sexta-feira, setembro 29, 2017

Moura Torta

Eu não tenho paciência para poesia, por isso.
Sonhei que você estava enlaçando a base do meu pau com umas tirinhas escuras. Eu fiquei excitado, claro, e, aí, você começou a ver bem de perto a cabeça dele maior e eu fiquei grilado de você estar achando que eu tava velho. Isso faz uns dois dias e só me lembro desse pedacinho do sonho.
Eu queria saber os sentidos dos sonhos.
Eu pediria, depois, que você enlaçasse meu pau com um cordão da cor de prata do luar e depois com um cordão da cor do ouro do sol, depois um cordão da cor dos diamantes do céu, as estrelas...
Eu queria saber os sentidos dos sonhos...
Porque eu tenho me sentido mesmo, é naquela parte em que ela é amarrada  na ponta de uma corda e a outra ponta é amarrada num cavalo e o cavalo sai em disparada pela estrada.
Você é o cavalo.
Eu queria mesmo saber o sentido dos sonhos, porque, assim, não aprendo nada com eles.

Não tenho paciência pra poesia, por isso.

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