terça-feira, novembro 24, 2020

Savannah

O youtube tirou do ar um vídeo que eu tinha feito para, além da música que fiz pra ela, homenagear Savannah. Não tinha nada demais, não aparecia suas partes baixas nas fotos que eram o vídeo, acho que aparecia seus peitos e ela de quatro, em posição de gatinha, mas não mais que isso. Eu tinha visto uma nota de jornal falando de seu suicídio e fui pro violão e fiz toda a melodia, que grita seu nome e, depois, pedi a Suely pra me ajudar em parte da letra, quando eu queria citar Savannah se despindo no seu streap. Era o video de meu canal que tinha mais vizualizações, tinha milhares, porque todo mundo curte pornografia, vocês sabem, e achava que teria, mas, não.

Essa música ficou no meu primeiro disco, de 95, mas que só foi lançado depois de eu já ter publicado o Lua Singela e o Cinema Íris.

Na apresentação do Cadernos de Música sobre mim, há esse trecho:

 

“O lugar único do qual se lança Capucho, porém, não se estabelece apenas a partir do que lhe é negado. O fato de um núcleo do artista que conhecemos hoje estar presente no álbum “Antigo”, resgistro anterior ao coma ( e a todas as suas consequências ) mostra que sua obra se assenta num olhar gauche, torto, deslocado, maldito, imperfeito antes mesmo que isso se impusesse como realidade física. Não é um acaso “Antigo” ser aberto por uma canção sobre a história real de uma atriz pornô que se matou com um tiro ( “Savannah”, parceria com Suely Mesquita). Assim como não é um acaso a doçura crua que atravessa a canção e todo o universo que Capucho ergueu desde então.”

 

Então, continuando, a Savannah prenuncia a música Cinema Íris, que deu título ao meu álbum de 2013 e que, por conta de o Ney Matogrosso ter adorado a música e ter falado dela algumas vezes, muita gente me conheceu e curtiu também.

 Vejam:

Vejam:

Nenhum comentário: