sábado, dezembro 28, 2019

Crocodilo

A Crocodilo foi que ganhou o nome do disco. E que no fim,
definiu sua capa. A gente fica fazendo um monte de elucubração pra montar algo e,
no final, os pedaços todos que contribuíram para a coisa inteira são apenas
vestígios, talvez, desimportantes. O caso é que por conta de o disco ter cada
uma de suas faixas espalhadas por artistas-compositores diferentes e por conta
de haver essa música “Crocodilo”, eu tinha pensado no corpo de Osiris espalhado
pelo Nilo. Também poderia ter pensado num Frankstein ou ter pensado numa outra
coisa, outra música para nomeá-lo, e, a verdade é, que o caso é este, a ideia
do disco e de seu nome é do Felipe Castro, produtor de meu anterior “Poema
Maldito”.
Eu também de um tempo pra cá tenho pensado nisso, nas coisas
que a gente pensa e faz e sente e vê, sei lá, todas as coisas que têm como fim
a produção de uma música, de uma capa, de um disco, que como disse no início,
pode ser mesmo desimportante, mas que pode como satisfação, dar valor pra o
lance da gente, o que me lembra aquele ditado de mamãe: o que engorda o gado é
o olho do dono. Também me lembra o que ouvi de um distribuidor de música uma
vez: ultimamente, uma música pra ter escoamento, precisa de um texto. Também,
um diálogo de um filme que vimos esta semana, em que o jornalista chama uma
artista de impublicável por ela não saber explicar a sua performance. Também me
lembra Jesus, quando pede perdão pra os que não sabem o que fazem. Mas sobre a
Crocodilo, essa minha música, eu não sei o que dizer, gente. É uma música que fiz,
ué.


Ouçam:



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