sábado, julho 31, 2021

Hoje, à noite, farei um voz e violão no Instagram, na minha sala. Tenho pra mim, que as músicas vão se modificando com o tempo, que vão se adaptando ao tempo em que estamos, se atualizando e esse é um movimento bonito delas porque, assim, nunca sabemos quando é que vão aparecer mais completadas, não sabemos quando é que baterão completamente, se o ponto delas já foi ou se ainda será.

Dito isso, fiz um roteiro:

1 – Escova de dentes nova (luís capucho)

2 – A Primeira vez que eu vi um japonês (luís capucho)

3 – Posição (luís capucho)

4 – Vida Nua (luís capucho)

5 – Parado Aqui (luís capucho)

6 – Savannah (luís capucho/Suely mesquita)

7 – Eu Quero Ser Sua Mãe (luís capucho)

8 – Aula (luís capucho/cazuza)

9 – Bateria (luís capucho)

10 – Tava na noite (luís capucho)

11- Malthus refestela-se em seu púlpito na igreja (luís capucho/bruno cosentino)

12- Balada da Paloma (luís capucho/Rafael Julião)

13- Algo Assim ( Mathilda Kóvak/luís capucho)


 

quinta-feira, julho 29, 2021

 Acho que melhorei muito a forma como me coloco sentado ante o computador, porque tenho me colocado diante dele, principalmente, a partir dos anos 2000. Antes disso, assim como tenho me colocado diante do computador, era a cadeira da sala de aula. E a minha conclusão é, com tudo isso, a de que a cada dia mais eu tenho corpo. Porque, por exemplo, na minha lembrança de estar atravessando a ponte que dava para o outro lado da cidade, onde eu subia o morro para chegar até à escola, o Polivalente Aquidabã, em Cachoeiro de Itapemirim, nessa lembrança, é sem corpo. Eu me lembro de minha respiração mais quente e mais forte para subir o morro, mas a lembrança é sem corpo. É apenas uma sensação e tinha um sentimento também, uma alegria, de ver lá embaixo, na água, os peixes, dava pra ver as piabas na água muito rápida do rio, onde se criavam os remansos, porque é um rio de muitas pedras. Mas o assunto é sem corpo que tenho a cada dia mais corpo. E que a cada dia eu o melhoro diante do computador, sentado aqui.

segunda-feira, julho 26, 2021

Não gostei da enfermeira que me aplicou a vacina. Ela não deixou que eu escolhesse o braço onde eu queria que a vacina fosse aplicada, disse que era uma orientação do ministério da saúde, com certeza, mais uma loucura dessa gente bozista.

Daqui a mais ou menos um mês estarei imunizado.


 

domingo, julho 25, 2021

O prediozinho que avisto de minha cozinha, tomado pelo sol da manhã, me parece uma lembrança de pasto com árvores e vacas nas sombras delas, na beira do rio. Um prediozinho muito antigo, cheio de frescor e de muita verdade, real como a pedra que eu tinha como lembrança no meu corredor, no meio desse meu apezinho, e que coloquei, hoje, embaixo de meu chuveiro, para que quando eu tome banho, esfregue o meu pé nela. Esse meu apezinho também, pensei hoje, quando estava deitado em minha cama, ainda pela manhã, tem um quê da lembrança desse mesmo lugar que vejo, pela manhã, derramado em torno ao prediozinho que avisto de minha cozinha. Eu tirei uma foto dele, agora, à tarde, mas o sol vai caindo por trás e não está iluminando-o o suficiente. Mesmo assim, para que o leitor tire uma linha do que estou a dizer, vou postar a foto:


 

quinta-feira, julho 22, 2021

velha - cifra

Nesse mundo retardado e violento, tenho colocado minhas canções no youtube comigo no violão, para os que gostarem possam fazer em casa. Ontem, pedi ao Pedro que filmasse minha mão esquerda onde faço as posições da Velha, que está no Poema Maldito.

sexta-feira, julho 09, 2021

Minha Camisa de Apresentação a cada vez fica mais bonita de se vestir. Porque acredito não ter ainda errado na porção de coisas que costurei nela. Agora, minha mão esquerda, a que faz as posições no braço do violão, sai do mesmo conjunto de cores de onde sai meu pescoço, onde tenho minha cabeça.


 

quinta-feira, julho 08, 2021

 

O homem que mora na esquina, na casa velha com a mangueira em frente, no ponto do ônibus, ontem, quando saltei e passei na frente dele, disse que me invejava.

- O quê? – eu gritei.

- A perna – ele apontou.

- Ah! – e olhei pras minhas pernas sem pelos, de Crixivan. Depois, chegando em casa, lembrei que ele usa bengala e que não a uso mais.

Era por isso.

quarta-feira, julho 07, 2021

 Não tenho conseguido me mexer.

Eu sei que tudo está acontecendo ao meu redor, eu vejo que o tempo não parou e que por isso, eu também conseguiria me mexer, bem, estou me movendo aqui, faço esse post, agora. Mas não estou conseguindo movimento em direções importantes pra mim, movimentos que sejam iniciativas minhas. É mesmo confuso isso.

Não sei, uma criança move-se por suas iniciativas dentro de um espaço pequeno de permissão pelos mais velhos. Na idade em que estou consigo me mexer muito mais que isso, não tenho quem me diga o movimento que eu possa fazer, quer dizer, não tomaria iniciativa de assassinar outra pessoa, assim, não cometeria um crime e tal.

Contudo, continua valendo pra mim, pelos lugares onde transito, que não tenho conseguido me mexer, onde eu gostaria de avançar. É uma sensação que não estou sabendo explicar direito. Uma situação inexplicável, um negócio, como um toco.



terça-feira, julho 06, 2021

Na foto que o Pedro tirou e que postei, ontem, estava dizendo como foi se construindo o lugar onde me posto para mostrar minhas composições. Na foto, eu disse sobre a construção de uma posição pra mim. Essa foto e esse post de ontem é um desdobramento do filme Peixe, de Rafael Saar.  E a minha posição foi se colocando a partir das vezes em que comecei a mostrar o disco Poema Maldito.

Também é a construção de um lugar pra mim, a construção de minha Camisa de Apresentação. E que vem se fazendo desde essas mesmas apresentações do Poema Maldito, em 2014, 2015.

No mesmo lugar da foto do Pedro e que postei, ontem, nas gravações do filme de Rafael Saar, pedi ao Andre Morback que me fotografasse.

Aqui estou em minha posição, com a Camisa de Apresentação que estou construindo pra mim:


 

segunda-feira, julho 05, 2021

Acho bem bonito o modo como, porque eu gosto muito de mostrar minhas músicas, foi se construindo uma cena pra que eu faça isso, como se tivesse sendo construída uma posição pra mim, pra que a partir dela eu começasse a cantar minhas melodias e letras.

Nessa foto que o Pedro tirou, enquanto nos preparávamos para uma cena do filme Peixe, do Rafael Saar, estou ainda sem a minha Camisa de Apresentação, que tem esse mesmo clima de construção de um lugar para a apresentação delas, das minhas composições.



 

domingo, julho 04, 2021

Eu quero ser sua mãe - cifra

Ontem, pedi ao Pedro que filmasse os acordes de minha música “Eu quero ser sua mãe” pra que eu colocasse na internet e, assim, os que conhecerem a música e quiserem tocá-la em casa, possam fazer isto.

“Eu quero ser sua mãe” é o mesmo sentimento de “Mamãe me adora”, o mesmo sentimento separado por duas décadas, mais ou menos. Porque “Mamãe me adora” é dos anos 90 e “Eu quero ser sua mãe”, dos anos 10. O mesmo sentimento com pontos de vista diferentes e o mesmo sentimento resultando em ficções diferentes.

As duas canções ficaram bonitas, de modo que uma e outra se equivalem, seja em qual década for:

sexta-feira, julho 02, 2021

Acho que começamos a gravar o filme Peixe, de Rafael Saar, em 2015. Temos uma estória do filme pra contar. E, ontem, a sua equipe esteve aqui, para gravarmos uma das cenas. No fim, Pedro pediu para tirarmos esta foto. Rafael tem feito uma carreira de filmes com artistas da música e fico feliz demais de ser um deles. Quando tudo terminar, não sabemos o que vai ser. Tudo amor!


 

segunda-feira, junho 28, 2021

domingo, junho 27, 2021

A Música do Sábado - cifra

Já falei sobre A Música do Sábado, minha música com Kali C Conchinha, que está no meu segundo disco, o Cinema Íris. E que se desdobrou, depois, na Mais uma canção do sábado, um poema do Alexandre Magno que musiquei e que ficou no disco Poema Maldito. Então, porque eu já falei dela e porque tudo vai se ligando dentro de um mesmo assunto, os discos, os parceiros, as canções, o assunto aqui, com todas as suas ligações e interferências, é ela, A música do sábado, cifrada, que eu coloquei ontem no youtube para mostrar como são seus acordes no violão.

Pra quem quiser tocar em casa:

sexta-feira, junho 25, 2021

Cheio de vida, o lume do coração acende, vivência de HIV/AIDS a partir d...

Fico muito cheio de orgulho, porque a minha produção artística tem sido objeto para questões estéticas e sociais na universidade e, aí, por causa da pandemia de covid, trabalhos mais recentes tiveram de vir, ao vivo,  pra internet. E, com isso, tudo ficou mais livre, ampliou tudo pra quem quiser ver e pensar ou sentir. Também, falando de outro ponto, esses trabalhos e todos os outros que descubro na internet, sobre minha obra, são para mim como presentes mágicos, tipo, eu não entendo as coisas, exatamente como elas são.

Então, por causa da pandemia, pude assistir ao “Homoerotismo e Cânone Literário: a subjetivação homoerótica na obra de Luís Capucho”, do Sandro Aragão - https://www.youtube.com/watch?v=nnRBMIQaP4M – e, mais por agora, também, “Cheio de vida, o lume do nosso coração se acende: a vivência de HIV/AIDS a partir de encontros com luís capucho”, da Jacqueline Figueiredo - https://www.youtube.com/watch?v=U7bno0UjRDI – e prestem atenção n’A Música do Sábado (kali C Conchinha/luís capucho) com que Vitor Wutski inicia tudo de importante que se vai falar depois:


segunda-feira, junho 21, 2021

IMAGINEI - luís capucho e Marcos Sacramento

Ainda me lembro que fazia minhas músicas sentado numa pedra embaixo do abacateiro, que ficava quase na entrada de nosso quarto, colado ao banheiro, na parte de trás da cabeça de porco onde morávamos, eu e mamãe, no centro de Niterói. Eu tinha feito apenas a melodia, quando o Marcos Sacramento encaixou sua letra nela. Isso foi em 1980, mais ou menos. E a canção está valendo até hoje.

Em janeiro de 2016, mais de 30 anos depois dela feita, Sacramento me visitou e Pedro registrou ele cantando. Achei lindo demais he he he! Na época da gravação subi num canal de youtube errado. Agora, está no certo:

quinta-feira, junho 17, 2021

A Acalanto do Amor é a única canção do Crocodilo que foi feita em parceria, com Douglas Oliveira. Ela tem uma estória cheia de voltas, fez um percurso bem tumultuado, desde o seu entorno ao vir para o mundo, pura e virgem, até quando o Bruno Cosentino produziu-a e foi alinhavada pelo Vovô Bebê. E, aí, pra mim, ela ficou linda, ficou lindíssima, como a Quando é Noite, que, aí, já é outro tumulto!

O Tulio, voltou a fazer as calçolas com motivos poéticos das letras das músicas do Crocodilo. Quem quiser, pode encomendar com ele no Instagram @oratulio


 

terça-feira, junho 15, 2021



Apesar de que, em 2022, completarei 60 anos e apesar de, com a pandemia, com os remédios para o olho, com os 59 anos, com o Bozo, com os bozistas, eu ter reparado que o meu corpo se configura, definitivamente, como o corpo de um senhor e que tudo, o meu apezinho, a Linda Evangelista, o meu bairro, tudo o mais, me obrigam a uma posição, me empurram à equilibrar nesse arame, que é o arame onde se equilibram as pessoas adultas, eu, outro dia, participei de um grupo on line de rapazes que conversavam sobre masculinidade. Então, nessas conversas eu senti isso, que eu tinha entrado para o mundo adulto e que outros rapazes podiam participar disso muito mais jovens, rapazes de 23 anos eram adultos, de 29 eram adultos e eu tava me equilibrando ali chegando nos 60.
Eu tou falando isso, porque, outro dia, o Rafael Amorim ganhou um concurso literário do Sesc e me pediu pra fazer a orelha do seu “Como Tratar Paisagens Feridas”. Então, senti que tinha sido jogada uma bola pra mim, quer dizer, eu tinha a posição de estar com a bola dentro desse cercado onde estão as pessoas adultas e, aí, eu quis pegá-la pra jogar, avisei pro Rafael que eu queria, avisei que noutras vezes não quis, mas que, agora, eu queria e fui jogar. Eu sempre aviso que eu quero jogar não sabendo e, aí, eu jogo e participo do mundo adulto de 23 anos, de 29 anos, de 40.
Foi assim também que joguei a bola do “Conjugado” do Luiz Ribeiro e a bola do “Elvis e Madona” do Luiz Biajoni. Também, faz muitos anos, joguei a bola de A Intratável, de Kali C Conchinha, que faz um crowdfunding agora, para publicação. Também, no time, a bola da "Paganíssima Trindade" de Mô Ribeiro. Também "Um grifo-pedrês" de Murilo Guimarães.
Pra os que gostam de literartura:
https://www.catarse.me/a_intratavel

domingo, junho 13, 2021

A Klaudia Alvarez, a Laerte e atrás deles, as minhas As Vizinhas de Trás. Pedro achou essa foto no Instagram da Klaudia e era um show meu no Loki Bicho, SP. Que lembrança!

 

quarta-feira, junho 02, 2021

Lua Singela (cifra)

A música Lua Singela encabeça o meu primeiro disco, onde com outras músicas, algumas parcerias, inaugurei esse lance de construir um disco. Depois, fiz outros, estou no quinto deles, o Crocodilo, sempre um trabalho coletivo, de modo que eu deveria estar usando a primeira pessoa do plural, vocês sabem.

O caso é que o registro da música no disco, ganha o meu nome de autor e, esse primeiro registro, parece definir a canção e, aí, todas as outras interpretações dela, ficam versão, inclusive o seu original, em voz e violão, que essa semana coloquei no meu canal de youtube, para que os que curtem, possam tocá-la em casa, nua, como veio ao mundo.

Esse texto introdutório e, absolutamente, dispensável, posto que a Lua Singela é o que importa pra o post. Mas, assim como uma canção tem de acabar, introduzi-la com um textozinho, pode servi-lhe de melhor início.

Ouçam! Pra tocar em casa!