segunda-feira, agosto 06, 2007

Bob é um cão!
É um pudoll negro e simpatissíssimo, muito inteligente e educado.
Ficou conosco por três dias e não tivemos do que reclamar. Agora, que estamos amigos, vem aqui em casa mais comumente e, se fica alegre conosco, late pra caramba e abana o rabo veloz.
Mamãe, que é uma mulher sociável por excelência, também adora o Bob, que depois de entrar e de festejar estar em nossa casa, se refestela deitado de barriga em nossa sala, as pernas abertas, de trás. E fica, absorto, olhando pra rua…
Estive pensando em adotar o jeito de Bob para estar com as pessoas. Embora eu jamais quereria ser tratado como um cão, agir como um deles, pode ser em algumas circunstâncias uma boa pedida, generoso leit@r, e em outras pedidas, a melhor, ta ligado?
Me lembro agora que há um tempo atrás, esteve um cara aqui em casa a dizer-me sobre meu livro, Cinema Orly, que ele simplesmente amava as coisas que não eram ditas em meu livro, aquelas coisas que eu deixei de dizer, mas que estavam nele, ta se ligando, leit@r?
Esse pensamemto pode com perfeição aplicar-se ao cachorro Bob, meu leit@r, porque Bob tem um latido, digamos assim, sonoro e emocionado, mas mudo... e esse silêncio é o que eu deveria pensar em adotar.

Contudo, não sou assim. Digo tudo o que quero, e sem querer saber, minhas entrelinhas não são por minha conta, se liga…

2 comentários:

Fábio Shiraga disse...

As entrelinhas podem ser perigosas.

Círia disse...

Eu diria, são preciosas as entrelinhas...
Bj