminhos que andamos fazendo com livro e shows.

Um Diário da Piscina para São Luís, no Maranhão:

quinta-feira, setembro 14, 2017

Diário da Piscina em Vitória - ES.

Minha impressão mais comum, quando venho aqui escrever, é a
de que sou eu quem vou na frente conduzindo as idéias que vou abrindo aqui no
Blog, mas agora sou eu é quem vou atrás de tentar dizer a maravilha que foi pra
gente os lançamentos do Diário da Piscina ( È selo de língua/2017), nas cidades
de BH e Vitória.
E a maravilha veio toda da gente se juntar.
No azul do Totem e do Diário da Piscina, além de mim, Pedro
e Vitor, vibrou a luz de muita gente. E eu fico agradecido demais dos lindos
João e Lincon, do Nivaldo e Christiane, Gabriel e Cleo, Marcelino, Miguel,
Helizete, Fabrício, David, Ruth, Karla, Marcia, Nubia, Romario, e tantas outras
pessoas que vi vibrando no azul e de quem não soube o nome e tudo.
Pedro fez esse registro no aquário que é a biblioteca do
Sesc Gloria, em Vitorinha.


Vejam:

terça-feira, setembro 12, 2017

Lançamento Diário da Piscina - Belo Horizonte

Nossa viagem de lançamento do Diário da Piscina (È selo de lingua - editora É/2017) ta sendo muito marcada - foi assim que o celular de Pedro mandou seu recado para sua tia Zô. E já estamos em sua parte de Vitorinha, como chamam aqui.
Em, BH, o celular de Pedro teve razão, foi uma viagem marcada, tudo o que aconteceu. E tudo foi tanto, que não tenho nem como contar, agora, aqui no meio de Vitória, onde tudo ainda está se marcando e que estamos dentro de seu pulso, ainda bruto e tal. Depois, como eu curto ir fazendo, vou esmiuçando tudo, aqui, no blog azul.
Mas Pedro pegou o início de nossa apresentação no NECA.
Tudo muito incrível.
Vejam:

sábado, setembro 09, 2017



FICÇÃO
Narrativas ancoradas em relatos autobiográficos
Luís Capucho, escritor e compositor, lança o livro “Diário da Piscina” e faz pocket show em BH

Luís Capucho revisitou diário para escrever o seu novo romance
PUBLICADO EM 09/09/17 - 03h00

sexta-feira, setembro 08, 2017

Luís Capucho promete tarde de música e literatura no Espaço 171
Artista faz pocket show neste sábado, em BH, para lançar o livro 'Diário da piscina' e apresentar suas canções
por Ângela Faria 08/09/2017 09:39

Artista vai intercalar canções com leituras de seu novo livro. (foto: Ana Rovati/Divulgação )
Luís Capucho convida para um mergulho metafísico durante o pocket show que ele fará nente sábado, 09, em BH. O artista chega de Niterói (RJ) para lançar o livro Diário da piscina e apresentar suas canções ao lado do guitarrista Vitor Wutzki. Capucho compôs Maluca (gravada por Cassia Eller), Máquina de escrever (parceria com Mathilda Kovac, faixa de discos de Pedro Luís e A Parede e de Patricia Ahmaral) e Eu quero ser sua mãe, gravada por Eduardo Cosentino, destaque da cena underground carioca. Músicas dele estão em álbuns solos de Wado e de Gustavo Galo (da Trupe Chá de Boldo).
O estilo de Capucho, de 55 anos, costuma ser associado ao de Jards Macalé, Jorge Mautner e Itamar Assumpção, a famosa trinca dos ''malditos'' da MPB. Recentemente, Ney Matogrosso declarou a intenção de gravar um disco com canções de todos eles. Conhecido no underground carioca, o compositor e escritor capixaba mora em Niterói. Recentemente, recebeu dos vereadores daquela cidade a Medalha José Cândido de Carvalho devido à contribuição de sua obra à causa LGBT.
Capucho prefere não se prender a rótulos – sejam eles c....

terça-feira, setembro 05, 2017

Tenho ensaiado aqui comigo as músicas que iremos apresentar nos lançamentos do Diário da Piscina(É selo de língua – editora É/2017), em BH e Vitória. Três dias antes me juntarei à guitarra do Vitor Wutzki para aprumar melhor as músicas.
Hoje devo costurar um peixe ou dois, que Ruth recortou para que eu pregasse em minha camisa de fazer shows. Ela recortou, mais ou menos, 10 peixes pra mim, que vou colocando aos poucos próximos a sua gola. Isso será bom para reforçar a camisa, para que ela com o tempo, não fique esfarrapada demais.
Também é um link com o título da ficção que Rafael achou pro filme que estamos fazendo.
Na vida, tudo é muito movediço, tudo fica se desfazendo, meio um horror. Minhas músicas, meus livros e minha camisa de fazer show, são lugares mais seguros pra mim... he he he!
Vejam:



sábado, setembro 02, 2017

LITERATURA

Luís Capucho lança seu diário

Luís Capucho lança “Diário da Piscina” em BH

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O autor: além do novo livro, ele prepara o 5º disco

PUBLICADO EM 02/09/17 - 03h00
PATRÍCIA CASSESE

Instado a falar sobre “Diário da Piscina” (Ed. É Selo de Língua), seu mais recente livro – que será lançado este mês em BH –, Luís Capucho opta por, inicialmente, recorrer ao título que marcou sua estreia na escrita, em 1999: o elogiado “Cinema Orly”.
“Naquela época, como achava que ia morrer, dei um grande mergulho (na escrita). Tão profundo que, na verdade, quase esqueci de mim mesmo. Já em ‘Diário da Piscina’, que surge dos registros que fiz logo após ‘Orly’, e como parte dos esforços que fazia para me recuperar, o ‘drama’, no caso, é mais do leitor. Nele, enquanto vou contando as histórias, entendo que a viagem é mais de quem está lendo”, explica. (....)
Continuar lendo:
http://www.otempo.com.br/pampulha/lu%C3%ADs-capucho-lan%C3%A7a-seu-di%C3%A1rio-1.1515589

Mariana Thomé - Maluca

Vejam que lindo:




sexta-feira, setembro 01, 2017

Um Diário da Piscina e um Mamãe me adora para Pittsburgh, USA.

Cópia de ave nada(Diário da Piscina) maio2017, no semente

Para o lançamento do Diário da Piscina em São Paulo, tinha
pedido ao Vitor Wutzki que tirasse do livro o que ele pudesse musicar pra gente
no violão e, aí, ele fez a Ave Nada. Depois, em maio, quando fomos homenageados
com medalha José Cândido de Carvalho, fizemos, aqui no Rio de Janeiro, uma
semana de apresentações como fizemos em SP. Estamos animados para BH e Vitória!
É demais pra mim.


AVE NADA 
(vitor wutzki/luís capucho) 

Com três anos de idade Eu desapareci 
No terreno vizinho 
No final da curva, o Sol Passageiro ou motorista 
Voo dentro do seu voo Voo fora da asa 14 de Agosto eu não olho pra dentro de ninguém 
A gravidade é muito longe O dia me afoga 
Uma piscina não Faz isso 
Peixe voa Ave nada O céu reflete na água 
Talvez agora alguém na rodoviária Espere Werther, Monga Espere Don Juan 
Espere alguém perdido e com as mesmas intenções que eu


Pedro tirou em seu celular, a Ave Nada que fizemos no
Semente, vejam: