Eu não tenho paciência para
poesia, por isso.
Sonhei que você estava enlaçando
a base do meu pau com umas tirinhas escuras. Eu fiquei excitado, claro, e, aí,
você começou a ver bem de perto a cabeça dele maior e eu fiquei grilado de você
estar achando que eu tava velho. Isso faz uns dois dias e só me lembro desse
pedacinho do sonho.
Eu queria saber os sentidos dos
sonhos.
Eu pediria, depois, que você
enlaçasse meu pau com um cordão da cor de prata do luar e depois com um cordão
da cor do ouro do sol, depois um cordão da cor dos diamantes do céu, as
estrelas...
Eu queria saber os sentidos dos
sonhos...
Porque eu tenho me sentido mesmo,
é naquela parte em que ela é amarrada na
ponta de uma corda e a outra ponta é amarrada num cavalo e o cavalo sai em
disparada pela estrada.
Você é o cavalo.
Eu queria mesmo saber o sentido
dos sonhos, porque, assim, não aprendo nada com eles.
Não tenho paciência pra poesia,
por isso.
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